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domingo, julho 20, 2025

O que esperar do Ibovespa em junho? Especialistas de 6 casas traçam cenário para o mês

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Ibovespa, o principal índice da bolsa de valores brasileiros, começa em junho de 2025, perto de sua máxima histórica em reais, superior a 140.000 pontos pela primeira vez. O desempenho de May, ancorado por fatores macroeconômicos positivos e fluxo estrangeiro robusto, gerou otimismo no mercado. No entanto, os analistas apontam que o mês atual pode ser marcado por volatilidade, seletividade e foco renovado nos riscos tributários e no cenário externo.

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Maio: um mês de apreciação sustentada

Gráfico mostrando crescimento contínuo, apontado por um homem de terno
Imagem: Monster Ztudio/Shutterstock

Fluxo estrangeiro e selo no radar

Durante o mês de maio, a Ibovespa acumulou apreciação de 1,45%, encerrando o período de 137.000 pontos e flertando com seu recorde. O movimento foi impulsionado por fatores como:

  • Entrada de mais de R $ 21 bilhões por investidores estrangeiros;
  • Expectativa de manutenção e, no futuro, caem na taxa seletiva;
  • Dados econômicos resilientes, incluindo crescimento do PIB e estabilidade do emprego.

“Tese Brasil” atrai capital externo

De acordo com a Empiricus Research, a “tese do Brasil”, apoiada por pilares de Três, começa a ganhar força no mercado internacional:

  1. Final do ciclo de aperto monetário;
  2. Lucros corporativos robustos até 2026;
  3. Expectativa de reequilíbrio fiscal após o ciclo eleitoral de 2026.

Com base nessa leitura, o corretor avalia que a IBovespa ainda está subvalorizada. Excluindo a Petrobras e a Vale, o índice negocia 9 vezes o lucro esperado para 2026, abaixo da média histórica de 10 anos. O XP Investimentos compartilha a visão otimista, destacando a desaceleração da inflação de serviços e indicadores sólidos no mercado de trabalho como fatores que reforçam a perspectiva de cortes seleiços na segunda metade de 2025.

Junho: Cuidado diante do risco fiscal e das incertezas internacionais

A incerteza fiscal segue como um ponto central

Apesar do bom momento técnico, o cenário fiscal brasileiro segue como o principal fator de preocupação para analistas e investidores. A dificuldade do governo aprovando medidas para aumentar a coleta e a contingência recente de gastos contribuem para um ambiente de cautela maior.

O Banco Safra classifica o risco fiscal como o maior desafio para o Brasil no curto prazo, principalmente devido à trajetória da dívida pública. Para a instituição, isso pode pressionar os prêmios na curva de juros e limitar o potencial de apreciação da bolsa de estudos.

A política monetária dos EUA influencia o apetite por risco

Outro fator de atenção é o comportamento do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos. Itaú BBA ressalta que o Fed ainda não sinalizou claramente o início de um ciclo de cortes de interesse. Um ativo americano pode reduzir o fluxo de capital para os mercados emergentes, incluindo o Brasil.

Itaú BBA reforça a atratividade das avaliações de bolsas brasileiras, mas recomenda cautela e diversificação, especialmente em vista do cenário externo ainda indefinido.

Visualizações das principais instituições financeiras

XP: otimismo, mas com advertências

O XP continua com uma visão positiva da bolsa brasileira, mas alerta sobre o impacto dos riscos tributários desbloqueados. O corretor projeta que os ativos de risco podem ser representados positivamente com o início da flexibilidade monetária no segundo tempo, mas reconhece que o cenário político e fiscal pode gerar obstáculos.

BB Investments: Concentre -se em fundamentos

O BB Investimentos também mantém uma postura construtiva, mas mais seletiva. Para a instituição, o alto nível de Ibovespa exige que o crescimento dos lucros se concretize para apoiar novos máximos. Setores como bancos, consumo e energia parecem os mais promissores, especialmente diante da perspectiva de inflação mais controlada e aumento da renda disponível.

Investimentos ativos: volatilidade de curto prazo

Os investimentos ativos fornecem um possível lucro ao longo de junho, especialmente se o fluxo estrangeiro diminuir ou a nova turbulência no ambiente político. Ainda assim, o corretor vê espaço para o índice avançar para 145 mil pontos no segundo semestre, se o cenário de interesse e crescimento for confirmado.

Setores e estratégias para junho

Mercado financeiro
Imagem: Freepik e Canva

Ações relacionadas ao consumo e exportações ganham destaque

Com a expectativa de queda nas taxas de juros e menor pressão inflacionária, os analistas recomendam a exposição a setores menos sensíveis ao interesse real, como varejo, alimentos, bancos e mercadorias. As empresas exportadoras também ganham atratividade, dado o possível enfraquecimento do real contra o dólar e o bom momento para o agronegócio.

As avaliações seguem as atrações, mas requerem seletividade

Apesar da recente apreciação, o mercado ainda vê valor na bolsa de valores brasileiros, especialmente em empresas com sólidos fundamentos e bom potencial de geração de caixa. O índice, mesmo próximo ao seu registro nominal, ainda é negociado para múltiplos considerados baratos em comparação com pares internacionais.

Conclusão: Ibovespa em transição entre otimismo e vigilância

O Ibovespa Começa junho em uma encruzilhada. Por um lado, existem fundações econômicas e corporativas favoráveis ​​que apóiam a perspectiva da apreciação. Por outro lado, os riscos fiscais e incertezas domésticos no cenário externo podem frear o impulso do comprador.

O consenso entre os analistas é que o segundo semestre pode ser positivo para a Bolsa de Valores Brasileiros, desde que os riscos sejam monitorados de perto e que as apostas sejam baseadas em fundações sólidas. Para o investidor, o momento requer atenção, diversificação e, acima de tudo, seletividade.



Fonte Seu Crédito Digital

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