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terça-feira, julho 22, 2025

Nubank precisa pagar imposto igual ao Bradesco, diz Haddad

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O ministro das Finanças, Fernando Haddad, disse na quinta -feira (12 de junho. Nubank Eles devem pagar os mesmos impostos que os bancos tradicionais como a Bradesco. Segundo ele, o governo Lula não está promovendo um aumento de impostos, mas corrigindo uma distorção no sistema tributário, propondo uma “equalização” das taxas de contribuição social no lucro líquido (CSLL) para instituições financeiras.

A declaração foi dada um dia após a publicação da medida provisória (MP) que aumenta a carga tributária dos fintechs, removendo a taxa reduzida de 9% para um nível de 15% ou 20%, de acordo com o tamanho da instituição.

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Imagem: Freepik/ Edição: Seu crédito digital

Nova regra quer corrigir “distorção fiscal”

Segundo Haddad, o objetivo da medida não é penalizar o setor de inovação financeira, mas criar um ambiente mais justo de concorrência entre bancos digitais e grandes bancos tradicionais.

“Por que um banco Nubank -Size paga menos impostos que a Bradesco? Eles são bancos da mesma dimensão e competem pelos mesmos clientes”, disse o ministro.

Haddad também enfatizou que a proposta não interfere “de todo” na vida da população e que só promove uma equalização para que as instituições com o mesmo tamanho Archa com a mesma carga tributária.

O que muda com a medida provisória

Publicado na quarta-feira (11.Jun.2025), o MP afirma que os Fintechs que anteriormente pagavam 9% de CSLL do que os grandes bancos-agora terão suas taxas altas para 15% ou 20%, de acordo com o tamanho e a receita.

Regras esperadas:

  • Fintechs menores: Nova taxa de 15% Csll;
  • Fintechs maioresComo Nubank e Inter: eles pagam 20%igual aos grandes bancos;
  • Bancos tradicionais: Já coletam 20% da CSLL desde antes da pandemia, quando a taxa era alta temporariamente e depois mantida.

A proposta também fornece revisão periódica da classificação de instituições com base no número de clientes e no volume de crédito concedido.

Nubank: gigante digital, agora no radar de receita

Nubank é hoje o terceiro maior banco do Brasil em número de clientes, tendo superado Itaú em 2024. Está apenas atrás de Caixa Econônica Federal e Bradesco. De acordo com dados do banco central, a instituição excedeu a marca de 85 milhões de usuários ativos.

Apesar de sua origem como fintech, o banco digital expandiu suas operações para crédito pessoal, cartões, seguros e investimentos. Com isso, seu desempenho está se aproximando cada vez mais dos bancos tradicionais – que, de acordo com o governo, justifica o alinhamento das obrigações tributárias.

Reação do setor: Abfintechs contesta a medida

A ABFINTECHS (Brasilian Fintechs Association) criticou abertamente a nova tributação. Em um comunicado, a entidade argumenta que a medida afeta diretamente o acesso ao crédito, aumenta os custos operacionais e pode levar ao aumento de tarifas para os clientes.

“Este é um revés que desencoraja a inovação financeira e compromete a democratização dos serviços bancários no país”, afirmou a associação.

A entidade também lembrou que os fintechs são responsáveis ​​por promover a inclusão financeira, especialmente em regiões e segmentos que eram tradicionalmente ignorados por grandes bancos.

Concorrência e concentração bancária no Brasil

Haddad IR MP
Imagem: José Cruz/Agência Brasil

Haddad afirma que a proposta busca “algum equilíbrio” na competição, considerando a concentração do sistema financeiro brasileiro. De acordo com uma pesquisa do Banco Central, os quatro maiores bancos – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Itaú – concentram 57,6% das operações de crédito no país.

Mesmo com o avanço dos fintechs nos últimos anos, a participação de mercado dominada por bancos ainda é significativa. A entrada de empresas digitais forçou os grandes players a modernizar seus serviços, que geraram benefícios diretos para os consumidores, como:

  • Redução das taxas bancárias;
  • Expansão de crédito sem burocracia;
  • Inovação em meios de pagamento, como o pix.

Por outro lado, o governo argumenta que parte dessa competitividade se deve ao fato de que os fintechs foram submetidos a uma carga tributária mais baixa, que gerou um ambiente desequilibrado.

Debate entre inovação e isonomia fiscal

A posição do governo aumenta um dilema cada vez mais presente nas economias que buscam equilibrar a competitividade e a coleta: como garantir a inovação sem desistir da justiça fiscal?

Especialistas diferem. Alguns economistas apontam que a equitação da tributação entre grandes bancos e fintechs pode limitar a entrada de novos concorrentes no mercado, reduzindo a inovação. Outros, como o taxerista André Mendes, veem a medida como uma resposta necessária à maturidade dos fintechs.

“Desde o momento em que empresas como o Nubank começam a operar em escala nacional, oferecendo produtos semelhantes aos dos bancos tradicionais, não faz sentido manter uma estrutura tributária diferenciada”, diz Mendes.

Febbraban e os apoiadores do MP

A medida ocorre dias depois que o ministro Fernando Haddad se reúne com Isaac Sidney, presidente da Febbraban (Federação Brasileira de Bancos), em 28 de maio. Embora o conteúdo da conversa não tenha sido divulgado oficialmente, os interlocutores setoriais afirmam que a tributação desigual entre bancos tradicionais e fintechs foi um dos principais tópicos.

Febbraban, que representa grandes bancos, estava pressionando um ajuste na carga tributária de seus concorrentes digitais. A entidade sustenta que a competição é bem -vinda, mas deve ocorrer em bases iguais.

O que os analistas de mercado dizem

O mercado financeiro recebeu as notícias com reações mistas. Investidores e analistas afirmam que, embora o impacto imediato no lucro da fintech seja negativo, o alinhamento das regras pode levar a uma maior previsibilidade regulatória.

“A notícia não é boa para o curto prazo de Nubank, mas sinaliza um ambiente mais maduro de regulamentação”, disse Camila Barbosa, analista da XP Investimentos.

De acordo com as projeções preliminares, o impacto no lucro líquido dos principais fintechs pode variar de 5% a 10% ao ano, dependendo do nível de lucratividade e da eficiência da operação.

Impacto para o consumidor

Apesar das declarações do ministro Haddad de que a medida não afeta diretamente a vida da população, os especialistas alertam que há um risco de transferência. Com o aumento da carga tributária, os fintechs podem ter que reajustar as taxas, reduzir promoções ou limitar o acesso ao crédito.

Por outro lado, a concorrência com grandes bancos ainda deve manter a pressão a preços baixos, evitando aumentos abruptos para o consumidor final – pelo menos no curto prazo.

PRÓXIMOS PASSOS

Imagem do Congresso Nacional do Brasil, lar do governo brasileiro, onde as projetos de lei são aprovadas.
Imagem: Alejandro zambrana / shutterstock.com

A medida provisória já está em vigor, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional dentro de 120 dias. Durante esse período, pode receber emendas e ajustes pelos parlamentares.

O tema promete intensificar os debates entre setores que defendem a inovação e aqueles que pedem maior equidade na tributação do setor financeiro.

Imagem: Freepik/ Edição: Seu crédito digital



Fonte Seu Crédito Digital

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