O Comissão para a defesa dos direitos das pessoas com deficiência da Câmara dos Deputados deu um passo importante para Equidade fiscal para pessoas com deficiência no Brasil. Foi aprovado, de forma conclusiva, uma proposta para Isenção de imposto de renda (IR) Sobre a renda da aposentadoria de pessoas com deficiências moderadas ou graves, bem como a autorização para deduzir despesas com ajuda técnica e tratamentos de reabilitação.
O conta É de autoria do deputado Geraldo Resende (PSDB-MS) e representa uma mudança significativa na legislação atual de imposto de renda, o que restringe os benefícios a Idosos com mais de 65 anos e pessoas com doenças graves listadas anteriormentecomo câncer e paralisia desativada.
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O que muda com a proposta
Isenção para ir aos aposentados com deficiência
Se aprovado, o projeto permitirá aposentados com incapacidade moderada ou grave param de pagar o imposto de renda sobre os ganhos de sua aposentadoria. A medida se estende a qualquer pessoa diagnosticada com Condições físicas, mentais, sensoriais ou intelectuais Isso configura a deficiência nessas duas categorias.
Dedução de despesas com tecnologias e tratamentos de assistência
Além da isenção, o texto também autoriza que Custos com ajuda técnica – como cadeiras de rodas motorizadas, aparelhos auditivos, software de acessibilidade, entre outros – podem ser IR deduzido. Digite também nesta categoria Tratamentos de reabilitaçãocomo fisioterapia, terapia ocupacional, terapia da fala e terapias específicas para o autismo, paralisia cerebral, entre outros.
“A proposta expande o escopo da justiça fiscal, reconhecendo que as pessoas com deficiência enfrentam custos adicionais permanentes que devem ser compensados”, disse o relator da proposta.
Como é a regra atual
Isenções limitadas
Hoje, legislação tributária brasileira (leis 7.713/1988 e 9.250/1995) Somente a isenção de subsídios de ir aos aposentados com doenças graves Taxas listadas – como Neoplasia maligna, paralisia irreversível, cardiopatia grave, AIDS, tuberculose ativaentre outros.
Pessoas com moderado ou grave que não têm uma das doenças listadas não são contempladosmesmo que suas condições exijam gastos permanentes em tratamentos e recursos de acessibilidade.
Expansão do escopo: do chá ao espectro mais amplo da deficiência
Origem do projeto e mudanças no texto
A conta, inicialmente, apontada beneficiar apenas pessoas com transtorno de espectro autista)Assim, TDAH (Transtorno do déficit de atenção da hiperatividade) e Distúrbios hipercinéticos. No entanto, durante a comissão, o texto foi expandido para incluir qualquer tipo de incapacidade moderada ou gravecom base em critérios médicos e relatórios de especialistas.
A expansão foi aplaudida por organizações da sociedade civil e especialistas em políticas de inclusão, que apontaram que a versão inicial era limitada e excluindo.
“Foi um avanço importante. Não faria sentido beneficiar um grupo restrito, quando há tantas outras deficiências que geram custos recorrentes e impacto na vida das famílias”, disse o consultor legislativo Luciana AlbuquerqueEspecialista em Direito da Seguridade Social.
Próximos passos no processo
Ainda preciso passar por duas comissões
A proposta será agora analisada por duas comissões importantes da Câmara:
- Comissão de Finanças e Tributação (CFT) – que analisará o impacto orçamentário da medida e compatibilidade com a lei de responsabilidade fiscal;
- Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC) – que avaliarão a constitucionalidade, a juridicidade e a técnica legislativa do projeto.
Se aprovado nas duas comissões, o projeto pode seguir diretamente para o Senado, sem votar no plenário da Câmara, devido a conclusivo do processo.
Depois do Senado
Se aprovado no Senado, o projeto vai para sanção presidencial. Ainda não existe um cronograma definitivo, mas a expectativa é que o processo avançará até a primeira metade de 2026.
Impacto esperado para pessoas com deficiência


Alívio financeiro significativo
A aprovação do projeto representará um considerável alívio fiscal Para milhares de famílias que vivem com custos permanentes e altos relacionados à deficiência. Hoje, a maioria dessas despesas não é dedutível, e muitas pessoas aposentadas com deficiência acabam sendo duplamente penalizadas: elas pagam impostos e têm sozinho com os custos de adaptação e reabilitação.
Com a medida, esses valores podem ser revertido em mais acessibilidade, qualidade de vida e autonomia Para pessoas com deficiência.
Estimulando a formalização de tratamentos
Especialistas também apontam que os custos de reabilitação podem estimular Formalização de serviços especializadosAumentar a coleção em outros setores e melhorar a regulamentação do mercado de terapia e auxílio técnico.
“Ao reconhecer esses custos como dedutíveis, o estado está considerando o cuidado com pessoas com deficiência como parte do contrato social”, diz o economista e pesquisador em políticas públicas Maria Clara Vieira.
Exemplos de despesas dedutíveis esperadas
De acordo com a redação atual do projeto, eles podem ser deduzidos:
- Cadeiras de rodas e cadeiras motorizadas;
- Aparelhos auditivos e implantes cocleares;
- Software de acessibilidade e hardware;
- Tratamentos para reabilitação física, sensorial, intelectual ou psicológica;
- Terapias comportamentais, ocupacionais e neurológicas;
- Próteses e órteses funcionais;
- Equipamento de comunicação alternativa;
- Custantes custos, quando comprovado para estar vinculado ao tratamento.
Desafios e pontos de atenção
Como provar a deficiência?
A proposta prevê que a prova de deficiência será feita por relatório médico emitido pelo Serviço de Saúde Pública ou por profissionais autorizados, nas linhas já usadas por INSs e outros programas sociais.
No entanto, ainda será necessário regular critérios claros sobre o que define “deficiência moderada ou grave”para evitar judiciais e interpretações divergentes.
Impacto fiscal
Embora haja apoio político à proposta, seu Viabilidade orçamentária ainda será analisada. CFT deve calcular o impacto potencial da renúncia de impostoso que pode ser significativo, dependendo da quantidade de beneficiários e dos valores deduzidos.
Por outro lado, os parlamentares apontam que o impacto será compensado pela redução de judiciações e maior inclusão produtivao que geraria efeitos positivos no médio prazo.
O que os especialistas dizem


Justiça fiscal e dignidade
Para o advogado tributário Daniela Bragaa proposta vai para o “Justiça fiscal distributiva”.
“É uma questão de dignidade e equidade. As pessoas com deficiência não conseguem competir no mercado e ainda enfrentam gastos estruturais que não são opcionais”.
Equalização para idosos e pessoas com doenças graves
Outros especialistas apontam que a medida apenas expande um direito já existente para outros grupos vulneráveissem criar uma nova categoria, o que reforça seu Simetria com os princípios constitucionais de igualdade e proteção social.
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