O ministro do Tribunal suspendeu as decisões do governo e do Congresso sobre mudanças no IOF e determinou uma audiência de conciliação. O tema gerou um confronto político sobre o aumento do imposto. Moraes suspende o decreto do governo e o ministro do Congresso Alexandre de Moraes, a Suprema Corte (STF), suspendeu todas as decisões – tanto o governo quanto o Congresso Nacional – que lidam com o imposto sobre operações financeiras (IOF). A determinação do ministro ocorre após o confronto em torno do aumento do tributo, gera uma crise política entre o governo do Presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) e o Legislativo. O Supremo, então, foi convocado para intervir. Porque, o Planalto argumenta que essa é uma questão de justiça tributária, aumentando a tributação dos ricos para o benefício da parte de baixa renda. O Legislativo, no entanto, informou que não tolera mais aumentos de impostos sem que o governo começasse a revisar os gastos. Congresso Nacional Visto do Palácio Planalto. Leonardo Sá/Agência do Senado Entenda a Cronologia da Impasse: 22 de maio A equipe econômica do governo, liderada pelo ministro das Finanças, Fernando Haddad (PT), anunciou um decreto presidencial que elevou os empréstimos, especialmente para as empresas. A medida, implementada por decreto presidencial publicado na data, teve como objetivo arrecadar US $ 20,5 bilhões a mais este ano e US $ 41 bilhões em 2026. IOF é um imposto federal acusado pelo governo por uma série de operações que envolvem dinheiro, especialmente: empréstimos (como crédito pessoal ou financiamento); taxa de câmbio (compra de moeda estrangeira); seguro; investimentos (como compra e venda de valores mobiliários). A medida reverberou mal no mercado financeiro. No mesmo dia do anúncio, o próprio governo se retirou sobre a medida. Ele revogou o maior IOF para pedidos de fundos nacionais fora do Brasil. Ou seja, retomou a taxa zero para este caso. O retiro, no entanto, não foi considerado suficiente pelo Legislativo. Considerado necessário pela equipe econômica para equilibrar o orçamento e buscar a conquista da meta fiscal deste ano, a proposta sofria de forte resistência da legislatura porque envolve aumento de impostos. O presidente Lula e o ministro das Finanças, Fernando Haddad. Nesta terça -feira (17), o presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, participa do Palácio da Reunião do Planalto para anúncios de novos projetos de Apexbrasil. TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTENSO 8 June Fernando Haddad se reuniu com os presidentes da Câmara Hugo Motta (Republicans-PB) e o Senado, David Alcolumbre (Union-AP), além de líderes do partido para apresentar medidas alternativas à alta das operações financeiras (IOF). 11 de junho de junho O governo publicou um novo pacote de medidas fiscais para substituir o aumento do IOF decretado em maio. O novo modelo reduziu os tipos de VGBL e o imposto de seguro e expandiu a tributação sobre esportes, criptografia e isenta os investimentos como crédito imobiliário (LCI) e crédito agrícola (LCA). As medidas foram formalizadas através de uma medida provisória e um decreto presidencial, após uma reunião realizada no domingo (8) entre Haddad e líderes do partido, na Câmara do Prefeito, Hugo Motta. 17 Junho Dias depois, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência do projeto para derrubar o primeiro decreto do governo. Havia 346 votos a favor e 97 contra. A urgência permitiu que a proposta fosse votada diretamente no plenário sem passar por comissões. 24 Junho O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (republicanos-PB), publicou em uma rede social por volta das 23h30 que o projeto de decreto legislativo que derrubou decisões presidenciais anteriores sobre o IOF seria votado no dia seguinte. A decisão pegou o governo de surpresa, segundo os líderes que governavam, e incomodou o presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT), que mais tarde se queixou de uma violação do acordo feito na reunião de 8 de junho. 25 de junho A Câmara e o Senado aprovaram, no mesmo dia, a derrubada dos três decretos presidenciais que aumentaram o IOF. O Congresso derruba o IOF com a rejeição dos decretos, o Congresso impôs a revogação de um aumento de impostos. De acordo com o Ministério das Finanças, sem o IOF mais alto, seria necessário expandir o bloqueio dos gastos no orçamento de 2025 para evitar a violação do alvo fiscal. A proposta enfrentou forte resistência na legislatura, mesmo com o governo tendo se retirado parcialmente em alguns momentos. O texto foi aprovado na Câmara em 383 votos a 98 e, horas depois, confirmado pelo Senado, em votação simbólica. Os parlamentares apontaram que a decisão refletia o descontentamento com os aumentos de impostos e o atraso na libertação das emendas parlamentares, bem como as críticas à conduta da política econômica de Fernando Haddad. O governo então começou a se mudar para julgar a questão. O advogado geral da União de 1º de julho, Jorge Messias, anunciou que o governo federal recorreu no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a derrubada dos decretos. O Messias também enfatizou que a derrubada do decreto pelo Congresso violou a separação de poderes. Também de acordo com o procurador -geral do sindicato, os dados foram solicitados pelo Ministério das Finanças para apoiar a decisão do governo. Moraes foi nomeado relator das ações porque ele já tinha sob seu relator dois outros casos sobre o mesmo assunto. Um de Psol, outro do PL – questionando o aumento do imposto ou a derrubada do decreto. 4 de julho de todas as decisões sobre o assunto, Planalto e Congresso foram suspensas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Ele também determinou uma audiência de conciliação entre as partes para negociar uma solução conjunta.
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