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terça-feira, julho 22, 2025

PIB do Brasil pode perder até R$ 175 bilhões com tarifa de 50% de Trump, diz estudo

EconomiaPIB do Brasil pode perder até R$ 175 bilhões com tarifa de 50% de Trump, diz estudo




Trabalhador do setor Reuters/Alexandre Mota A imposição de tarifas de 50% em todos os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos pode resultar em perdas de até R $ 175 bilhões no produto interno bruto do Brasil (PIB) nos próximos 10 anos, diz um estudo da Federação Estadual de Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) divulgada na segunda -feira (21). Além da retração – o que representaria um impacto negativo de 1,49% no PIB a longo prazo – as taxas anunciadas pelo presidente Donald Trump têm o potencial de eliminar outros 1,3 milhão de empregos no Brasil, estimativas da entidade. Asse o aplicativo G1 para ver notícias reais e gratuitas em 9 de julho, Trump enviou uma carta ao Presidente Lula (PT) e anunciou 50% de tarifas sobre as importações brasileiras, válidas a partir de 1º de agosto. Se os líderes não chegarem a um acordo até a data esperada, os setores relevantes da economia brasileira precisarão procurar novos mercados para drenar seus produtos. “O agravamento da crise comercial entre o Brasil e os EUA representa um sério risco para a estabilidade econômica e o desenvolvimento industrial”, afirmou Fiemg em comunicado. No estudo, a Federação de Minas Gerais também estimou os impactos de uma possível retaliação brasileira na tarifa. Se o governo do Presidente Lula decidir impor uma taxa recíproca de 50% na importação de produtos dos EUA, a queda no PIB poderá atingir R $ 259 bilhões (-2,21%). Nesse cenário, 1,9 milhão de empregos seriam impactados em 10 anos, com uma redução de R $ 36,2 bilhões no salário salarial do país. Enquanto isso, a cobrança de impostos cairia US $ 7,11 bilhões, de acordo com o estudo. Em um comunicado, a FIEMG argumentou que o governo brasileiro “age firmemente, mas diplomático, na busca de um acordo que evite o início da tarifa, proteja empregos e preserve a competitividade das empresas brasileiras”. “Responder com a mesma moeda pode gerar efeitos inflacionários no Brasil. Portanto, o caminho mais inteligente é a diplomacia”, disse o presidente da entidade, Flávio Roscoe. Os EUA são o segundo destino principal dos itens brasileiros, atrás apenas da China. Além disso, eles representam um mercado estratégico para a venda de bens diversificados e de maior valor, como aviões executivos e eletrônicos. Somente em 2024, US $ 40,4 bilhões foram vendidos em produtos para o mercado americano-12% do total exportado pelo Brasil no ano. Na prática, uma taxa de 50% tornaria inviável comprar vários itens brasileiros por empresas baseadas nos EUA, pois o custo de importação seria muito maior. Os principais produtos exportados para os EUA são combustíveis, minerais, ferro, aço, máquinas, aeronaves e café. Lula critica a interferência dos EUA no Judiciário ‘Brasil não deixará a mesa de negociação’ na segunda -feira, o ministro das Finanças, Fernando Haddad, disse que o governo brasileiro não deixará a mesa comercial com os EUA sobre a tarifa. Em uma entrevista à CBN Radio, ele também disse que a área econômica já trabalha em um plano de contingência para ajudar os setores afetados pela eventual tarifa. “Continuaremos lutando para ter o melhor relacionamento possível com o maior mercado de consumidores do mundo, lutaremos por isso. Mas não desencorajaremos os trabalhadores brasileiros, vamos tomar as medidas necessárias”, disse o ministro Haddad. Ele também disse que o país não pretende retaliar empresas e cidadãos dos EUA por causa da tarifa de Donald Trump. “Não podemos pagar com a mesma moeda algo que consideramos injusto”, disse ele. O ministro das Finanças admitiu, no entanto, a possibilidade de o governo brasileiro desencadear a lei de reciprocidade, que foi recentemente aprovada pelo Congresso Nacional. “Todos os países do mundo se defenderão de alguma maneira do que está acontecendo. É uma possibilidade. Mas reitero que a orientação do presidente da República é que não deixaremos a mesa de negociação porque o Brasil é um país que se dá bem com todos os países do mundo”, disse ele.



g1

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