No banco com Irlan Simões: Sportv Newsroom Possível Criação de séries de debates e avanços nos bastidores do CBF Um movimento não tão novo de reformulação da estrutura do futebol brasileiro. Desde 2009, posicionado na base da pirâmide, a série pode ser alterada consideravelmente enquanto era considerada, paralelamente, a criação de uma nova divisão. Tanto quanto parece, há um grande apoio dos clubes para o movimento. Eles seriam os mesmos que reeleitariam em maio passado, por unanimidade, Rogétro Siqueira como representante da série D na Comissão Nacional do Clube, um órgão consultivo do sistema CBF. Siqueira é presidente da ala de Arapiraca, Alagoas, e vem chegando desde o ano passado, buscando dar visibilidade à demanda por mudanças no que ele chama de “divisão de entrada” do futebol brasileiro. Foi ele quem tomou, em 29 de julho, as propostas de reformulação a serem apreciadas pela entidade cerca de uma semana atrás, em uma entrevista à divisão Last Channel, o líder explicou as idéias gerais do movimento e argumentou como, apesar de dar 64 atividades de clubes, a atual série D não contemplia as necessidades do futebol brasileiro dos níveis mais baixos. Em geral, as propostas elaboradas são válidas, com base em dois princípios orientadores: a garantia de maior continuidade esportiva para bons clubes de desempenho na Série D; e um modelo que fornece a formação de grupos mais “regionalizados”, ou seja, com menos distância geográfica entre os clubes – portanto, logisticamente mais conveniente. O CBF discute as mudanças nas duas possibilidades da série D duas possibilidades que Rogété Siqueira trouxe ao CBF uma alternativa dupla. A primeira opção é mais simples: a criação da série E, que apresentaria 64 clubes (formato atual da série D), limpando a série D para apenas 20 clubes, repetindo o formato da série C e o número de clubes das divisões superiores. A segunda opção seria uma expansão da própria Serie D, que teria 96 clubes, divididos em 16 grupos com 6 clubes cada, jogando ida e volta. Os campeões de cada grupo avançariam direto para a fase nocauteada e aguardavam os vencedores de uma espécie de playoffs entre os segundos e os melhores terceiros dos grupos. A partir de então, haveria 5 fases até a definição do campeão e 3 fases até a definição daquelas séries C (as quatro melhores). Além do aumento do número de clubes participantes, o novo formato da Serie D teria uma grande notícia: os 32 clubes classificados para nocautes garantiriam automaticamente um lugar na série do ano seguinte – atingindo o primeiro princípio orientador mencionado anteriormente. Hoje, dos 64 clubes que competem pela Quarta Divisão, enquanto 4 clubes escalam para a Série C, todo mundo é “substituído” pelo melhor de cada campeonato estadual do mesmo ano. Em outras palavras, se uma série D 2025 desta série não tiver mais sucesso no estado (no início do ano) ou não obter acesso no final do ano, ela ficará sem calendário em 2026. A reunião na CBF reuniu representantes da série D Rafael Ribeiro/CBF Esse problema é bastante comum no futebol brasileiro e já ocorreu em vários clubes tradicionais. A mudança atacaria a injustiça esportiva do formato atual, porque daria algum retorno ao mérito do esporte. Hoje, mesmo o quinto lugar no evento (quartas de final) pode ficar sem calendário nacional no ano seguinte. O novo formato – que realmente parece ser o objetivo final, antecipando a possível rejeição da idéia de uma nova divisão – realmente daria mais estabilidade ao conselho do D -Série, definindo pelo menos 28 participantes do ano seguinte (aqueles que não o fizeram). As outras 64 vagas seguiriam definidas pela classificação do estado do estado, contemplando o interesse das federações. Essas são duas propostas distintas e simultâneas na tabela, porque é assim que a política opera, em busca do possível. Pelo menos nesse sentido, os protagonistas da nova idéia parecem estar bem preparados. A mudança na gestão do CBF – uma mais perturbada como a outra – abriu o flanco para o avanço dessa força política que, embora fora dos holofotes, afete um número relevante de federações (leia, eleitores). Problemas das propostas Por alguns anos, o blog tem defendido uma proposta de reformulação um tanto distinta para a base da pirâmide brasileira de futebol, que também envolve a reformulação dos campeonatos estaduais. Longe de ter a presunção de ser uma idéia perfeita, a proposta vai contra alguns princípios defendidos pelos clubes. Leia mais: Para um novo campeonato estadual: propostas lógicas para o futebol brasileiro lá, entende -se que a “divisão de entrada” do futebol brasileiro deve ser a própria esfera do estado, o que garantiria o acesso a uma série D do ponto de simplificação logística, não há maior “regionalização” de um grupo do que a unidade federativa. A proposta de expansão da série D enviada por clubes para o CBF sinaliza algo semelhante, mas na verdade não atinge o objetivo. O início da pirâmide com estados também permitiria uma maior variação dos formatos de disputa, porque daria autonomia a cada unidade federativa (ou mesmo federação) para definir o número de clubes participantes, sempre de acordo com a quantidade real de clubes ativos em seus locais. O mesmo vale para o princípio da continuidade esportiva. Com uma série e na esfera do estado, o número de clubes ativos ao longo do ano seria muito maior que o atual, enquanto a série D teria um sistema de promoção e rebaixamento mais lógico e estabelecido do que o tem hoje. Hoje, apesar de ter a importância de definir as vagas de uma federação para a Serie D, o campeonato estadual precisa ser jogado com pressa, reduzido para pouco mais de 10 datas, porque não há espaço no calendário de clubes de elite. É uma contradição que não mudará com uma série e não com uma “nova série D”. Por outro lado, embora pretenda calendário um número maior de clubes, a proposta adotada por Rogél Siqueira realmente reduz o número mínimo de datas na série (de 14 a 10 rodadas), porque propõe grupos menores (de 8 a 6 clubes). O objetivo final deve ser garantir a operação de clubes ao longo do ano, não a redução de datas. A questão estrutural é verdadeira que há uma grande controvérsia em relação ao interesse real por mais meses de atividade. Hoje, muitos líderes afirmam preferir competições mais curtas, porque há uma grande dificuldade em manter o elenco ao longo do ano. Isso ocorre porque existe uma insustentabilidade entre o custo real de “fazer futebol” e o que essas divisões inferiores são capazes de gerar receita, mesmo com o crescente subsídio financeiro oferecido pela CBF. Portanto, há outra questão central que a proposta trazida pelos clubes ao CBF não atinge: uma nova estrutura regulatória para o futebol na Serie Down. Seria necessário propor novos regimes semi -profissional ou amador para essas divisões, condicionando clubes a outros tipos de regulamentos trabalhistas, a custos mais baixos de participação em torneios e jogos, bem como as taxas de registro de atletas mais consistentes com o nível financeiro em questão. É evidente que este é um debate político muito mais complexo e que muitas dessas questões vão além da esfera do CBF, mas seria muito interessante ver os clubes mobilizados por uma mudança nesse sentido. Isso é válido para os clubes de elite, que precisam garantir apoio financeiro ao restante da pirâmide – uma liga de clubes seria bem útil … não há como cobrar um grande apelo comercial nesta esfera. No Brasil, nem mesmo a série B é muito atraente para o público em geral de futebol quando não possui um grande clube, e a geração atual já dedica muito tempo às competições européias. As divisões mais baixas são consacitadas apenas pelos fãs do público participante, que são formados por uma minoria de grandes clubes de grandes centros urbanos. Em resumo, as propostas da série e a nova série D têm muitos significados positivos, mas correm o risco de atingir os anseios imediatos. Mesmo que custem processos políticos longos, eles tendem a não ter efeitos reais nos problemas estruturais mais graves e urgentes do cenário atual do futebol brasileiro. Para um novo campeonato estadual: propostas lógicas para o futebol brasileiro CBF aprova Var da rodada de 16
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