Novas pesquisas sugerem que até 100 pequenas galáxias seriam orbitando a Via Láctea, mas muitos deles nunca teriam sido identificados
Um novo estudo de uma equipe de astrônomos da Universidade de Durham, no Reino Unido, chamou a atenção dos cientistas. Isso ocorre porque o trabalho apresentou conclusões que podem mudar o entendimento atual do que está próximo da Via Láctea.
A pesquisa sugere que até 100 pequenas galáxias podem estar por perto, mas muitas delas nunca teriam sido identificadas. As descobertas foram apresentadas durante o Congresso da Royal Astronomical Society, uma sociedade científica e de caridade dedicada ao avanço da pesquisa sobre astronomia.

Galáxias teriam perdido a matéria escura
- Segundo o estudo, apesar de orbitar a Via Láctea, essas galáxias seriam tão pequenas que nenhum telescópio nunca seria capaz de identificá -las.
- Sua existência foi prevista pelo uso de supercomputadores e novos modelos matemáticos.
- Os cientistas explicam que esses objetos seriam versões em miniatura das galáxias que conhecemos, mas teriam perdido muito da matéria escura.
- Esta é uma substância invisível que ajuda a mantê -los unidos.
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A descoberta pode mudar a compreensão dos cientistas
Os astrônomos da Universidade de Durham afirmam que as “galáxias fantasmas” perderam muito de sua matéria escura porque foram “puxadas” pela gravidade da Via Láctea. Como resultado, eles eram pequenos, fracos e dificilmente emitem luz, dificultando a identificação.
Sabemos que a Via Láctea tem cerca de 60 galáxias de satélite confirmadas, mas acreditamos que há dezenas de outras, extremamente fracas, girando em torno dela. Se nossas previsões estiverem corretas, elas reforçam a teoria chamada Lambda-CDM, que explica como o universo evoluiu e como as galáxias se formam.
Isabel Santos-Santos, pesquisador da Universidade de Durham

A teoria Lambda-CDM sugere que a maior parte do universo é feita de matéria escura e energia, elementos invisíveis, mas que exercem influência em tudo. Apenas 5% do universo seriam formados por matéria “normal”, como planetas, estrelas, gás e poeira.
Dessa forma, a maioria das galáxias teria que ser anões e galáxias maiores da Orbar, como a Via Láctea. O problema é que as descobertas feitas até agora não suportam essa ideia. A explicação proposta pelo novo estudo é que nossa tecnologia é incapaz de ver essas pequenas galáxias ocultas.

Colaboração para a aparência digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e trabalha na área desde 2014. Ele trabalhou nas redações da Bandnews FM em Porto Alegre e São Paulo.

Bruno Capozzi é um jornalista se formou no Cásper Líbero College e mestre em ciências sociais da PUC-SP, com foco em pesquisas de redes sociais e tecnologia.