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terça-feira, julho 29, 2025

Beneficiários do Bolsa Família preenchem mais de 75% das vagas formais em 2024

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O mercado de trabalho formal brasileiro registrou um fato surpreendente em 2024: quase todas as novas vagas com um contrato formal foram ocupadas por pessoas registradas no Registro de Programas Sociais do Governo Federal (Cadúnico).

Entre os destaques, os beneficiários da Bolsa Familia representavam três trimestres de todos os contratados no país.

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Participação histórica dos beneficiários de Cadúnico

bolsa de família
Imagem: Freepik/ Edição: Seu crédito digital

De acordo com dados do Registro Geral de Funcionários e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Family and Hunger Fighting, entre janeiro e dezembro de 2024, foram criados 1,69 milhão de novas vagas de emprego formal. Destes, impressionantes 98,87% foram ocupados por pessoas registradas no Cadunic.

Dentro deste universo, cerca de 1,27 milhão de vagas (75,5%) foram preenchidas por beneficiários diretos da Bolsa Familia. Outros 395.000 trabalhadores (23,4%) também estavam em Cadúnico, mas sem receber o benefício no período.

Ministro destaca o compromisso dos trabalhadores mais pobres

Durante a divulgação dos dados, o ministro Wellington Dias reforçou a importância social e econômica desses números. Segundo ele, os resultados provam que os beneficiários da Bolsa Familia querem e procuram trabalhar.

“Shows, na prática, que as pessoas da Bolsa Familia e do registro único querem trabalhar, elas são empregadas, mas buscam empregos decentes. Peço que observem essa realidade para evitar qualquer forma de preconceito contra os mais pobres”, disse o ministro.

A regra de proteção aumenta a permanência no mercado formal

Bolsa da família
Imagem: Freepik e Canva

Um dos fatores que impulsionaram esse desempenho é a regra de proteção da Bolsa Familia. Ele permite que os beneficiários que entram no mercado formal continuem recebendo 50% do valor do benefício original por até dois anos. Esse valor também inclui mulheres grávidas, crianças e adolescentes adicionais.

Em junho de 2025, o ministério estima que cerca de 3,02 milhões de famílias são apoiadas por esta regra, o que ajuda a explicar a forte presença desse público entre os novos contratados.

Evolução da medida

De acordo com o portfólio, a regra de proteção trabalhou como incentivo à formalização, sem que as famílias tenham que escolher entre emprego com um contrato formal e acesso ao programa social.

Além disso, a regra passou por ajustes recentes para considerar as particularidades dos trabalhadores sazonais, como os do setor agrícola, com o cálculo da renda média dos últimos 12 meses. Isso evita penalidades por variações salariais em meses específicos.

Crescimento da renda e redução da desigualdade social

Outro dados relevantes trazidos pelo ministério é o aumento da renda média das famílias em situações socialmente vulneráveis.

Um estudo da FGV social, baseado na pesquisa nacional de amostra doméstica contínua (PNAD contínua), mostrou que o trabalho de pessoas registradas em Cadúnico subiu 10,7% em 2024. Esse crescimento foi cerca de 50% maior que os 10% mais ricos da população, que aumentou 6,7%.

O resultado é considerado um dos principais fatores para reduzir a desigualdade de renda no Brasil nos últimos anos.

Análise do FGV social

Marcelo Neri, responsável pelo estudo da FGV social, destacou a importância da criação de empregos e valorização de renda para combater a desigualdade.

“Tivemos uma redução muito forte na desigualdade em 2024. E tudo isso é mais forte em termos de renda do trabalho do que em relação a outros componentes de renda”, disse ele.

A contratação de desempenho em 2025 segue o mesmo ritmo

O ministério também informou que, entre janeiro e abril de 2025, o cenário positivo continuou. Das 920.000 novas vagas foram abertas no período, cerca de 75% foram ocupados por pessoas registradas em Cadúnico.

Além disso, a participação feminina se destacou, refletindo também os avanços nas políticas públicas destinadas à inclusão de mulheres no mercado de trabalho.

Debate sobre o impacto da Bolsa Familia na contratação de trabalhadores

Os dados do governo federal surgem em resposta a críticas recentes aos empresários sobre a suposta dificuldade de contratar trabalho devido à Bolsa Familia.

Um dos casos que ganhou repercussão foi o discurso do empresário Ricardo Faria, conhecido como o “rei do OVO”, publicado em um relatório de Folha de S.Paulo. Segundo ele, o programa social seria “viciante” trabalhadores e dificultando a contratação de pessoal.

O governo, no entanto, neutraliza esses argumentos, apontando que os números enjaulados demonstram exatamente o contrário.

Mudanças na regra de proteção começam a se aplicar em julho de 2025

Seucreditdigital.com.br Familia Bolsa Garanta seu benefício com a regra de proteção da Bag da Regra de Proteção
Imagem: Lyon Santos / MDS

Para tornar o programa ainda mais eficiente, o ministério anunciou que a regra de proteção da Bolsa Familia passará por novas mudanças na folha de pagamento de julho de 2025.

O objetivo é reduzir o tempo para permanecer no programa para aqueles que atingiram uma renda estável e reduzir a fila e priorizar as famílias em situações maiores vulneráveis.

Novos critérios para permanência na regra de proteção

A partir de julho, as regras serão as seguintes:

  • Famílias com renda per capita entre R $ 218 e R $ 706 podem permanecer por até 12 meses, recebendo 50% do valor do benefício.
  • Famílias cuja renda é considerada permanente (como pensões, pensões ou BPC) terão o direito de permanecer por um máximo de dois meses na regra de proteção.
  • Famílias com pessoas com deficiência que recebem o BPC podem continuar por até 12 meses.

Além disso, o governo continuará aplicando a renda média dos últimos 12 meses aos trabalhadores sazonais, o que beneficia especialmente aqueles que trabalham em forte variação dos ganhos ao longo do ano.

Impacto social e econômico das políticas de inclusão

O Ministério do Desenvolvimento Social argumenta que o conjunto de políticas, incluindo a Bolsa Familia, a regra de proteção e as iniciativas de qualificação profissional, está promovendo uma transformação estrutural no mercado de trabalho brasileiro.

A inclusão de milhões de pessoas em emprego formal, o aumento da renda média e a redução da desigualdade são, de acordo com a pasta, evidências concretas de que os programas sociais, longe de serem um obstáculo, atuam como uma ponte para a inclusão produtiva.

Wellington Dias reforçou essa idéia afirmando que:

“Assine a carteira não cancela a Bolsa Familia. Estamos qualificando o público do programa em vários setores, e os resultados são excelentes”.

Perspectivas futuras

Com a continuidade das medidas para incentivar o trabalho formal e a melhoria das regras da Bolsa Familia, o governo espera manter o ritmo da criação de empregos com inclusão social nos próximos anos.

Além disso, o monitoramento permanente de dados enjaulados e outros indicadores permitirá ajustes nas políticas públicas para atender melhor às demandas da população vulnerável.



Fonte Seu Crédito Digital

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