Lula e Trump Getty Images via BBC O Ministério das Relações Exteriores informou que o Brasil enviará o governo de Donald Trump na segunda -feira a resposta à investigação comercial aberta dos EUA. O documento será arquivado pela embaixada brasileira em Washington. Em 15 de julho, quando a investigação começou, o governo dos EUA acusou o Brasil de cometer práticas “injustas”, prejudicando a economia local (leia mais detalhes abaixo). Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Segundo Itamaraty, uma força -tarefa formada por vários órgãos foi criada para elaborar a resposta do governo brasileiro. No contexto da investigação comercial, conduzida pelo Escritório Representante dos Estados Unidos (USTR), Trump anunciou a imposição de uma taxa de 50% em uma parte dos produtos brasileiros vendidos no mercado dos EUA, como carne bovina e café. Outros produtos, inicialmente tributados, finalmente entraram em uma lista de exceções definidas pelo próprio governo dos EUA, como suco de laranja e derivativos de aço. Trump disse erroneamente que o relacionamento comercial com o Brasil é deficiente para os EUA. De fato, os americanos exportam mais para o Brasil do que a matéria, em valor agregado. Os cálculos do governo brasileiro, de acordo com o ministro das Finanças, Fernando Haddad, estimam que, nos últimos 15 anos, o balanço comercial foi positivo para os Estados Unidos em mais de US $ 400 bilhões. Na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores publicou uma mensagem em uma rede social na qual afirmou que o Brasil “não desistirá de negociar” com os Estados Unidos. Itamaraty também acrescentou que o país “é bom em cultivar amizades”. Nos bastidores, no entanto, os diplomatas dizem que, apesar das conversas entre membros de ambos os governos, as negociações não avançam. Eles avaliam que, até agora, Donald Trump não endossou nenhum consultor direto para realmente negociar as taxas. Eles dizem que os diplomatas, reservados, que o governo dos EUA agiu com “truculência”. De acordo com um dos profissionais, essa pressão foi demonstrada na “seletividade” das tarifas americanas, buscando penalizar países comandados por presidentes que “não se dobram” a Trump e beneficiar países com chefes de estado alinhados com o presidente. Compreendendo a investigação A medida dos EUA foi tomada com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974–que prevê a investigação de práticas estrangeiras desleais que afetam o comércio americano. O julgamento ocorrerá nos EUA. Alguns dos alvos da investigação são PIX, algumas tarifas chamadas de injusta e preferida, a aplicação de medidas anti -corrupção, a proteção da propriedade intelectual e a marketing do etanol brasileiro. Os Estados Unidos afirmam que essas práticas seriam injustas e estariam prejudicando “empresas, trabalhadores, agricultores e inovadores tecnológicos”. Se a investigação concluir que o Brasil compromete práticas injustas, os Estados Unidos podem aplicar mais taxas, suspender os benefícios comerciais, entre outras retaliação.
g1