13.1 C
São Paulo
domingo, julho 20, 2025

INSS terá que pedir autorização judicial para empréstimos, decide TRF‑3

NotíciasEmpréstimoINSS terá que pedir autorização judicial para empréstimos, decide TRF‑3


Uma decisão recente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) trouxe uma importante reviravolta na maneira como o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) lida com empréstimos de folha de pagamento por representantes legais de pessoas com deficiências mentais ou intelectuais. O Tribunal suspendeu os efeitos da instrução normativa (IN) 136/2022, que negou improcedente a autorização judicial para contratar esse crédito.

A determinação foi emitida pelo juiz federal Carlos Delgado, da 3ª classe do TRF-3, após o recurso do Serviço Federal de Promotoria Pública (MPF) contra uma decisão de primeira instância. Para o magistrado, o padrão INSS vai além dos limites legais e compromete a proteção patrimonial de pessoas incapazes.

Leia mais: O INSS paga reembolso por descontos indevidos em julho

Entenda o que mudou com a decisão do TRF-3

INSS
Imagem: Freepik e Canva

Até a edição de 136/2022, representantes legais de guardiões e curadorias só podiam contratar empréstimos da folha de pagamento com autorização judicial. O Artigo 3 Alterado padrão de 28/2008, permitindo que essas operações sejam realizadas diretamente com os bancos, sem a aprovação da justiça.

Com a nova decisão, no entanto, esse procedimento é novamente condicionado à autorização de um juiz, reforçando a proteção legal para os beneficiários.

Segundo o juiz Carlos Delgado, “os atos normativos emitidos pelo poder executivo não podem inovar na ordem legal, caso contrário, eles sofrem com o vício da ilegalidade”.

Risco legal e vulnerabilidade social pesados ​​sobre a decisão

Para apoiar a suspensão da regra, o TRF-3 considerou precedentes do próprio tribunal e dos tribunais estaduais, todos os negócios legais que envolvem risco de ativos para pessoas incapazes exigem autorização judicial.

““No que diz respeito à realização de negócios jurídicos que podem resultar em perda de propriedade para proteção e com curadoria, os artigos 1.749, o item III e 1.774 do Código Civil exigem autorização judicial prévia, sob penalidade de invalidez do contrato”, Reforçou o magistrado.

O objetivo, segundo Delgado, é proteger os beneficiários contra a má administração de seus ativos, geralmente gerenciados por terceiros que não conseguem entender os efeitos legais de suas decisões.

MPF reivindicou violação da Constituição e do ECA

A ação civil pública foi arquivada pelo MPF, que apontou para a violação dos princípios constitucionais por proteger o vulnerável e também o estatuto de crianças e adolescentes (ECA). Embora o juiz de primeira instância tenha negado a solicitação inicial, o MPF recorreu ao TRF-3, que aceitou o argumento e suspendeu o IN.

Na avaliação do promotor, o INSS Standard abriu lacunas para abuso, especialmente em casos de empréstimos feitos sem o conhecimento ou consentimento dos beneficiários.

A decisão também protege as instituições financeiras

O magistrado também considerou que a suspensão da norma também evita a incerteza legal para as instituições financeiras. Sem o requisito judicial, os bancos podem se surpreender no futuro com o cancelamento de contratos de empréstimos assinados, gerando perdas e complicações legais.

““Manter a Lei Infralegal pode levar a uma maior insegurança para os segurados – permitindo que terceiros façam dívidas em seu nome, sobrecarregando sua principal fonte de apoio – bem como para instituições financeiras, que fazem esses contratos de empréstimo e mais tarde surpreendidos pelo decreto de sua nulidade antes da justiça“Concluiu Delgado.

A decisão deve ser válida até o julgamento final

A decisão do TRF-3 tem uma liminar e é verdadeira até o julgamento final do recurso. Durante esse período, o INSS é obrigado a comunicar a suspensão da norma às instituições financeiras acordadas, a retomar o procedimento antigo, que requer autorização judicial prévia.

Além disso, o INSS deve se abster de aplicar em 136/2022 em casos envolvendo representantes legais de guardiões e com curadoria.

Impactos nos segurados e membros da família

O INSS permitirá o salário da maternidade com apenas 1 contribuição de julho, impactando R $ 14,3 bilhões
Imagem: Freepik e Canva

A decisão pode trazer maior segurança às pessoas com deficiências intelectuais e suas famílias, que às vezes são surpreendidas por dívidas contratadas em seus nomes. Embora a exigência de autorização judicial torne o processo de contratação mais lentamente, garante uma camada extra de proteção contra fraudes e abusos.

A medida também pode fortalecer a confiança no sistema de seguridade social, que tem sido objeto de críticas devido a vulnerabilidades nas regras da folha de pagamento e fraude nos benefícios.

INSS posicionamento

Até o momento, o INSS não falou oficialmente sobre a decisão do TRF-3. Internamente, a suspensão de 136/2022 representa um revés para a tentativa de simplificar os procedimentos operacionais, mas coloca a instituição na responsabilidade de proteger os direitos patrimoniais de seus beneficiários mais vulneráveis.

Com informações de: Consultor jurídico



Fonte Seu Crédito Digital

Check out our other content

Confira outras tags:

Artigos mais populares

2018_25410 | mzansi taal. A comprehensive guide to buying replica rolex deepsea watches.