O comportamento dos brasileiros em relação à conta poupança mostrou novamente sinais de recuperação. Dados divulgados por Banco Central Nesta segunda -feira (07), revelam que, pelo segundo mês consecutivo, os depósitos excederam as retiradas em junho de 2025. Com entradas líquidas de US $ 2,1 bilhões, a economia retoma momentaneamente a respiração após um início de ano marcado por resgates significativos.
Leia mais:
Depósitos de poupança superam os saques pela primeira vez em 2025, diz BC

Recuperação gradual após quatro meses de perdas
Depois de registrar quatro meses em uma fileira de retiradas líquidas no início de 2025, a economia agora tem dois meses consecutivos de saldo positivo. Em junho, os brasileiros depositaram R $ 365,7 bilhões, enquanto os saques totalizaram R $ 363,5 bilhões. A renda creditada em contas de poupança no mês totalizou R $ 6,4 bilhões.
Acumulado no ano ainda é negativo
Apesar da recente reação, o acumulado do ano ainda reflete uma forte produção de recursos. De janeiro a junho, a economia tem um resgate líquido de R $ 49,6 bilhões. Ou seja, existem ainda mais saques do que depósitos no saldo total do semestre, o que mostra uma retomada cautelosa e instável de economizar confiança.
Panorama histórico de resgates
A sequência de saques nos últimos anos também confirma a tendência de esvaziar o livro. Em 2023, as retiradas líquidas totalizaram R $ 87,8 bilhões. Em 2024, o resultado negativo foi menor, mas ainda significativo: R $ 15,5 bilhões.
A redução no volume de retiradas em 2024 e os dados positivos em maio e junho de 2025 sugerem uma possível reversão do ciclo negativo, embora ainda seja cedo para confirmar uma mudança estrutural no comportamento dos investidores.
O impacto da taxa selera na economia

Um dos principais fatores que influenciam o desempenho da poupança é a taxa de juros básica da economia, Selic. Atualmente, a taxa é fixada em 15% ao ano, após sete máximos consecutivos promovidos pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O alto nível da Selic torna outros tipos de investimento mais atraentes em termos de renda, como fundos Direct Direct, CDBs, LCIs e DI.
A economia se torna menos competitiva
Com o Selic Alta, a remuneração da economia, que segue regras específicas, perde a competitividade. Para contas abertas a partir de 2012, a lucratividade é de 0,5% ao mês + TR (taxa referencial), desde que o Selic esteja acima de 8,5% ao ano. Na prática, isso significa um rendimento de cerca de 6,17% ao ano + TR, bem abaixo de alternativas de renda fixa que acompanham diretamente o Selic.
Estratégia de contenção monetária
A manutenção de alto selo faz parte de uma estratégia do banco central para conter a inflação. Nos últimos minutos, o copom sinalizou que pretende manter o interesse nesse nível nas próximas reuniões, observando os impactos do aperto monetário. No entanto, a possibilidade de novos aumentos não é descartada, especialmente se as taxas de inflação estiverem acelerando novamente.
Perfil Saver em 2025
As economias ainda atraem grande parte da população brasileira, especialmente os perfis de renda mais conservadores e inferiores, por sua simplicidade, liquidez imediata e isenção de imposto de renda. No entanto, muitos investidores migraram para alternativas mais lucrativas para o desafio cenário macroeconômico.
Crescimento do equilíbrio total
Apesar das retiradas do ano, o saldo total de contas de poupança excede a marca de US $ 1 trilhão. Esse valor leva em consideração depósitos acumulados e receita creditada. O volume mostra que as economias permanecem relevantes dentro do sistema financeiro nacional, mesmo com a queda de atratividade.
Papel social do livro
Além de sua função como aplicação financeira, a poupança desempenha um papel importante no financiamento do crédito da habitação, especialmente no modelo do sistema de poupança e empréstimos brasileiros (SBPE). Uma parte significativa dos depósitos é direcionada ao crédito imobiliário, o que faz do caderno um equipamento importante do setor de construção.
Renda real de economia contra a inflação
Outro aspecto fundamental na análise da economia é o rendimento real, ou seja, o ganho de inflação com desconto. Com altas taxas de juros e inflação em níveis moderados, o rendimento real da economia foi positivo, mas menor que outros investimentos conservadores.
TR segue zero
A taxa referencial (TR), usada na fórmula de cálculo de economia, segue quase zero. Isso significa que o rendimento do livreto é de quase 0,5% ao mês, limitando seu potencial de ganho. No cenário atual, o TR não contribui significativamente para aumentar a lucratividade do produto.
Possibilidade de reversão no segundo semestre
Com a economia brasileira no processo de desaceleração e a taxa seletiva de possível estabilidade, há expectativa no mercado de que as economias continuem registrando entradas líquidas nos próximos meses. Se confirmado, essa reversão de tendência pode indicar uma retomada da confiança do pequeno investidor no produto tradicional.
Fatores a serem monitorados
Entre os principais fatores que podem influenciar o desempenho da economia no segundo semestre de 2025, se destaque:
- Evolução da inflação;
- Decisões futuras do Copom on Selic;
- Recuperação do mercado de trabalho;
- Oferta de crédito no sistema bancário;
- Crescimento do endividamento doméstico.
A educação financeira ainda é um desafio

Muitos brasileiros ainda estão optando pela economia de ignorância de melhores alternativas. A ausência de sólida educação financeira contribui para a suspensão do livro como a principal forma de investimento de milhões de pessoas.
Escolha para “conhecido”
A preferência pelo produto, mesmo com baixa lucratividade, está ligada a fatores comportamentais: medo de perder dinheiro, falta de familiaridade com produtos como tesouro direto ou simplesmente resistência à mudança. O avanço das aplicações de tecnologia e bancos, no entanto, facilitou o acesso a renda fixa e diversificação.
Imagem: Freepik/ Edição: Seu crédito digital