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segunda-feira, julho 21, 2025

Como as mudanças climáticas podem impactar o calendário escolar no Brasil

TecnologiaComo as mudanças climáticas podem impactar o calendário escolar no Brasil


O estudo revela que mais da metade dos estudantes do ensino médio são expostos a desastres climáticos, com perdas diretas em educação e saúde

Imagem: HXDBZXY/SHUTTERTOCK

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Mais de 15 milhões de estudantes do ensino médio brasileiros estão matriculados em escolas com resiliência baixa ou sem inundação, e outros 8 milhões frequentam instituições que não estão preparadas para enfrentar a seca.

Os dados são de um estudo do Observatório Nacional de Segurança da Água e Observatório de Gerenciamento Adaptivo (OSEADADAPTA), apresentado durante a 77ª reunião anual do SBPC.

Terra seca e rachada; Crise da água e mudança climática mundial.
A pesquisa nacional mostra que as escolas brasileiras não estão preparadas para lidar com secas e inundações – Imagem: Piyaset/Shutterstock

Cerca de um milhão de alunos afetados

  • Com base nos dados do censo escolar e no índice de segurança da água, os pesquisadores mapearam o risco climático nas escolas e descobriram que cerca de 1 milhão de estudantes já perderam aulas para eventos extremos, como secas ou inundações graves.
  • Na Amazônia, por exemplo, muitos estudantes tiveram acesso às escolas devido à seca extrema, o que tornava impossível para o transporte fluvial.
  • A pesquisa propõe o conceito de “resiliência pedagógica”, que descreve as estratégias improvisadas pelos professores, como flexões de currículos e arrecadar fundos para manter a rotina escolar em meio a desastres climáticos.

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Sem estrutura, os educadores criam estratégias para manter as aulas no meio de secas, inundações e apagões climáticos – e políticas de adaptação de cobrança (imagem: Maya Lab/Shutterstock)

A situação é crítica em um cenário em que as mudanças climáticas estão intensificando as chuvas secas e concentradas, como avisadas pelo pesquisador do Cemaden, José Marengo.

As secas, em particular, foram apontadas como eventos com sérios impactos socioeconômicos, afetando a saúde, a segurança alimentar e as populações vulneráveis.

Impacto nas comunidades indígenas

Os efeitos já são sentidos pelas comunidades indígenas na Amazônia, que enfrentam problemas de saúde mental, insegurança da água e risco de desidratação devido à contaminação dos rios por poluentes da queima.

Para os autores do estudo, é urgente integrar o gerenciamento de riscos de desastres em políticas educacionais, conforme previsto no LDB, garantindo um sistema de ensino cada vez mais frequente.

O estudo destaca o impacto direto das mudanças climáticas na educação e saúde indígenas – Imagem: Ronaldo Almeida/ Shutterstock

O artigo original foi publicado em Agência FAPESP.

Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para a aparência digital

Leandro Criscuolo é um jornalista se formou no Cásper Líbero College. Ele trabalhou como redator, analista de marketing digital e gerente de redes sociais. Atualmente, ele escreve para a aparência digital.

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é um jornalista se formou no Cásper Líbero College e mestre em ciências sociais da PUC-SP, com foco em pesquisas de redes sociais e tecnologia.



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