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quarta-feira, julho 23, 2025

Descontos indevidos no INSS: Governo prevê devolução a partir do dia 24

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O governo federal deu um passo decisivo para resolver uma das maiores crises envolvendo o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) Nos últimos anos. O Ministro do Procurador -Geral da União (AGU), Jorge Messias, apresentou à Suprema Corte (STF) uma proposta de compensar as vítimas de fraude envolvendo descontos inadequados nos benefícios dos aposentados e pensionistas. A iniciativa visa retornar os valores cobrados sem autorização de aproximadamente 9 milhões de segurados entre março de 2020 e março de 2025.

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Os pagamentos devem começar de 24 a 1,5 milhão de pessoas

INSS
Imagem: Freepik e Canva

De acordo com o plano apresentado, os primeiros pagamentos serão feitos em 24 de julho, beneficiando um grupo inicial de cerca de 1,5 milhão de pessoas. O calendário prevê transferências a cada 15 dias, respeitando o prazo legal para as associações e sindicatos envolvidos para contestar ou reembolsar diretamente os beneficiários.

A estimativa inicial é que o valor total a ser retornado, já corrigido pelo IPCA, atinge US $ 2,1 bilhões nesta primeira fase.

O papel das associações e sindicatos

O acordo afirma que os sindicatos ou associações responsáveis ​​por descontos devem ser notificados após a defesa do segurado no sistema INSS. Essas entidades terão 15 dias úteis para apresentar a documentação de suporte da autorização ou efetuar o pagamento.

Se não houver resposta no prazo, cabe ao INSS suportar o retorno e, em seguida, procurará reembolso judicialmente. O objetivo é garantir que os aposentados e aposentados não sejam prejudicados pelas omissões das entidades.

Contrato extingue as ações e evita novos procedimentos legais

Um dos pontos mais relevantes da proposta é que, ao aceitar o reembolso da maneira administrativa, os beneficiários devem assinar um termo de adesão que extinguir qualquer ação individual no Tribunal. Além disso, os segurados que ingressarem no acordo desistirão de compensação por danos morais contra o INSS.

Esta medida visa conter uma onda crescente de judicização. De acordo com os dados da AGU, enquanto em janeiro de 2024 havia cerca de 400 novas ações por mês contra o INSS com descontos inadequados, esse número saltou para 11.000 em maio de 2025 e atingiu 15.299 em junho.

Crise de judicização e risco para contas públicas

Agu alertou que o cenário atual representa uma “crise grave e crescente de judicização em massa” que ameaça não apenas a eficácia da reparação, mas também a integridade das finanças públicas. Segundo o governo, atualmente existem 4 milhões de ações contra o INSS e o sindicato, e esse número pode dobrar com a explosão de novos processos relacionados à fraude.

Além disso, o Gabinete Federal do Defensor Público (DPU), o Promotor Federal (MPU) e a Associação de Advogados Brasileiros (OAB) participaram da construção da proposta, buscando uma solução que reconcilia a velocidade no retorno de valores legais e certeza.

Responsabilidade civil e criminal das entidades envolvidas

Apesar da proposta de conciliação, o governo pretende continuar a responsabilizar civil, administrativa e criminalmente pelas associações e terceiros envolvidos nas irregularidades. Esse passivo também se estenderá aos casos em que o governo deve suportar os valores não pagos pelas entidades.

De acordo com a AGU, R $ 2,8 bilhões de associações já estão em tribunal, o que garantirá o reembolso futuro à união de valores acabados por pagar pelo INSS em nome das entidades.

O STF requer compensação completa e rápida

INSS
Imagem: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O relator do caso na Suprema Corte, ministro Dias Toffoli, argumentou que qualquer solução deve garantir a substituição total dos valores desviados. “A solução deve passar por uma substituição integrante dos valores desviados para aqueles que foram feridos. Esse relator não desiste dessa premissa”, disse Toffoli durante uma audiência de conciliação realizada em 24 de junho.

O ministro também expressou a intenção de que os pagamentos serão concluídos até outubro deste ano, desde que a proposta seja formalmente aprovada.

Os pagamentos serão organizados em lotes quinzenais

De acordo com o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, o planejamento operacional envolve fazer pagamentos em lotes quinzenais. A programação permitirá que as entidades respondam dentro do prazo antes que o INSS assuma a responsabilidade pelo reembolso.

“O planejamento é que, a partir de 24 de julho, a cada 15 dias, fazemos pagamentos em lotes”, disse Waller.

Mais de 9 milhões de pessoas afetadas

Estima -se que mais de 9 milhões de aposentados e pensionistas tenham sido vítimas de descontos indevidos em cinco anos. Muitos desses descontos foram realizados por associações sem permissão expressa de beneficiários, usando violações em sistemas de concordância e falta de inspeção.

Os casos envolvem especialmente contribuições para entidades ou sindicatos de classe, geralmente com pequenos valores mensais, mas que somam quantidades expressivas ao longo do tempo.

Restituição IPCA corrigida

Os valores retornados serão corrigidos pelo APCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), garantindo a atualização monetária do valor retido indevidamente. A idéia é garantir que o segurado não tenha perdas inflacionárias no processo de reembolso.

Segurança jurídica e proteção ao tesouro

A proposta do governo procura encontrar um equilíbrio entre a reparação total do segurado e a proteção de ativos públicos. O ministro Jorge Messias enfatizou que o objetivo é “reconciliar a proteção de aposentados e aposentados com responsabilidade fiscal”.

O contrato também visa criar um precedente para evitar fraudes adicionais, deixando claro que a responsabilidade não será apenas as entidades públicas, mas também de entidades privadas que se beneficiaram indevidamente.

O que esperar nos próximos meses

INSS
Imagem: Freepik e Canva

O cronograma dependerá da aprovação da Suprema Corte e da operacionalização de sistemas de contestação e pagamento. Até o final de julho, a plataforma digital para registrar as concursos pelos beneficiários deve estar disponível. O INSS também deve lançar uma campanha de comunicação para orientar os aposentados sobre como proceder.

Os próximos passos incluem:

  • Aprovação da proposta na Suprema Corte
  • Publicação de normas internas no INSS
  • Abertura do sistema para registrar concursos
  • Início de pagamentos quinzenais
  • Monitorar a resposta das entidades envolvidas
  • Continuidade da responsabilidade civil e administrativa

Conclusão

O plano apresentado por Agu para reembolsar as vítimas de fraude do INSS representa um avanço importante para garantir a justiça e a segurança financeira para aposentados e aposentados prejudicados. Com os pagamentos que devem começar em julho, a proposta busca reconciliar o retorno total dos valores, a redução da judicização e a proteção das contas públicas. Agora é a aprovação final da Suprema Corte e a implementação efetiva para que milhões possam ser reembolsados ​​de maneira rápida e segura.



Fonte Seu Crédito Digital

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