As diferenças na atividade cerebral foram identificadas durante o experimento realizado em pessoas de 18 a 25 anos
Um novo estudo ressalta que assistir televisão e acessar redes sociais tem efeitos diferentes quando se trata de atividade cerebral. Os padrões distintos foram identificados durante um experimento realizado em pessoas de 18 a 25 anos
Segundo os pesquisadores, a TV está associada a um aumento no foco, enquanto as mídias sociais têm um resultado contrário. As conclusões foram apresentadas em um estudo publicado na revista Relatórios científicos.

As redes sociais causaram uma redução na atividade cerebral
Durante o trabalho, os participantes foram expostos a telefones celulares e celulares. Eles foram analisados a partir de espectroscopia funcional de infravermelho (FNIRs), uma técnica que mede a atividade cerebral através da detecção da concentração de hemoglobina oxigenada e desoxigenada no cérebro.
Segundo os pesquisadores, foram identificadas mudanças de humor, energia, tensão, foco e felicidade. Após o uso de redes sociais, por exemplo, os níveis de hemoglobina oxigenados aumentaram mais do que em comparação à TV. Nesses casos, os participantes relataram sentir -se menos focados e apresentaram níveis mais baixos de atividade cerebral.

Essas descobertas sugerem que os tipos interativos de entretenimento tornam o cérebro mais ou menos envolvido. Em outras palavras, diferentes maneiras de usar a tela estão associadas a diferentes padrões de atividade e estados de humor.
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As descobertas podem explicar o aumento dos transtornos do humor em jovens
- Embora o estudo tenha analisado adultos jovens, esses achados sugerem um resultado semelhante em adolescentes.
- Portanto, os pesquisadores argumentam que as conclusões são levadas em consideração em discussões sobre a limitação do uso de redes sociais.
- De acordo com o trabalho, “se esse é o efeito em um cérebro totalmente desenvolvido, precisamos considerar urgentemente os impactos sobre adolescentes e crianças que estão cada vez mais usando essas tecnologias”.
- Para a equipe, os resultados do estudo podem explicar, por exemplo, o aumento dos transtornos do humor em jovens em todo o mundo.
- Por outro lado, os cientistas da pesquisa admitem que são necessários mais estudos para entender a complexa relação entre o uso de telas e o cérebro.

Colaboração para a aparência digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e trabalha na área desde 2014. Ele trabalhou nas redações da Bandnews FM em Porto Alegre e São Paulo.

Bruno Capozzi é um jornalista se formou no Cásper Líbero College e mestre em ciências sociais da PUC-SP, com foco em pesquisas de redes sociais e tecnologia.