Tudo o que vemos é uma imagem do passado. Não vemos diretamente os objetos, mas a luz que foi refletida por eles e veio aos nossos olhos. Na vida cotidiana, isso não faz diferença, pois a luz viaja muito rapidamente. Mas quando olhamos para o espaço, o tempo de deslocamento de luz é muito importante. Quando observamos a lua, por exemplo, estamos vendo como era cerca de um segundo.
Isso vale para qualquer coisa no universo. Olhando muito longe está olhando muito para trás no tempo. Esse recurso nos ajuda a entender a história do cosmos, desde a formação de galáxias até a morte das estrelas. No entanto, no que diz respeito aos nossos telescópios, nunca veremos o momento exato do Big Bang. E não é por falta de tecnologia.
A verdade é que a luz simplesmente não existia livremente nos primeiros momentos do universo. A imagem mais antiga que podemos capturar é a da radiação cósmica de fundo, uma espécie de Big Bang “Echo”. Essa luz foi lançada cerca de 380.000 anos após o início de tudo, quando o universo esfriou o suficiente para que os átomos comecem a se formar.
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Antes disso, tudo era um “caldeirão” de partículas soltas e luz muito energética. Sempre que um átomo tentava se formar, a luz o destruía, puxando elétrons do núcleo. A luz não podia viajar em linha reta, pois era constantemente absorvida e reemecida pelas partículas. Era como uma multidão barulhenta, onde ninguém pode continuar em paz.

Somente quando o universo se expandiu e esfriou o suficiente, a luz se soltou. Foi quando nasceu a radiação cósmica, a primeira luz livre do cosmos. Este é o limite máximo que podemos ver com telescópios que usam qualquer tipo de luz. Antes disso, como destacado pelo site IfScienceAssim, É como se o universo estivesse envolvido em um véu impenetrável.
Mas há uma esperança. Há duas coisas que podem atravessar esse “véu”: neutrinos e ondas gravitacionais.
As maneiras que levam ao Big Bang
Os neutrinos são partículas quase invisíveis que passam pela matéria sem interagir com ela. Eles são tão abundantes que cerca de 60 bilhões passam pelo nosso corpo por segundo – com centenas deles por centímetro cúbico originários de Big Bang, de acordo com estimativas. As ondas gravitacionais são pequenas deformações espaciais causadas por eventos cósmicos extremos, como fusões de buracos negros.

Ambos podem trazer pistas do que aconteceu logo após o Big Bang. Ainda não conseguimos ver esses sinais antigos claramente, mas já temos indicações. Projetos como Array de tempo pulsante Eles estão tentando capturar essas informações.
Embora a luz seja a nossa janela principal para o universo, é encorajador saber que existem outras maneiras de vê -la e entender como tudo começou.