Antes da reforma da pensão, promulgada em novembro de 2019, a aposentadoria para o tempo de contribuição funcionou mais simplesmente. Foi o suficiente para o trabalhador provar um tempo mínimo de contribuição para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), sem um requisito de idade mínima.
Os homens podiam se aposentar com 35 anos de contribuição, enquanto as mulheres se aposentaram com 30. Isso significava que as pessoas que começaram a trabalhar cedo, muitas vezes ainda na adolescência, conseguiram se aposentar por volta dos 50, algo que impactou significativamente o orçamento do Seguro Social.
O cálculo do benefício foi feito com base nas contribuições médias 80% maiores do trabalhador, que favoreciam aqueles que tinham maior renda em parte de sua carreira.

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O que mudou com a reforma da pensão?
A principal mudança foi a introdução de uma idade mínima para quem deseja se aposentar. Desde a reforma, Os homens precisam ter pelo menos 65 anose Mulheres, 62 anosMesmo que eles já tenham concluído o tempo mínimo de contribuição.
Outra mudança significativa foi a Novo modelo de cálculo de benefícios. Da reforma:
- Os INSs começaram a considerar 100% das contribuições feitas ao longo da vida;
- O valor do benefício é calculado com base em 60% do salário médiocom adição de 2% ao ano superior a 20 anos de contribuição para homens e 15 anos para mulheres.
Esta mudança tende a Reduzir o valor das pensões daqueles que tiveram salários mais baixos por muitos anos ou enfrentaram longos períodos de contribuição mínima.
Quais são as regras de transição?
Para os trabalhadores que já estavam contribuindo para os INSs antes da entrada em vigor da reforma, o governo instituiu regras de transição. Eles servem para Evite danos àqueles próximos à aposentadoria.
Existem cinco regras principais de transição. Veja abaixo os três mais usados:
1. 50% de pedágio
Destinado a aqueles que eram dois anos ou menos para se aposentar pelas regras antigas. Nesse caso, precisamos cumprir 50% mais do tempo que falta. Ou seja, aqueles que perderam 1 ano para se aposentar devem contribuir por 1 ano e meio.
2. Sistema de pontos
Nesta regra, é adicionado Idade + tempo de contribuição. A pontuação mínima começou em 86 pontos para mulheres e 96 para homens em 2020aumentando 1 ponto por ano. Em 2025, 91 pontos são necessários para mulheres e 101 para homens.
3. Idade mínima progressiva
Neste modelo, o trabalhador deve alcançar Tempo mínimo de contribuição + idade mínimaque aumenta gradualmente a cada ano. Em 2025, por exemplo, a idade necessária é 62 anos para mulheres e 64 para homenspode subir para 65/62 oficiais.
Como é o valor da aposentadoria?
Com a mudança, o valor da aposentadoria tornou -se menos vantajoso para muitos. Em vez disso, a base de cálculo excluiu os salários 20% mais baixos. Agora, todos os salários entram no cálculo, o que reduz a contribuição média, especialmente para aqueles que tiveram oscilações salariais.
Além disso, a regra que limita o benefício a 60% da média inicial, com adições progressivas, faz com que o trabalhador precise contribuir muito mais tempo para abordar a quantidade total do salário.
Exemplo: um homem com 25 anos de contribuição terá direito a 60% + (2% x 5 anos) = 70% dos salários médios.
Como a reforma afeta o planejamento da aposentadoria?

As mudanças tornaram a aposentadoria um desafio maior para aqueles que não planejaram com antecedência. Com o requisito mínimo de idade, mesmo aqueles que começaram a trabalhar cedo terão que esperar mais tempo para se aposentar. E com o novo cálculo, a quantidade recebida pode ser menor que o esperado.
Assim, a importância de Planejamento de Seguro Social individualizadoque deve considerar:
- Projeção do tempo de contribuição;
- Alternativas como pensão privada;
- Simulações em Meus inss;
- A avaliação da qual a regra de transição se aplica melhor ao perfil profissional.
O que esperar para o futuro da Seguridade Social?
Apesar da reforma de 2019, o debate sobre sustentabilidade da seguridade social continua. O envelhecimento da população, o mercado de trabalho informal e o atraso entre a coleta e o pagamento dos benefícios ainda estão presentes desafios.
As reformas futuras não são descartadas, o que reforça a necessidade de Monitore as mudanças legislativas e revise o planejamento financeiro periodicamente. A educação da Seguridade Social, muitas vezes negligenciada, será cada vez mais essencial.