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quinta-feira, julho 31, 2025

Brasil flexibiliza posição e aceita negociar regulamentação de big techs para evitar tarifaço; veja os pontos discutidos

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Haddad diz que as negociações com os EUA continuarão mesmo após o início da tarifa para tentar adiar ou reverter, embora parcialmente, a tarifa anunciada por Donald Trump, o governo brasileiro flexionou o discurso sobre grandes técnicos e assumiu o compromisso de negociar plataformas para regular as redes sociais e a concessão de benefícios fiscais diretamente direcionados ao setor. Ontem à tarde (29), vice -presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, se reuniu por quase duas horas com executivos do Google, Amazon, Apple, Visa, MasterCard e Expedia. Foi a segunda reunião com grandes técnicos desde o anúncio de Trump de que as importações brasileiras terão uma sobretaxa de 50%. Desta vez, as plataformas apresentaram uma lista de demandas que serão negociadas, a partir de agora, em uma tabela de trabalho específica. O vice-presidente Geraldo Alckmin criticou a tarifa do presidente dos EUA, Donald Trump, contra o Brasil Julio César Silva/MDIC até agora, a posição do governo de Lula era que a grande regulamentação de técnicos era algo que não é negociável porque era um tema interno que envolve a soberania nacional. Dada a proximidade e a aparente irreversibilidade da tarifa, o governo brasileiro sinalizou para a disposição das plataformas de negociar. Na avaliação de membros do primeiro escalão do governo, é um gesto do Palácio Planalto demonstrar que o Brasil está realmente disposto a dialogar diretrizes concretas. Para os aliados de Lula, os interesses da Big Techs são um elemento central na decisão de Trump de tributar o Brasil, dado o grau de influência das empresas do Vale do Silício perto da Casa Branca. Apesar do avanço das conversas, o diagnóstico no governo é que Trump dificilmente se retiraria antes de sexta -feira (1º), quando as tarifas começarem a ser válidas. Os negociadores brasileiros, no entanto, avaliam que as negociações que envolvem os grandes técnicas são as que evoluíram mais até agora nas negociações entre o Brasil e os EUA. As demandas dos grandes técnicas é um representante do Departamento de Comércio dos EUA, cujo nome não foi divulgado, também participou da reunião com Alckimin ontem à tarde (29). Segundo vice -presidente, essa participação foi acordada com o secretário de Comércio, Howard Lutnick, que conversou com Alckmin na segunda -feira. A reunião também contou com a presença de membros do Ministério das Finanças e Secom (Secretariado da Comunicação Social) do governo brasileiro. De acordo com as autoridades que participaram da reunião, as plataformas reclamaram da recente decisão da Suprema Corte (STF) de expandir a responsabilidade das redes pelo conteúdo publicado e estabelecer novas obrigações para que grandes técnicos atuassem no Brasil. Representantes do governo brasileiro sinalizaram para plataformas que algumas demandas apresentadas podem ser discutidas e absorvidas em duas propostas para o setor que está praticamente pronto. Uma medida é um projeto de lei que lida com a regulamentação do conteúdo, com foco na prevenção de crimes virtuais, como estelionato, pornografia infantil e incentivo a atos de violência adolescente. A proposta já foi estruturada pelo Ministério da Justiça e Secom. O platô aguardava a conclusão do julgamento do sujeito no Supremo e esperava um bom tempo para se referir ao Congresso. A outra proposta, inspirada em uma lei de 2024 no Reino Unido, lida com as medidas de regulamentação financeira e antitruste. A idéia é dar mais poder ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para conter as medidas monopolistas dos gigantes do setor. Data Centers Outra grande demanda de técnicos está relacionada a data centers, que são grandes equipamentos usados para armazenar e processar as informações produzidas pelas plataformas, incluindo conteúdo preparado pela inteligência artificial. A fazenda já concluiu uma medida provisória que cria a política nacional de data centers e prevê um regime tributário especial para o setor. A proposta inclui isenção total dos impostos federais por pelo menos um ano para a aquisição de componentes usados para montar os data centers. A medida está em análise na Casa Civil. O Brasil é considerado estratégico porque possui uma grande quantidade de fontes de energia limpas, abundantes e baratas para fornecer data centers, que trabalham através do gigantesco consumo de eletricidade. Esses equipamentos, por sua vez, são centrais para a corrida por informação e disputa de hegemonia da AI, uma batalha que se opõe aos Estados Unidos e à China. Os grandes técnicos do Vale do Silício cobram da agilidade do governo brasileiro na apresentação da política nacional de data centers e pelo menos desejam os mesmos incentivos para empresas associadas aos grandes técnicos chineses. Big Techs e Pix Ruilation Outro ponto mencionado pelas plataformas na reunião foi a possibilidade do Brasil para tributar os grandes técnicos como uma medida de reciprocidade à tarifa de Washington. Lula até declarou, em um discurso, que ele tributaria as empresas do setor. De acordo com fontes que estavam na reunião de ontem, não havia garantia do governo brasileiro de que as plataformas não serão tributadas, mas o Secretário de Políticas Econômicas da Fazenda, Guilherme Mello, que estava na reunião, alertou que, se alguma decisão for tomada nesse sentido, haverá diálogo anterior com as grandes técnicas, de modo que ninguém seja pego de surpresa. Na conversa, as empresas de cartão de crédito também apresentaram críticas ao PIX, incluindo a possibilidade de compras de parcelas pelo sistema. O tema, no entanto, não integrará a tabela de negociação porque é uma demanda específica para empresas de cartões, não os grandes técnicos como um todo.



g1

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