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sábado, julho 26, 2025

CNJ vota a favor de avaliação prévia para benefícios do BPC/Loas em decisões judiciais

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O CNJ decidiu implementar um requisito padronizado para ações relacionadas à BPC/LOA para pessoas com deficiência. A proposta, que já tem a maioria dos votos, determina a realização de uma análise biopsicossocial antes da concessão judicial do benefício. A iniciativa visa trazer mais uniformidade às decisões e conter o avanço das despesas públicas ligadas à judicização do programa.

Qual é o benefício?

BPC
Imagem: Freepik/ Edição: Seu crédito digital

Leia mais: CNJ deve decidir nos próximos dias de redução de pagamentos de BPC via justiça, diz Fazenda

Destinado a idosos e pessoas com deficiência em situações de baixa renda, o BPC/LOAS garante uma transferência mensal de um salário mínimo. Apesar de serem um benefício da responsabilidade do governo federal, muitos candidatos recorrem ao judiciário quando não podem aprovar a rota administrativa.

Proposta da CNJ de avaliação biopsicossocial

A importância da avaliação biopsicossocial

A avaliação biopsicossocial, proposta pelo CNJ, envolve uma análise conjunta de um assistente social e um especialista médico para identificar as limitações e necessidades de pessoas com deficiência, considerando aspectos biológicos, psicológicos e sociais.

Implementação no sistema judicial

Se aprovado definitivamente, a avaliação biopsicossocial será incorporada ao sistema de experiência judicial (SisperJud), tornando -se obrigatória em todos os processos de BPC para pessoas com deficiência de 2 de março de 2026. É importante destacar que o relatório resultante da avaliação não garanta a aprovação automática do benefício e a análise do benefício e o julgamento do benefício.

O contexto da judicização do BPC

Crescimento de gastos públicos

O governo federal, sob a administração do presidente Luiz Inacio Lula da Silva, atribui parte desse crescimento ao que ele considera uma concessão indiscriminada do benefício do tribunal, sem critérios padronizados.

O papel do CNJ e o voto do ministro Luís Roberto Barroso

Proposta de Barroso

O Presidente do CNJ e o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso, apresentaram a proposta de unificar os critérios de avaliação do BPC em processos judiciais, buscando harmonizar a análise com o modelo social de deficiência.

Justificativas do ministro

Em seu voto, Barroso apontou que o crescimento na concessão do benefício desde 2020 ocorre por administração e judicial, especialmente para pessoas com deficiência. Para os idosos, o aumento administrativo é maior, enquanto as decisões judiciais permanecem estáveis.

Segundo o ministro, a uniformidade da avaliação não se destina a restringir os direitos, mas melhorar a adequação e garantir que o benefício seja concedido de acordo com as reais condições socioeconômicas e de saúde dos candidatos.

Participação interinstitucional no debate

Grupo de Trabalho Interinstitucional

A proposta do CNJ foi o resultado do trabalho de um grupo de várias instituições governamentais, incluindo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Função de Função, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSs) e a Casa Civil. Essa articulação visa garantir uma avaliação mais técnica e padrão, reduzindo as disparidades entre decisões administrativas e judiciais.

Impactos esperados da uniformidade da avaliação

Controle de gastos públicos

A implementação da avaliação biopsicossocial tem o potencial de tornar a concessão do benefício mais cuidadosa, ajudando a conter o rápido aumento dos gastos públicos com o BPC.

Certeza legal e transparência

Com os critérios padronizados, o CNJ pretende dar decisões maior certeza legal, reduzindo o número de injunções e conflitos judiciais em torno do benefício.

Melhoria na análise social e médica

A participação conjunta de assistentes sociais e especialistas médicos deve fornecer uma avaliação mais completa das condições do candidato, respeitando o modelo social de incapacidade, que considera as barreiras ambientais e sociais enfrentadas.

Cronograma para implementação

BPC
Imagem: Freepik e Canva

A medida, se aprovada, entrará em vigor a partir de 2 de março de 2026, com a obrigação da avaliação biopsicossocial para todos os procedimentos legais relacionados ao BPC/LOAS para pessoas com deficiência.

Perguntas frequentes

O que mudou com a decisão do CNJ?

O CNJ aprovou a exigência de uma avaliação biopsicossocial anterior e padronizada em procedimentos legais para a concessão do BPC a pessoas com deficiência, realizada por assistente social e especialista médica.

A avaliação biopsicossocial garante a aprovação do benefício?

Não. A avaliação é um requisito para a análise da solicitação, mas a decisão final cabe ao juiz, que pode conceder ou rejeitar o benefício.

Quando a nova avaliação será obrigatória?

A avaliação biopsicossocial será obrigatória a partir de 2 de março de 2026 para todos os procedimentos judiciais do BPC relacionados a pessoas com deficiência.

Por que o governo quer essa avaliação unificada?

Para padronizar os critérios de concessão, evite decisões judiciais conflitantes, controlar os gastos públicos e garantir que o benefício seja concedido àqueles que realmente atendem aos requisitos legais.

Considerações finais

A decisão do CNJ representa um avanço na tentativa de harmonizar e qualificar a análise dos pedidos do BPC em tribunal, respondendo ao aumento das custas públicas. O modelo biopsicossocial representa uma abordagem mais humana e técnica para avaliar a incapacidade, fundamental para garantir direitos com responsabilidade.



Fonte Seu Crédito Digital

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