Mesmo com uma opção de segundo plano, os diplomatas dizem que precisam identificar primeiro se ainda houver margem para negociação. O presidente -eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Lula, em uma assembléia feita pelo G1. -Photo: Ricardo Stuckert/PR e Reuters/Kevin Mohatt O governo do Presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) deve publicar na segunda-feira (14) o decreto do regulamento da chamada Lei de Reciprocidade Econômica. A medida é apontada como uma alternativa para o Brasil reagir à tarifa anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. As informações foram confirmadas pelo Escritório do Vice -Presidente Geraldo Alckmin, que também administra o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A Alckmin será responsável por liderar um comitê formado por representantes e empreendedores do governo para discutir a tarifa. A Alckmin direcionará o comitê de empresários para criar resposta ao ataque de Trump aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado por Lula, a lei de reciprocidade foi o instrumento legal encontrado pelo Brasil para responder às taxas de Trump anunciadas sobre os produtos brasileiros vendidos no mercado dos EUA. Antes da lei, não havia nenhuma estrutura que permitisse ao governo retaliar outro país para tais medidas – apenas o uso da Organização Mundial do Comércio (OMC). Nos bastidores, os diplomatas brasileiros dizem que o governo de Lula não deve recorrer ao órgão internacional, mas ainda é necessário identificar se há espaço para negociação com a Casa Branca. O caminho principal seria através de conversas com o governo dos EUA (USTR), um órgão do governo americano responsável pelo comércio exterior, como o que está acontecendo desde o início do governo Trump. Lula diz que o Brasil quer negociar, acusações de lei brasileira e nega que as críticas aos EUA motivassem o Trump National Journal/ Reproduction em notas, discursos e publicações sobre redes sociais, o presidente Lula disse que o Brasil é um país soberano e não aceitará que seja protegido por ninguém. O Petista também declarou que, embora o país ainda aposte nas negociações com os americanos, ele usará a lei de reciprocidade, se necessário. “O povo brasileiro precisa ser respeitado. A justiça brasileira precisa ser respeitada. Somos um país grande e soberano e tradições diplomáticas históricas com todos os países. O Brasil adotará as medidas necessárias para proteger seu povo e empresas”, escreveu Lula em uma rede social no sábado (12). Impacto econômico nesta semana, durante uma entrevista no Planalto Palace, o vice -presidente Geraldo Alckmin disse que considerou um anúncio de “equívoco” de Trump. O argumento principal é que a relação comercial entre o Brasil e os Estados Unidos é um excedente para os americanos, ou seja, em valor agregado, o país que mais exporta para o Brasil que importa. Essa mesma linha foi adotada pelo ministro das Finanças, Fernando Haddad, que disse que não viu “racionalidade econômica” na medida em que, em que, na carta a Lula, Trump disse erroneamente que os Estados Unidos têm um déficit (equilíbrio negativo) no relacionamento comercial com o Brasil. Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil do mundo, atrás apenas da China. Dados divulgados pelo relatório brasileiro de que nos últimos 15 os EUA acumularam outros US $ 400 bilhões em saldo positivo em comparação ao Brasil. Mesmo assim, em comunicado publicado em sua página oficial, a Embaixada dos EUA na Brasília disse que o Brasil está entre os países que “sufocam” parte da economia americana e que o presidente Donald Trump não permitirá que os Estados Unidos sejam “explorados”. Uma reunião na embaixada dos EUA na sexta -feira passada (11), governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (republicanos), aliado de Bolsonaro, se reuniu em Brasília com os negócios da Embaixada dos EUA em Brasília, Gabriel Escobar. Número dois na hierarquia da embaixada, Escobar comanda a representação diplomática americana no Brasil porque o presidente Donald Trump não nomeou embaixador no cargo desde que o embaixador nomeado pelo então governo de Joe Biden retornou ao país. A reunião pegou mal entre os membros do governo Lula. Fontes em diplomacia afirmaram que a reunião foi um “desastre” porque não teve um efeito prático, já que Tarcisio não fala em nome do estado brasileiro e Escobar não fala em nome do órgão comercial americano. Para diplomatas, Tarcisio mostrou que “ele não entende nada” da diplomacia profissional. Em uma rede social, o governador confirmou a reunião com Escobar e disse que os dois falaram sobre as consequências das tarifas de Trump para a economia. “Abriremos o diálogo com as empresas de São Paulo, com base em dados e argumentos consolidados, para buscar soluções eficazes. É necessário negociar. As narrativas não resolverão o problema. A responsabilidade é com quem governa”, disse ele. Em um comunicado, a Embaixada dos EUA no Brasil também confirmou a reunião de Escobar com Tarcisio, argumentando que o estado de São Paulo concentra o maior volume de investimentos nos EUA no Brasil. “Enfatizamos que os diplomatas dos EUA se reúnem regularmente com os governadores brasileiros. A Embaixada dos EUA promove os interesses das empresas americanas e da cooperação bilateral”, disse a representação diplomática.
g1