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domingo, julho 27, 2025

Campos Neto afirma que esquerda quer igualdade e ignora redução da pobreza

EconomiaCampos Neto afirma que esquerda quer igualdade e ignora redução da pobreza


Depois de seis meses do cenário público devido ao período de quarentena depois de deixar a presidência do Banco Central, Roberto Campos Neto reapareceu em uma nova posição: vice -presidente e chefe global de políticas públicas da Nubank.

Em sua primeira entrevista desde então, concedida a Folha de S.Paulo, o economista fez duras críticas à direção econômica do governo de Lula, acusando a esquerda de priorizar a igualdade sobre a redução e o aviso dos riscos fiscais e produtivos do modelo atual.

Ao longo da conversa, o Campos Netro abordou tópicos como o peso dos programas sociais no orçamento, a divisão entre “ricos e pobres” no discurso político, alta dívida pública brasileira e a necessidade urgente de credibilidade fiscal para o país retomar o crescimento.

Leia mais: Roberto Campos assume um escritório executivo em Nubank após BC

Nova fase no setor privado, mas com a mesma voz crítica

Banco Central Campos neto
Imagem: Antonio Cruz/Agência Brasil

Depois de comandar o banco central de 2019 a 2024 e ser eleito três vezes o melhor presidente dos bancos centrais da América Latina para LatinfinanceO Campos Netro levou este mês um post de destaque em Nubank. Apesar da vez para o setor privado, ele manteve o tom crítico sobre as políticas econômicas que, segundo ele, prejudicam a produtividade e o investimento privado.

Para o economista, o atual governo tem uma “obsessão pela igualdade” que não é acompanhada por estratégias concretas para reduzir a pobreza. “Como a igualdade não é um fenômeno natural, o governo se vende como necessário para corrigir esse erro”, afirmou.

Os riscos do modelo econômico atual, de acordo com o Campos neto

Campos Neto argumenta que a busca por maior igualdade social, aumentando a renda e a transferência de impostos, diminuindo o espaço para investimentos privados, prejudicando a produtividade a longo prazo e gerando altos inflação e juros.

Ele explicou que esse modelo leva a um “estado maior, setor privado atrofiado, dívida insustentável, inflação estruturalmente mais alta e baixa produtividade”. Segundo ele, o resultado final será inevitável: “todos terminarão em uma situação pior”.

O peso dos programas sociais e o impacto no mercado formal

Um dos pontos mais controversos da entrevista foi a crítica da Bolsa Familia. Campos Neto enfatizou que não defende o fim do programa, mas se pergunta se ele incentivando a informalidade no mercado de trabalho.

Citando uma pesquisa de 2024, o Campos Netro lembrou que em 12 estados brasileiros já havia mais beneficiários da Bolsa Familia do que trabalhadores com um contrato formal. Ele relatou que os empreendedores sofrem represálias quando criticam o programa, mesmo quando as observações são feitas tecnicamente e defenderam um debate menos polarizado sobre o assunto.

“Pobre rico versus”: discurso perigoso para o país

Outro objetivo da análise de Campos Netro foi o discurso recorrente do governo para neutralizar ricos e pobres para justificar a elevação de impostos e aumentar os gastos sociais. Para ele, isso mina a união social e remove os investimentos.

“A geração de divisão na sociedade é muito ruim. Temos que gerar construção. Temos que manter empresas e empreendedores no país, em vez de vê -los saindo”, disse ele, citando o aumento do número de milionários brasileiros que migram para outros países e empresas que abrem capital no exterior.

Credibilidade tributária: um ponto -chave para juros mais baixos

Para o ex -presidente do BC, o principal gargalo para reduzir o interesse e recuperar a economia é a falta de um plano fiscal credível. Ele apontou que a dívida pública brasileira, já uma das maiores do mundo emergente, tende a crescer de 3 a 5 pontos percentuais por ano sem ajustes, o que, para ele, é “muito sério”.

Segundo ele, o que é necessário não é apenas tomar medidas concretas, mas também para comunicá -las claramente para aumentar a confiança dos agentes econômicos. Campos Neto previu que mais cedo ou mais tarde o governo será forçado a promover um ajuste fiscal – e quanto mais cedo, melhor para o país.

Haddad, Galipolo e a narrativa política

Haddad IR MP
Imagem: José Cruz/Agência Brasil

Campos Neto também comentou a recente postura do ministro das Finanças, Fernando Haddad, e as críticas que recebeu do presidente Lula, classificando -as como “narrativa política infundada”.

Ele enfatizou que seu sucessor do BC, Gabriel Galipolo, está conduzindo bem a política monetária, mas lembrou que o problema não está na taxa de juros em si, mas na equipe fiscal.

Planos para o futuro: política eleitoral externa

Questionado sobre seu eventual envolvimento em uma campanha presidencial de Tarcísio de Freitas em 2026, Campos Neto negou qualquer intenção.

“Minha área de interesse é finanças e tecnologia. Vou ao mundo privado”, disse ele.

Com informações de: Power360



Fonte Seu Crédito Digital

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