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terça-feira, agosto 19, 2025

Regulamentar a IA na saúde é urgente e o Brasil já começou escrever esse capítulo

TecnologiaRegulamentar a IA na saúde é urgente e o Brasil já começou escrever esse capítulo


Por Michel Goya, diretor de ABSs e CEO da Opme Log

Nos últimos anos, testemunhamos o surgimento de soluções de inteligência artificial (IA)
Isso revoluciona a maneira como vivemos, trabalhamos e cuidamos da saúde.

No entanto, o avanço acelerado dessa tecnologia também traz a necessidade de criar salvaguardas,
Estruturas regulatórias e diretrizes éticas que garantem o uso responsável – especialmente em áreas sensíveis, como a saúde. É nesse cenário que o recém -lançado plano brasileiro de
A inteligência artificial (PBIA) representa uma bacia hidrográfica.

Aprovado em março de 2024 e com implementação projetada até 2028, a PBIA propõe um
Investimento de R $ 23 bilhões para estruturar uma IA centrada no ser humano, concentrando -se
Em inclusão, soberania tecnológica e bem -estar social. É uma iniciativa ambiciosa que
coloca o Brasil na rota de países que reconhecem a urgência do uso ético e regulado de
IA. Mas ela será capaz de encontrar os gargalos do sistema de saúde unificado
(SUS) e saúde suplementar?

A saúde é um dos eixos prioritários do plano. Com base na capilaridade do SUs e do
Grande quantidade de dados que gera, a PBIA prevê o uso de IA para diagnosticar
Doenças com mais agilidade, interpretar exames de imagem, prever surtos
Epidemiológico e até personalizar tratamentos com base no perfil genético da população
Brasileiro.

O Plano Nacional de IA fornece investimentos em saúde para diagnósticos rápidos e tratamentos personalizados com base nos dados do SUS (Imagem: KhunkornStudio/Shutterstock)

Mas para que esse potencial se torne realidade, é necessário enfrentar desafios complexos:
Interoperabilidade entre sistemas, fragmentação de dados, treinamento de profissionais
treinado e uma história de sub -finanças crônicas no setor público. Além disso, o
O uso de IA no diagnóstico e serviço remoto esbarra em dilemas éticos: quem
Responde por um erro cometido por uma IA? Até onde vai a autonomia do algoritmo
Diante de uma decisão médica?

Marco ético e soberania digital

A ausência de regulamentação específica da saúde sempre foi uma lacuna
preocupante. A PBIA agora propõe o desenvolvimento de marcas éticas e regulatórias que
garantir usuários e transparência a sistemas – aspectos cruciais para
preservar direitos fundamentais, como privacidade de dados sensíveis e equidade em
Acesso a tecnologias emergentes.

O plano nacional propõe regras éticas e uma “nuvem soberana” para garantir segurança, transparência e autonomia no uso da inteligência artificial na saúde. (Imagem: Bixstock/Shutterstock)

Um dos pontos mais promissores é a criação de uma “nuvem soberana”, ou seja, um
Infraestrutura de dados nacionais, protegida pelos padrões de governança brasileira. Em um
mundo em que a maioria das ferramentas de IA vem de empresas estrangeiras,
Garantir a soberania digital também é para garantir a autonomia clínica, científica e econômica.

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Embora o plano propõe uma abordagem ética e inclusiva, é necessário reconhecer o
Riscos. Países com ótimas desigualdades educacionais e territoriais, como o Brasil,
Eles correm o risco de ver a IA aprofundar as desigualdades em vez de reduzi -las. Em regiões
Remoto onde estão faltando conexões estáveis na Internet, como garantir o acesso a
Telemedicina com suporte de IA?

O novo plano de IA brasileiro prevê diretrizes para o uso seguro da tecnologia da saúde (Imagem: Raker/Shutterstock)

Portanto, o plano também inclui metas para o treinamento de profissionais – não apenas
Desenvolvedores, mas também profissionais de saúde com habilidades digitais. Sem
Esta preparação, algoritmos bem treinados, continuará a subutilizar em um sistema ainda
analógico.

Um plano ambicioso, mas ainda um começo

A PBIA acerta as diretrizes de longo prazo, investimentos robustos e coordenação
multissetorial. Mas para que a inteligência artificial seja, de fato, um aliado de saúde
Cidadão público e brasileiro, será preciso mais do que boas intenções. Será necessário
Vigilância constante, participação ativa da sociedade civil e coragem regulatória. Afinal, o
A inteligência artificial não é neutra. O que ela aprende – e quem ela conhece – depende
diretamente das escolhas políticas que fazemos hoje.



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