Com a recente entrada em vigor da lei federal nº 14.690/23, todos os brasileiros com CPF, independentemente da faixa de renda ou da instituição financeira, foram impactados por novas regras aplicadas ao uso de cartões de crédito.
As alterações representam uma resposta direta ao crescente problema de superestimação no país e a introdução de limites mais rígidos para o crédito rotativo – o desencadeado quando o cliente não paga o valor total da fatura.
A partir de agora, o uso de cartões requer ainda mais atenção dos consumidores. A nova legislação traz uma série de medidas destinadas à transparência, controle do endividamento e concorrência entre instituições financeiras. Aprenda como essas transformações afetam diretamente seu bolso.
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O crédito rotativo é acionado automaticamente quando o consumidor paga apenas o valor mínimo da fatura do cartão de crédito. Essa prática, embora conveniente no curto prazo, acumula o interesse que historicamente excedeu 400% ao ano no Brasil – uma das taxas mais altas do mundo.
Esse tipo de crédito já foi considerado uma armadilha financeira, levando milhões de brasileiros a prolongar endividamento. Antes da nova legislação, muitos consumidores até entenderam o quanto estavam realmente pagando por dívidas, dada a complexidade e a falta de clareza nas faturas.
O que muda com a lei nº 14.690/23?
Fim do interesse abusivo: limite de coleta definido
A principal mudança na nova lei é a imposição de um teto para juros e cobranças de crédito rotativo. A partir de agora, o valor total a ser pago – incluindo juros, cobranças e multas – não pode exceder o dobro da dívida original.
Exemplo prático:
- Dívida inicial: R $ 300;
- Valor máximo que pode ser cobrado: R $ 600 (juros e cobranças incluídos).
Esta regra se aplica a todos os consumidores, Independentemente do banco, o operador do cartão ou o valor da dívida. Ou seja, todos os CPFs são atingidos por essa mudança estrutural.
Portabilidade da dívida: concorrência no mercado de crédito
Legislação também traz uma inovação estratégica: a possibilidade de portabilidade da dívida com cartão de crédito. Agora, o consumidor pode transferir seu saldo pendente de uma instituição para outra sem custos adicionais.
Vantagens:
- Redução de juros: Possibilidade de negociar com outro banco uma taxa mais vantajosa.
- Mais poder de escolha: Incentivo à concorrência entre bancos, com ofertas mais atraentes.
- Reorganização financeira: Alívio para aqueles que desejam sair do vermelho e pagar dívidas.
Esta medida está em vigor desde julho de 2024 e tem como objetivo principal Promover educação financeira e evite a perpetuação do endividamento.
Como novas regras aumentam a transparência para o consumidor
Instituições financeiras sob vigilância
A nova lei também impõe a obrigação de clareza nas informações fornecidas pelas instituições financeiras. Isso significa:
- Você custos totais da dívida deve ser apresentado objetivamente;
- O cliente deve entender exatamente quanto deveria, o que está pagando juros e qual é o impacto de não pagar a fatura total;
- Para o Condições de portabilidade Eles devem ser explicados de maneira acessível e sem “meninas”.
Este requisito de comunicação mais direto é um passo fundamental para o Fortalecimento da cidadania financeira e a redução de práticas abusivas por bancos e operadores de crédito.
Todos os CPFs são afetados? Sim – e aqui está o porquê
Independentemente da renda, faixa etária, região do país ou instituição financeira, Todas as pessoas com CPF ativo e acesso a cartões de crédito são automaticamente cobertas pelo novo regulamento. A universalização da norma é o que torna essa legislação tão significativa.
Impactos diretos:
- Usuários frequentes O crédito rotativo terá menos exposição a juros abusivos;
- Consumidores padrão Eles ganham respiração com limites mais leves e opções de portabilidade;
- Novos usuários de crédito Eles entram em um ambiente financeiro mais equilibrado.
Benefícios para o consumidor
Fim do ciclo da dívida: menos juros e mais controle
Entre os principais benefícios para o consumidor, destaque -se:
1. Redução de superestimado
Com limites fixos para a coleta, as dívidas param de crescer descontroladamente, o que facilita o pagamento e reduz a inadimplência.
2. Planejamento financeiro facilitado
Conhecer o teto máximo da dívida permite o consumidor Organize suas finanças com mais precisão e antecipar estratégias de alta.
3.
A portabilidade exige que as instituições ofereçam melhores condições de crédito – De taxas mais baixas a prazos maiores.
4. Fortalecimento da educação financeira
Com informações mais claras, o consumidor Aprenda a comparar ofertas e para entender melhor o custo de crédito.
Efeitos no sistema financeiro e na economia nacional
Embora orientado ao consumidor, a nova lei também representa um marco para o sistema bancário. Com regras mais rígidas e maior concorrência, o setor será desafiado a criar produtos de crédito mais sustentáveis e menos lucrativo em termos de interesse excessivo.
Isso tende a aumentar a confiança da população no sistema financeiroenquanto promove uma cultura de consumidores mais consciente e planejada.
O que esperar para o futuro do crédito rotativo?

A implementação de Lei nº 14.690/23 É apenas o começo de uma transformação mais ampla no uso do crédito no Brasil. Com o tempo, espera -se:
- Melhoria dos canais de negociação da dívida;
- Ampla varredura de ferramentas de portabilidade;
- Inclusão de indicadores de transparência em faturas;
- Expansão da legislação para outros tipos de crédito pessoal.
A nova regra é um passo significativo em direção a um sistema de crédito mais justo, transparente e alinhado com as necessidades reais do consumidor.
Considerações finais
As novas regras de cartões de crédito representam uma virada histórica no relacionamento entre consumidores e instituições financeiras no Brasil. Com limites de juros, incentivo à portabilidade e transparência obrigatória, Lei nº 14.690/23 coloca todos os CPFs em uma nova posição diante do crédito rotativo.
Para o consumidor, o desafio agora é informar, aproveitar novos direitos e tomar decisões financeiras mais conscientes. A legislação é uma ferramenta-e cabe a todos os brasileiros saber como usá-la a seu proveito.
Imagem: teeerak ladnongkhun / shutterstock.com