O governo federal apresentou um projeto que pretende fazer com que o processo seja mais barato da carteira de motorista nacional (CNH), especialmente nas categorias A (motocicletas) e B (veículos de passageiros). O objetivo é reduzir o custo do documento em até 80% – que hoje excede US $ 3.000 em grande parte do país – e expandir o acesso à qualificação. De acordo com dados do Ministério dos Transportes, mais da metade da população brasileira (54%) não possui CNH ou dirige sem qualificação. Entre os que ainda não iniciaram o processo, 32% apontam o alto custo como a principal barreira. Mais de 40 milhões têm CNH para motocicletas no Brasil, e as mulheres puxam esse alto, veem os principais pontos da proposta, que ainda precisam ser feitos: como a abertura do processo funcionará? A solicitação da CNH será feita diretamente através do site do Secretariado Nacional de Trânsito (Senatran) ou do cartão de tráfego digital (CDT). Será obrigatório ter aulas em auto -escolar? Não. A proposta permite que a formação teórica seja feita pessoalmente nos Centros de Formação de Condutores (CFCs), por ensino à distância (EAD) ou formato digital, oferecido pela própria Senatran. E as aulas práticas? Não haverá mais requisitos para uma carga de trabalho mínima de 20 horas de aula. O candidato pode escolher entre contratar um CFC ou um instrutor autônomo credenciado por DeTran. Que mudanças nas categorias C, D e E? Para categorias profissionais (caminhões, ônibus e reboques), a proposta estabelece que todo o processo também pode ser feito fora dos CFCs, com o objetivo de simplificar e diminuir a emissão da qualificação. Como o custo cairá? A redução de custos será principalmente devido à flexibilidade do ensino, eliminando a carga de trabalho obrigatória em classes práticas e estimulando a concorrência entre os prestadores de serviços. A expectativa é composta de até 80% no valor final. A escola própria deixará de existir? Não. A escola própria continuará a oferecer classes teóricas e práticas, mas opcionalmente. Eles também poderão oferecer os cursos no modo EAD. O papel dos CFCs será complementar, com foco em serviços personalizados. E a segurança do trânsito? A proposta mantém exames teóricos e práticos, conforme necessário para obter CNH. Segundo o governo, isso garante que apenas os candidatos que provam o domínio das habilidades necessários sejam qualificados. Quem vai se beneficiar? Principais pessoas com baixa renda. Hoje, cerca de 161 milhões de brasileiros são legais para dirigir, mas muitos ainda não estão qualificados por causa do custo. Como será o credenciamento de instrutores autônomos? Os instrutores podem ser credenciados por deprans e identificados via portfólio de tráfego digital. O treinamento pode ocorrer através de cursos digitais. O processo é menos burocrático? Sim. O governo deseja criar plataformas digitais que conectem candidatos e instrutores, com agendamento, geolocalização e pagamento eletrônico. Este modelo é em outros países? Sim. A proposta é baseada em modelos adotados pelos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Japão, Paraguai e Uruguai, onde há mais autonomia para candidatos e menos rigidez quanto à forma de ensino.
g1