O governo dos EUA abre uma investigação comercial contra o Brasil, o Escritório Representante dos Estados Unidos dos Estados Unidos (USTR) iniciou uma investigação comercial contra o Brasil, a pedido do presidente dos EUA, Donald Trump. O anúncio foi feito em um documento oficial divulgado na terça -feira (15). “Com a orientação do presidente Trump, estou iniciando uma investigação baseada na seção 301 em ataques brasileiros às empresas de mídia social dos EUA, bem como em outras práticas comerciais injustas que prejudicam empresas, trabalhadores, agricultores e inovadores tecnológicos”, disse o embaixador Jamieson Greer, representante comercial dos EUA. No documento, o representante da agência afirma que “ele documentou as práticas comerciais injustas do Brasil que restringem o acesso dos exportadores dos EUA ao seu mercado por décadas”, mas não têm evidências para apoiar essas acusações. Também de acordo com o anúncio, a medida foi tomada com base na seção 301 da Lei de Comércio de 1974 – legislação que prevê a investigação de práticas estrangeiras injustas que afetam o comércio americano. De acordo com esta legislação, os EUA podem adotar medidas para tentar corrigir práticas comerciais injustas, como a aplicação de tarifas ou sanções contra o país direcionado pelo país. (Leia abaixo) Trump já havia sinalizado o início da investigação na mesma carta em que anunciou a taxa de 50% nas exportações brasileiras. O documento mistura alegações comerciais e políticas para justificar a taxa de 50% nos produtos brasileiros, incluindo um suposto déficit comercial dos EUA com o Brasil. No entanto, essas informações são falsas: desde 2009, os EUA exportam mais para o Brasil do que a matéria. No mesmo documento, o republicano justificou a abertura da investigação mencionando “ataques contínuos do Brasil às atividades de negócios digitais de empresas americanas, bem como outras práticas comerciais injustas”. “Estou instruindo o representante de comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, a iniciar imediatamente uma investigação na Seção 301 no Brasil”, escreveu o presidente. Trump: ‘Eu taxei o Brasil porque posso’ o que será investigado. Eles são: Serviços de Comércio Digital e Pagamento Eletrônico De acordo com o documento, o Brasil pode estar prejudicando a competitividade das empresas americanas nesses setores, adotando medidas de retaliação contra empresas que se recusam a censurar discursos políticos ou impondo restrições ao seu mercado nacional. Tarifas injustos e preferidos O documento afirma que as subvenções do Brasil reduzem e vantajosas a certos parceiros de negócios estratégicos, o que colocaria as exportações dos EUA em uma desvantagem competitiva. A aplicação de anti -corrupção mede “a falha do Brasil em aplicar medidas para combater a corrupção e a transparência levanta preocupações sobre as regras internacionais contra suborno e corrupção”, diz o texto. Proteção da propriedade intelectual De acordo com o documento, o Brasil parece deixar de garantir uma proteção eficaz e a supervisão rigorosa dos direitos de propriedade intelectual, o que afeta negativamente os trabalhadores americanos que trabalham em setores baseados em inovação e criatividade. O etanol “o Brasil se retirou de seu compromisso de oferecer tratamento tarifário praticamente gratuito para o etanol dos EUA e agora impõe taxas substancialmente mais altas nas exportações dos EUA”, diz o texto. O desmatamento ilegal, de acordo com o texto, “o Brasil aparentemente não está efetivamente aplicando leis e regulamentos projetados para combater o desmatamento ilegal, que compromete a competitividade dos produtores de madeira americanos e produtos agrícolas”. Seção 301 Na prática, a medida atua como um instrumento de pressão internacional para proteger os interesses dos EUA. A disposição estabelece um processo conduzido pelo representante comercial para investigar se algum governo estrangeiro adota práticas abusivas contra o país. A lei também estabelece que os EUA podem adotar medidas para corrigir práticas comerciais injustas, como imposição de tarifas ou sanções ao país investigado. No passado, os EUA usavam o mesmo dispositivo para impor taxas aos produtos chineses. Em setembro de 2019, por exemplo, Trump aplicou uma taxa de 15% em mais de US $ 120 bilhões em produtos da China. Uma medida semelhante foi adotada pelo ex -presidente Joe Biden, um oponente de Trump, que também usou a lei de 1974 para impor tarifas sobre as importações da China no ano passado. Infográfico – Taxa de Trump no Brasil Arte/G1 Presidente Donald Trump Jonathan Ernst/Reuters
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