O mercado global para óleo Apresenta extrema volatilidade nos últimos dias, motivada principalmente pela escalada do conflito no Oriente Médio, uma das regiões mais estratégicas e produtivas de mercadoria do mundo. O aumento das tensões entre Israel e Irã, juntamente com a entrada dos Estados Unidos na disputa, gerou convulsão entre investidores e causou flutuações significativas no preço do barril de petróleo.
Além disso, relatos de ataques e ameaças à segurança do Estreito de Ormuz – uma rota marítima fundamental para o transporte de petróleo – aumentou o nervosismo do mercado, aumentando o prêmio de risco de petróleo chamado. Esse cenário geopolítico instável tem consequências diretas para as empresas do setor, incluindo empresas de petróleo brasileiras listadas no mercado de ações.
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Escalada do conflito e impacto imediato no preço do petróleo

A região do Oriente Médio é responsável por uma parcela significativa da produção mundial de petróleo, o que torna qualquer tensão local reverberando rapidamente nos preços internacionais de commodities. Com o agravamento do conflito entre Israel e o Irã, especialmente após o envolvimento direto dos Estados Unidos, o mercado reagiu imediatamente com forte quitação.
O Brent International Reference Oil, que já estava caindo ao longo do ano – deixando o máximo de US $ 82,63 para jogar um mínimo de US $ 58,40 – demitido por níveis próximos a US $ 79,40 durante o auge da crise. Esse movimento representou uma reversão abrupta da baixa tendência, devido à percepção de maior risco de escassez global.
Cessação de incêndio e alívio momentâneo no mercado
A seguir, o anúncio de um cessar -fogo trouxe um alívio temporário aos mercados, reduzindo o prêmio de risco incorporado no preço do petróleo. Como reflexão, Brent recuou para a faixa de US $ 66,83, retornando parte dos ganhos recentes.
No entanto, os analistas alertam que o cessar -fogo permanece frágil e a instabilidade ainda pode se intensificar a qualquer momento, o que mantém o mercado em alerta e potencial para novas oscilações repentinas.
A análise técnica indicou possível retomada da baixa tendência
De acordo com o analista técnico do XP, Gilberto Coelho, os indicadores técnicos apontam para uma provável retomada da trajetória de queda de Brent, apoiada por médias móveis de 21 e 200 dias que indicam baixa pressão.
No entanto, um fechamento acima de US $ 72,85 pode sinalizar uma retomada do movimento ascendente, com alvos projetados entre US $ 80 e US $ 93, de acordo com a análise pelo método Fibonacci.
Repercussões na Bolsa de Valores Brasileiros: Petrobras e Petróiras Junior
No Brasil, a Petrobras (PET4) tem sido um importante termômetro de volatilidade do petróleo e instabilidade internacional. Suas ações demonstram sensibilidade às oscilações gerais do mercado e, apesar da recente apreciação de Brent, o papel ainda encontra resistência técnica, não confirmando uma clara reversão da baixa tendência.
Petrobras: resistência em R $ 33,50 e cenário indefinido
Apesar da descarga do petróleo Brent, as ações da PET4 falharam em quebrar a média móvel de 200 dias, encontrando resistência em R $ 33,50. Para o analista, a quebra desse nível indicaria uma reversão altista com projeções a R $ 36,10 ou R $ 40,50.
Por outro lado, se você perder o suporte médio móvel de 21 períodos, atualmente em US $ 30,95, o cenário se tornaria negativo e poderá liderar as ações para procurar suportes a US $ 28,85 ou US $ 26,10.
Tanques de petróleo júnior: PRIO3, RECV3 e BRAV3
Além de Petrobras, os “Jorny Petroleiros” brasileiros também reagiram à volatilidade do mercado de petróleo.
O PRIO3 mostra a recuperação, mas testa as médias móveis
Após um começo difícil do ano, o PRIO3 conseguiu recuperar parte das perdas, subindo de US $ 32,70 em abril para US $ 45,50 em junho. No momento, a ação testa a média móvel de 21 dias em R $ 41,50 e os 200 dias em R $ 40,23, que atuam como apoios importantes para a continuidade da descarga.
Se o PRIO3 quebrar a resistência em R $ 43,50, a descarga poderá se estender com projeções a R $ 49,95 ou R $ 57,00. Se cair abaixo de R $ 40,23, pode haver reversão para suportes de R $ 38,30 ou R $ 32,70.
RECV3 perde as médias e ilumina um alerta técnico
O PetroreConcavo (RECV3) começou pode em uma tendência positiva, deixando o mínimo anual de R $ 11,99 a R $ 16,20, mas perdeu força fechando abaixo de 21 e 200 dias de médias móveis, indicando possível baixa reversão.
Os suportes importantes são R $ 13,80 e R $ 11,99, e um fechamento acima de R $ 15,40 seria necessário para confirmar a retomada da descarga com uma meta entre R $ 16,20 e R $ 18,65.
Brav3 tem uma oscilação forte e pode retomar a queda
O Brava (BRAV3) tem oscilado muito, incapaz de apoiar as altas. Depois de oscilar entre R $ 26,00 e R $ 15,90, a ação perdeu recentemente as médias móveis de 21 e 200 dias, sinalizando possível retomada da baixa tendência.
Suportes técnicos importantes são R $ 15,90 e R $ 12,50, enquanto as resistências de reversão seriam R $ 19,80 e R $ 21,80.
Impactos econômicos e perspectivas para o mercado brasileiro

A volatilidade no mercado de petróleo não afeta apenas os preços dos estoques do setor, mas também tem impactos diretos na economia brasileira, dado o peso de Petrobras e tanques de petróleo no índice Bovespa e a formação do custo de combustível no país.
A incerteza geopolítica cria um ambiente de cautela entre os investidores, que seguem de perto as consequências da crise do Oriente Médio e as possíveis consequências para o suprimento global de petróleo.
Nos próximos meses, o cenário ainda está cheio de incertezas, com as flutuações de petróleo seguidas de perto por analistas técnicos e fundamentalistas.
Conclusão
O mercado de petróleo ainda é marcado por alta volatilidade, impulsionada por tensões no Oriente Médio e instabilidade geopolítica global. Essa situação afeta diretamente as ações das principais empresas de petróleo brasileiras, como Petrobras, Prio, Petrorecôncavo e Brava, que têm oscilações sensíveis às variações de preços de Brent. Com um cenário ainda incerto, os investidores devem monitorar de perto os indicadores técnicos e as consequências do conflito para tomar decisões mais informadas e estratégicas no mercado.