Se você solicitar a abertura da ação criminal, o Gabinete do Procurador -Geral poderá alterar os crimes atribuídos inicialmente pelo PF, expandindo, reduzindo ou modificando a lista de crimes. A PF afirma que Jair e Carlos Bolsonaro fizeram parte do “núcleo” paralelo “do Gabinete do Procurador Geral (PGR) avaliará o Relatório Federal da Polícia (PF) sobre o Abin Parallel e decidirá o destino da investigação do esquema. O inquérito visa o uso da Agência de Inteligência Brasileira (ABIN) para espionar ilegalmente autoridades e personalidades públicas. Nesta quarta -feira (18), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a submissão do caso ao Serviço de Promotoria Pública. Uma possibilidade é a apresentação de uma queixa, ou seja, uma acusação formal de crimes no tribunal. Se você decidir acusar formalmente o grupo na Suprema Corte, o escritório do advogado não precisa necessariamente seguir as conclusões da PF. Na prática, pode expandir ou diminuir a lista de crimes, entender que outras ofensas foram configuradas ou concluídas de maneira diferente na contribuição de cada um dos acusados para os atos ilícitos. Em seu documento, a PGR indicou o grupo de crimes como a abolição violenta do estado de direito democrático, organização criminosa armada, fraude processual, violação da confidencialidade funcional, falsidade ideológica, prevaricação e corrupção passiva. Entenda os cenários possíveis para investigações envolvendo o uso irregular de abin para o monitoramento político. Qual é o papel de PGR em uma investigação criminal? A PGR é o órgão federal do Serviço de Ministério Público (MPF), que atua em casos criminais que são processados na Suprema Corte federal. Em um processo criminal, cabe ao MP propor a abertura de procedimentos criminais contra atos ilegais. Os promotores podem usar as investigações policiais federais. É isso que acontecerá neste caso, pois o PF produziu um relatório de 1.124 páginas sobre as irregularidades. O que o PGR pode fazer sobre as conclusões da investigação? A PGR pode tomar uma das seguintes medidas: denunciar o investigado; peça mais investigações da polícia; arquivar o caso; A lei dá 15 dias para o promotor comentar. Na prática, esse prazo pode ser relaxado. Por exemplo, se o MP solicitar mais investigações, esse prazo será interrompido. O que significa denunciar? Relatar é dizer ao tribunal que alguém cometeu um crime. Na maioria dos crimes do direito penal, essa tarefa é do Serviço de Promotoria Pública. No documento, o MP expõe os detalhes dos eventos, a identificação do acusado e o desempenho de cada um, quais são as infrações e nomes das testemunhas a serem ouvidas e, se aplicável, pede que a justiça abra uma ação criminal para esclarecer os fatos. Se a acusação for feita, um período de 15 dias será aberto para o acusado enviar uma resposta por escrito. Após essa etapa, o Relator libera o caso para que o recebimento da denúncia seja julgado de maneira colegiada. Se for rejeitado, o caso será arquivado. Se for aceito, os acusados se tornam réus e respondem a ações criminais no tribunal. Mas das duas decisões, é apelado. Procedimentos criminais abertos segue -se para instrução processual. No momento, os testes (depoimentos, dados, interrogatório) serão coletados. Após esta fase, o caso será tentado. Os ministros definirão se os envolvidos devem ser condenados ou absolvidos. E, se condenado, qual é a penalidade de cada um. O PGR é necessário para propor condenação? Não. O PGR não é obrigado a seguir estritamente as mesmas conclusões que a PF. Você pode avaliar que as conduta se enquadram em diferentes crimes; Reduza ou expanda esta lista de crimes. O MP também pode concluir que é o caso de arquivar em relação a um ou outro. Também pode propor a forma de penalidades – seja pela soma de cada uma das punições ou pela aplicação da fração mais grave e aumentada. O PGR pode pedir mais investigações? Sim. Ao analisar o relatório da PF, o Gabinete do Procurador -Geral pode avaliar que precisa de mais dados sobre algum ponto da investigação. A solicitação complementar de etapas complementares é enviada ao Supremo e cabe ao relator decidir se elas ocorrerão. Nesse caso, o prazo que a PGR deve decidir o que fazer (por lei, inicialmente 15 dias) é interrompido. O caso retorna ao PF para as medidas necessárias. E se o PGR sugerir o arquivamento? Nesse caso, a PGR pode concluir, a partir dos dados da PF, que não há elementos mínimos de crime ou que o grupo seja o agressor de infrações penal. Se isso acontecer, o PGR encaminha suas conclusões ao Supremo, para análise do relator. A partir dessa solicitação, Moraes decide se, efetivamente, o caso de arquivamento. Mesmo em uma situação de arquivamento, se surgir novas evidências, o caso pode ser reaberto.
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