Os pesquisadores descobriram que o cometa 12p/pons-brooks, popularmente chamado de “Devil Comet”, pode responder de onde a água veio.
O estudo, publicado na revista Astronomia da naturezaEle traz fortes evidências de que a água contida nesse objeto é muito semelhante à do planeta. Isso reforça a idéia de que esse poderoso recurso vital, tão abundante hoje em nosso mundo, teria se originado nos impactos do cometa – consequentemente ajudando a desenvolver a vida aqui.
Sobre o cometa do diabo:
- O objeto espacial chamado 12p/pons-brooks (12p) é um cometa cryvulcônico;
- Pertence à classe Cometa do tipo Halley, que tem órbita entre 20 e 200 anos;
- É composto por uma concha dura e fria cheia de gás, poeira e gelo e uma cauda feita do material que vazar de seu interior;
- O apelido “Devil Comet” é devido à forma da buzina que seu rabo assume quando ele explodiu;
- Com uma órbita elíptica que dura cerca de 71 anos, ele chegou ao periélio (ponto mais próximo do sol) em abril do ano passado;
- No momento Na constelação de lúpus, mais de 851 milhões de km da Terra, o cometa se aproxima do planeta novamente em 2095.
“Nossos novos resultados fornecem as evidências mais fortes até agora de que pelo menos alguns cometas de Halley carregaram água com a mesma assinatura isotópica encontrada na Terra, apoiando a idéia de que os cometas podem ter ajudado a tornar nosso planeta habitável”, diz o principal autor do estudo Martin Cordiner, astrofísica molecular da NASA comunicação.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas liderados por ele observaram os 12p/pons-brooks com o ATACAMA GRANDE MILIMETRO/MATRA DE SUBLILIMETRO (Alma), localizada no Chile, e o Instalação de telescópio infravermelho (IRTF), da NASA, no Havaí.
A análise concentrou -se na proporção entre Deireary, um tipo de hidrogênio mais pesado porque contém um nêutron e o hidrogênio comum. Esse relacionamento, conhecido como D/H, atua como uma espécie de “impressão digital” de água, permitindo comparar diferentes fontes cósmicas. O resultado mostrou que a água do cometa é praticamente idêntica à encontrada na Terra.

Esse achado é de grande importância, porque observações anteriores de cometas semelhantes indicaram diferentes valores de d/h, enfraquecendo a hipótese de que esses corpos celestes teriam trazido parte da água que formava oceanos e rios no planeta. Agora, com medições mais detalhadas, a teoria ganha mais apoio.
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As imagens capturadas pela alma também permitiram mapear a água do cometa com precisão sem precedentes. A equipe estudou água comum (H₂O) e a versão “pesada” (HDO), identificando sua origem direta no núcleo frio, não em reações químicas posteriores na nuvem difusa de gás e poeira que envolve o cometa (chamado Coma).
“Ao mapear o H₂o e o HDO no cometa, podemos identificar se os gases estão realmente vindo do gelo do núcleo, o que nos dá mais confiança nas medidas”, explicou Stefanie Milam, cientista da NASA e co -autor de estudo.

Os resultados obtidos pela equipe reforçam a visão de que os cometas eram peças -chave na formação de um ambiente propício à vida em terras primitivas. Além da água, esses objetos também podem transportar compostos orgânicos, contribuindo para o surgimento de moléculas fundamentais.
Embora o mistério sobre a origem exata da água terrestre ainda não esteja totalmente resolvida, a análise do “cometa do diabo” traz uma das faixas mais sólidas já registradas. Para os cientistas, é um passo importante para entender como nosso planeta se tornou habitável e talvez como os mundos distantes também podem abrigar a vida.