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domingo, julho 27, 2025

Ofensiva “pobres x ricos” nasceu de ação de caciques do PT e foi incorporada pelo Planalto

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A organização da estratégia foi puxada por Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula e um dos aliados mais próximos do presidente Lula; Jilmar Tatto, secretário de comunicação da PT; e Otávio Antunes, um publicitário que opera em campanhas eleitorais do PT e mantém um relacionamento próximo com o ministro das Finanças, Fernando Haddad. A ofensiva digital dominante para argumentar que os “no andar de cima” pagam mais impostos, com confronto explícito ao Congresso Nacional e mobilização agressiva em redes sociais, surgiu de uma articulação liderada por chefes petistas que viram um governo de Lula enfraquecido sem alternativas na face da legislativa. A mobilização digital surgiu de fora, ou seja, não foi coordenada do Palácio Planalto. O movimento foi impulsionado pela militância da Petista e influenciadores do campo esquerdo. A partir daí, o Planalto decidiu intensificar a retórica nessa mesma direção. Três figuras da cúpula Petista puxaram a organização da estratégia: Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula e um dos aliados mais próximos do presidente; Jilmar Tatto, deputado federal para São Paulo e Secretário de Comunicação da PT; e Otávio Antunes, um publicitário que opera em campanhas eleitorais do PT e mantém um relacionamento próximo com o ministro das Finanças, Fernando Haddad. A campanha da Internet com ataques ao Congresso causa preocupação e apela à moderação que as conversas Jornal Nacional/ Reprodução começaram no início do ano, diante de um diagnóstico dos envolvidos que o governo de Lula foi enfraquecido, sem uma agenda clara e combinada pelo Centroo. O objetivo era articular o desempenho do campo nas redes sociais, algo que o partido nunca poderia fazer de maneira coordenada. A ofensiva envolveu o partido, o Instituto Lula e a Fundação Perseu Abramo, também ligada ao PT. Okamotto decidiu organizar a militância por meio de um tipo de consórcio de comunicadores digitais. Em março, Tatto ordenou pesquisas de opinião de Otávio Antunes para reposicionar o discurso do PT. Um dos tópicos abordados foi a proposta de reforma de renda, com isenção de RI para aqueles que ganham até R $ 5.000, apresentados pelo governo ao Congresso no início do ano. As pesquisas indicaram a perda do apelo popular das políticas sociais que marcaram os primeiros governos petistas, como a Bolsa Familia. Eles também mostraram que, para a população, os bancos, as empresas de apostas esportivas e ricas estão entre as que mais perturbam a ascensão social e o progresso das famílias. Daí a campanha “BBB – Bancos, apostas e bilionários”. Os resultados mostraram que há grande preocupação entre os evangélicos com o avanço das apostas, seja pelo endividamento das famílias decorrentes do jogo ou pela remoção dos fiéis das igrejas. A seguir, o PT decidiu contratar empresas de comunicação e publicidade vinculadas a militantes ou simpatizantes da sigla para produzir conteúdo para redes sociais, mesmo usando inteligência artificial. E começou a organizar reuniões virtuais com influenciadores e militantes em vários estados brasileiros. A idéia é manter a mobilização das eleições. O material da campanha estava pronto em junho, já no meio da crise do IOF. A decisão do prefeito, Hugo Motta, de orientar a derrubada do decreto do governo, precipitou a divulgação de peças de inteligência artificial. A decisão de antecipar foi Tatto. A leitura entre os petistas é que ele “se juntou à fome com o desejo de comer”. Os ataques do Congresso não fizeram parte da campanha que as peças divulgadas pelo PT não contêm ataques pessoais a Motta ou mesmo um discurso agressivo contra o Congresso, mas outros vídeos apócrifos da IA, compartilhados por influenciadores pró-governo, trazem sátiras com o prefeito, acusando Mutta não se importar com os pobres e defender os ricos. A repercussão desses vídeos acendeu o alerta no Palácio Planalto. Na quarta -feira passada (2), o ministro da Articulação Política, Gleisi Hoffmann, chamou Motta para simpatizar e dizer que o governo não tinha nada a ver com esses vídeos. O ministro também chamou o presidente do Senado, David Alcolumbre, e para os líderes do Congresso. Lula nega a ‘guerra’ entre governo e congresso: ‘Vamos resolver isso na negociação’ Gleisi e o vice-vice-federal José Guimarães (PT-CE), líder do governo, fez postagens nas redes sociais para simpatizar com a Motta e repudiar os vídeos apocrifálicos. De acordo com os aliados de Motta, o prefeito ficou incomodado com as peças. Em seu ambiente, há uma percepção de que o governo está por trás do material. Os assistentes de Lula afirmam que o governo não deseja transformar a defesa da justiça tributária em um confronto institucional com o Congresso Nacional, mas admita que é difícil calibrar o discurso e controlar a militância. A agenda unificou as asas do governo que vivem nas reviravoltas. Lula já definiu que essa será sua principal bandeira aqui para 2026 e que o governo não deve desistir desse discurso. Nos corredores do Planalto, o comentário é que, pela primeira vez desde o início do terceiro mandato, o governo conseguiu deixar a defensiva nas redes sociais e orientar o debate. Por outro lado, há medo de que a ofensiva destrua completamente as pontes com o Congresso.



g1

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