Lula é a primeira a falar na Assembléia Geral da ONU na terça -feira (23), o presidente Luiz Inacio Lula da Silva, abriu na terça -feira (23) A Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU), com um discurso que reforçou a defesa do multilateralismo, fazendo críticas indiretas ao protecionismo comercial dos Estados Unidos. Asse o aplicativo G1 para ver as notícias reais e, de graça, o discurso destaca o contraste com a postura do presidente Donald Trump, que então falará, acentuando a tensão entre os dois países em um dos períodos mais delicados do relacionamento bilateral em décadas. Embora não haja nenhuma reunião oficial agendada, Lula e Trump devem estar na sede das Nações Unidas – e cada um segue o discurso do outro. Lembre -se de que cada abertura da Assembléia Geral da ONU é orientada por um tema central. Em geral, os líderes fazem breves referências a esse tópico antes de direcionar seus discursos a questões de maior interesse nacional ou internacional. Este ano, o tema escolhido foi: “Melhor juntos: 80 anos e mais para paz, desenvolvimento e direitos humanos”. O G1 então apresenta os principais assuntos que devem aparecer nos discursos dos líderes mundiais durante a Assembléia Geral da ONU. Lula em seu discurso, Lula apresentou a perspectiva brasileira da crise comercial global, intensificada pelas tarifas impostas por Washington. O governo avalia que essas medidas enfraquecem as economias emergentes e distorcem o comércio internacional. Segundo Lula, esse tipo de estratégia aprofunda as desigualdades econômicas e compromete a cooperação entre os países. Ele também enfatizou que entidades como a Organização Mundial do Comércio (OMC) precisam de reformas estruturais para “bases modernas e flexíveis”, que fazem práticas unilaterais. “Poucas áreas de volta tanto quanto o sistema comercial multilateral … medidas unilaterais se transformam em uma letra morta princípios básicos, como a cláusula nacional mais favorecida. Eles perturbam as cadeias de valor e lançam a economia mundial em uma espiral perniciosa de altos preços e estagnação”. Presidente da República, Luiz Inacio Lula da Silva, durante a Conferência Internacional de Alto Nível para a solução pacífica da questão palestina e a implementação da solução estadual. Sede das Nações Unidas, Hall da Assembléia Geral – Nova York (EUA) Ricardo Stuckert / Pr Lula também defendeu a autonomia das instituições brasileiras, destacando a importância de preservar o papel da Suprema Corte diante das críticas pelas autoridades de Washington. “Não há justificativa para medidas unilaterais e arbitrárias contra nossas instituições e nossa economia. A agressão contra a independência do judiciário é inaceitável (…) seguiremos como país soberano e pessoas unidas contra qualquer tipo de ameaça”. Ao lidar com o plano global, Lula afirmou que a verdadeira guerra que deve unir países é a luta contra a pobreza e a fome. Ele lembrou que o Brasil lançou a aliança global contra a fome e a pobreza, que já tem o apoio de 103 países. Para permitir esse objetivo, o presidente brasileiro argumentou que a comunidade internacional redirecionou suas prioridades para: reduzir os gastos com guerras e aumentar a ajuda ao desenvolvimento; Aliviar o serviço da dívida externa dos países mais pobres, especialmente africanos; e definir padrões mínimos de tributação global, para que super ricos paguem mais impostos do que os trabalhadores. Outro tema delicado abordado no discurso foi a exclusão da delegação palestina da reunião. Para Lula, a decisão dos EUA de bloquear a participação do grupo representa um sinal de fragilidade democrática dentro da própria ONU. O presidente se posicionou como defensor da causa palestina, exigindo uma postura mais firme da comunidade internacional diante da violência na faixa de Gaza. “Nada justifica o genocídio em andamento em Gaza. O povo palestino corre o risco de desaparecer”. Além disso, a agenda ambiental também estava no centro do discurso do presidente brasileiro. Como uma série de policiais em novembro, Lula aproveitou a oportunidade para buscar apoio político e financeiro das florestas tropicais do fundo para sempre – a iniciativa focada na preservação de biomas estratégicos em troca de financiamento internacional a longo prazo. Donald Trump logo depois que Lula foi a vez de Donald Trump pronunciar, com um discurso oposto. O presidente dos EUA deve justificar as taxas como uma maneira de proteger a indústria nacional, de acordo com sua política “America First”. Na visão de Trump, as barreiras comerciais não representam obstáculos, mas ferramentas legítimas para fortalecer a economia dos Estados Unidos diante da concorrência de países emergentes. O presidente dos EUA também deve intensificar as críticas às organizações internacionais, acusando -as de perder relevância e não conseguir responder adequadamente às crises globais. Donald Trump durante um comunicado de imprensa na Casa Branca em 5 de setembro de 2025 Reuters/Brian Snyder, o republicano deve defender uma “renovação da força americana” e destacar os resultados dos primeiros meses de seu governo como uma demonstração de eficiência. Isso ocorre porque Trump geralmente associa sua administração à redução de conflitos, alegando que Washington mediu vários confrontos desde janeiro. Por outro lado, a questão palestina deve surgir surpreendentemente em seu discurso. Trump considera o reconhecimento da Palestina por outros países uma concessão inadequada e deve reiterar que a medida favorece apenas grupos radicais. Espera -se que nos reforce o compromisso com seus aliados no Oriente Médio e se apresente como uma peça -chave para a segurança regional. Emmanuel Macron, o presidente da França, Emmanuel Macron, deve usar seu discurso para criticar o uso de tarifas comerciais como uma ferramenta de pressão política. Nas declarações anteriores, Macron classificou essas práticas como formas de “chantagem”, alertando que as barreiras tarifárias não ajudam a reequilibrar o comércio, mas a aprofundar as desigualdades. Macron deve defender uma revisão do papel da Organização Mundial do Comércio, com o objetivo de alinhar o sistema global de trocas com as metas de redução da pobreza e enfrentar as mudanças climáticas. Para ele, retomar guerras comerciais em um momento de fragilidade global seria um revés perigoso. Emmanuel Macron, em seu discurso na Assembléia Geral da ONU em 22 de setembro de 2025. Reuters/ Eduardo Munoz no campo diplomático, Macron deve reforçar duas frentes que caracterizaram seu desempenho recente: a busca pela paz no Oriente Médio e a defesa de um comércio internacional mais equilibrado. Macron afirmou que “o tempo da paz chegou” e que não há justificativa para a continuidade da guerra em Gaza. A França foi um dos países que recentemente reconheceu o estado palestino, um movimento que reforça sua posição como mediador nas discussões sobre a solução de dois estados. Nesse contexto, Macron deve reiterar a importância das negociações multilaterais e lamentar a ausência de poderes, como os EUA, em reuniões dedicadas a discutir soluções de conflito. Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, deve concentrar seu discurso na defesa do multilateralismo. Em suas declarações, o chefe de estado português enfatizou a importância da cooperação internacional para enfrentar desafios globais, como conflitos, desigualdades e mudanças climáticas. Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, em uma foto de 18 de março de 2020 Miguel Figueedo Lopes/Pool via Reuters/Archive, além dessa posição, Rebelo de Sousa deve aproveitar a visibilidade da Assembléia Geral. A disputa, que já inclui países como Alemanha e Áustria, é uma das prioridades da política externa portuguesa no curto prazo. *Relatório na atualização
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