Plant levou o Uruguai a questionar a soberania sobre a área conhecida como Artigas Rincão. O governo brasileiro entende que o território faz parte do município de Gaucho. O Coxilh Negra Wind Park, em Santana do Livramento (RS) eletrobras, a construção de um parque eólico reacendeu a disputa para um território de pouco mais de 200 km² entre o Brasil e o Uruguai. A pista de terra é contestada há quase 100 anos pelo governo uruguaio, que afirma que a demarcação da fronteira foi feita de uma maneira equivocada na região. Clique aqui para seguir o G1 International News Channel no WhatsApp Contexto: No centro da disputa, há uma região conhecida como Rincão de Artigas. Do ponto de vista brasileiro, a área faz parte do município de Santana do Livramento (RS). O território tem uma forma que se assemelha a um triângulo e é pouco habitada. Em 2022, Eletrobras iniciou a construção de um parque eólico na região, conhecido como Coxilha negra. Em junho deste ano, o Ministério das Relações Exteriores do Uruguai publicou uma nota afirmando que não reconheceu o território como brasileiro. O governo uruguaio também disse que os dois países devem discutir novamente a disputa territorial. Disputa Histórica: Em 1851, o Brasil e o Uruguai assinaram um tratado para delimitar a fronteira entre os dois países. Até o início do século XIX, o atual território uruguaio era considerado uma província do Império do Brasil – conhecida como cisplatina. O Brasil reconheceu a independência do Uruguai em 1828 após a guerra da cisplatina. Então os dois países começaram a negociar a delimitação dos próprios territórios na década de 1850, um tratado e minutos que traçaram oficialmente a fronteira entre o Brasil e o Uruguai foram assinados. A demarcação oficial foi feita pelas autoridades com base nos limites estabelecidos nos documentos. Pergunta: De acordo com o engenheiro e pesquisador cartográfico Wilson Krukoski, o Uruguai questionou a demarcação na região de Artigas Rincão mais de 70 anos após a assinatura do tratado de fronteira. Segundo Krukoski, a questão surgiu enquanto os técnicos fizeram manutenção e melhorias na região em 1933. Na época, um coronel uruguaio decidiu analisar a localização dos marcos de fronteira na área. Para os militares, os demarcadores cometeram um erro devido a um erro de interpretação relacionado a fluxos e motivos de inverno. Um geógrafo uruguaio estudou a declaração do coronel e concluiu que a linha de fronteira havia sido demarcada por engano na região. Em 1934, o governo do Uruguai enviou uma nota ao Brasil pedindo que o caso fosse analisado. Segundo Krukoski, na época o governo brasileiro afirmou que, mais de 78 anos de tratado, sem dúvida sobre a interpretação dos limites da região havia surgido. Com isso, o Brasil descartou a hipótese de uma revisão de fronteira. Insistência: Mesmo com o negativo do governo brasileiro, o Uruguai novamente questionou a fronteira no Rincão de Artigas e começou a considerar oficialmente a área como contestada. Na década de 1980, um novo episódio irritou os uruguaios. Em 1985, o Brasil decidiu construir Vila Thomaz Albordoz na região contestada. A instalação fez com que o governo do Uruguai enviasse uma nota ao Brasil reclamando do movimento. Segundo o pesquisador Wilson Krukoski, o governo brasileiro argumentou que a área estava sob domínio do Brasil, de acordo com o Tratado e as demarcações do século XIX. Em 1989, uma nova nota do Brasil enviada ao Uruguai afirmou que o problema foi resolvido. O governo brasileiro também disse que modificar o tratado de fronteira seria um “ataque sério à estabilidade territorial”. O mapa mostra a área contestada pelo Uruguai na fronteira com o novo episódio do Brasil Gui Sousa Um novo episódio envolvendo a disputa territorial começou em 11 de junho deste ano. Naquele dia, o Ministério das Relações Exteriores do Uruguai publicou um comunicado de imprensa falando sobre a área contestada. Parque eólico no radar: Em um comunicado, a Chancelaria Uruguaia informou que havia enviado uma nota verbal ao Brasil questionando a construção do parque preto de Coxilha. Segundo o Uruguai, o Brasil não avisou sobre a construção da planta. Além disso, a capela -mor declarou que a instalação não implicava o reconhecimento da soberania do Brasil sobre a área contestada. O governo uruguaio também pediu ao Brasil para reabrir conversas diplomáticas para resolver o problema. A declaração também foi publicada nas redes sociais do Ministério das Relações Exteriores do Uruguai. “O Uruguai expressa seus desejos e espera que, na estrutura da irmandade entre os povos e com o espírito de equidade e justiça que sempre inspirou a negociação e a determinação de nossos limites de fronteira e a construção de nossos bordas como espaços comunitários, a questão desse território pode ser retomada no futuro próximo nos fãs apropriados” “” “”, G1 questionou Itamaraty sobre a declaração uruguaia e aguarda o retorno. Além da disputa para os Rincão de Artigas, o Brasil e o Uruguai também têm discordâncias sobre a ilha brasileira, na fronteira entre os dois países. Apesar das disputas, as relações diplomáticas e de amizade permanecem sólidas. Fronteira entre o Brasil e o Uruguai Odacir Blanco Coxilha Black Coxilha A disputa territorial do Rincão de Artigas ressurgiu após a construção do Black Coxilhe Park. A fábrica é um empreendimento Eletrobras e opera desde julho de 2024. Segundo a empresa, o parque tem a capacidade de gerar eletricidade suficiente para atender 1,5 milhão de consumidores. A unidade possui 72 turbinas eólicas e começou a ser construída em 2022. O investimento para a construção do parque foi de R $ 2,4 bilhões. Cada turbina eólica tem 125 metros de altura e pesa mais de 1.300 toneladas. Desde julho de 2024, a energia gerada pelo parque foi enviada ao sistema nacional interconectado. Segundo a empresa, o parque representa outro investimento em energia sustentável. Veja também: Carran Country Car no Uruguai e Falls in Brasil, correndo Branco no Uruguai e Falls in Brasil Videos: mais assistida no G1
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