Lula Nenhum ONU afirma que a Internet não pode ser terra sem lei e defende regulamentação para proteger as crianças e combater crimes digitais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Ele falou na terça -feira (23) na abertura da Assembléia Geral da ONU em Nova York, defendendo maior Regulamentação da Internet. Segundo ele, as plataformas digitais oferecem oportunidades de conexão, mas também são usadas para espalhar intolerância, misoginia, xenofobia e desinformação.
Lula afirmou que o Brasil procurou enfrentar esses desafios por meio de legislação e iniciativas avançadas que promovem a segurança digital, a concorrência do mercado on -line e a sustentabilidade tecnológica. O presidente também abordou tópicos relacionados à inteligência artificial e proteção ambiental.

Plataformas digitais e segurança online
Sobre o ambiente digital, Lula disse que “A Internet não pode ser uma ‘terra sem lei’. Cabe ao poder público proteger os mais vulneráveis. Segundo ele, regulamentar a Internet não significa restringir a liberdade de expressão, mas garantindo que crimes já ilegais no mundo real, como fraude, o tráfico de pessoas e pedofilia, também sejam tratados no ambiente virtual.
O presidente também apontou que o parlamento brasileiro aprovou recentemente uma lei considerada uma das mais avançadas do mundo para o Proteção de crianças e adolescentes na esfera digital. Além disso, o governo enviou projetos de lei para promover Competição em mercados digitais e incentivar a instalação de Data centers sustentável no país.

Inteligência e Governança Artificial
Lula defendeu a criação de governança multilateral para mitigar os riscos de inteligência artificialAlinhado com o Pacto Digital Global aprovado pela ONU no ano passado. Ele enfatizou que o Brasil busca padrões éticos e cooperação internacional, para que a tecnologia não seja usada para não democráticos ou criminosos.
Para mitigar os riscos da inteligência artificial, apostamos na construção de uma governança multilateral, de acordo com o pacto digital global aprovado neste plenário no ano passado.
Luiz Inácio Lula da Silva, em um discurso na Assembléia Geral da ONU

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Outros tópicos cobertos por Lula na ONU
- Democracia e soberania: Lula enfatizou que o Brasil permanecerá independente, defendendo a democracia, a igualdade de direitos e a redução das desigualdades. Ele ressaltou que a proteção da democracia vai além do voto, incluindo educação, saúde e segurança.
- Conflitos internacionais e multilateralismo: Criticou medidas unilaterais e autoritarismo, defendendo soluções negociadas e respeito pela soberania dos países. Ele mencionou a necessidade de cooperação em conflitos como Ucrânia, Palestina, Venezuela, Haiti e Cuba.
- Segurança e crimes lutando: Ele apontou que o crime deve ser travado através da cooperação internacional, não pela força letal indiscriminada e defendeu a repressão da lavagem de dinheiro e o controle do comércio de armas.
- Agenda internacional e blocos multilaterais: Reafirmou a importância do BRICS, G20, União Europeia, ASEAN, União Africana e Celac, defendendo uma maior participação global do sul em decisões internacionais.
- Redução de desigualdades e pobreza: Ele enfatizou a importância de combater a fome, observando que o Brasil deixou o mapa da fome em 2025 e defendeu medidas internacionais para aliviar a dívida de países mais pobres e aumentar a tributação de super rico.
- Valores e ética: Lembrou -se das contribuições de Pepe Mujica e do Papa Francisco, observando que o autoritarismo, a desigualdade e a degradação ambiental não são inevitáveis e que é preciso coragem para agir.
- Mudança climática e sustentabilidade: Lula falou sobre a redução do desmatamento na Amazônia nos últimos dois anos e destacou a importância do desenvolvimento sustentável. Ele também mencionou o lançamento de Antecedentes da floresta tropicalDestinado a remunerar os países que mantêm suas florestas em pé e reforçaram o compromisso do Brasil com a COP30.