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domingo, julho 27, 2025

Trump ameaça países que apoiarem o BRICS com tarifa extra de 10%

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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou novamente a tensão nas relações comerciais globais, anunciando uma taxa adicional de 10% contra qualquer país que esteja alinhado com as políticas do BRICS Bloc consideradas “antiamericanas”. A afirmação, feita através da Rede Social Truth Social, reafirma a estratégia protecionista e o clima de confronto que marcam a agenda econômica americana, enquanto o grupo BRICS fortalece sua presença no cenário internacional.

Esse movimento ocorre em meio à reunião do bloco econômico no Rio de Janeiro, que contou com a presença de países membros e uma reafirmação da defesa do multilateralismo e respeito pelas instituições internacionais. A ameaça de Trump, no entanto, deixa o campo aberto para negociações tensas em um momento crucial para a geopolítica global e disputas comerciais.

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O anúncio da tarifa e seus impactos imediatos

Inflação
Imagem: Imagens de imersão / ShutterTock.com

No domingo (6), Donald Trump relatou via Truth Social que todos os países que apoiam o BRICS terão que suportar um imposto adicional de 10% sobre suas importações dos Estados Unidos. O republicano deixou claro que “não haverá exceções” para esta política, sem detalhando quais seriam as “políticas anti -americanas” que motivaria a aplicação da tarifa.

Além disso, Trump informou que cartas e acordos tarifários serão enviados a partir de segunda -feira (7), com a medida entrando em força apenas a partir de 1º de agosto. Esta data estende o prazo em três semanas, dando tempo às renegotiações bilaterais que podem evitar taxas crescentes que foram aplicadas desde abril.

Até agora, apenas o Reino Unido e o Vietnã fecharam acordos limitados para evitar sobretaxa. A União Européia, Japão, Índia, Coréia do Sul e outros países ainda negociam para tentar minimizar os impactos, especialmente em setores como agricultura, tecnologia e aviação.

BRICS no centro da disputa global

O grupo BRICS é composto por 11 países globais do sul, incluindo grandes economias de desenvolvimento na América Latina, África, Ásia e Oceania. O Brasil assumiu a presidência rotativa do bloco em janeiro de 2025 e atualmente os países membros se reúnem no Rio de Janeiro para lidar com as diretrizes políticas, econômicas e de segurança globais.

Na “Declaração do Rio de Janeiro”, lançada no mesmo domingo, o BRICS enfatizou a importância do multilateralismo, o respeito pelo direito internacional e a condenação de ações unilaterais que enfraquecem a governança global. A declaração faz críticas indiretas às medidas comerciais protecionistas, como aumentar as tarifas e barreiras não -tarifas, distorcer o comércio e desrespeitar as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Pontos -chave do Rio de Janeiro Declaração de BRICS

  • Fortalecimento de instituições multilateraisComo a ONU, enfrentar desafios globais juntos.
  • Rejeição de ações unilaterais e protecionistas que prejudicam o comércio internacional.
  • Condenação de ataques recentes Isso afeta a segurança de países como o Irã e a Rússia, embora sem apontar diretamente os responsáveis.
  • Apoio à solução de dois estados para o conflito israel-palestinoDefendendo a criação de um estado de Jerusalém Oriental como capital.
  • Apelo ao fim da violência em Gaza e proteção de civis, enfatizando a necessidade de soluções pacíficas e diplomáticas.

Reações do país BRICS

Em resposta às ameaças de Trump, os países do BRICS reagiram unificadamente, defendendo o diálogo e a cooperação internacional sem coerção.

  • China: O Ministério das Relações Exteriores da China enfatizou que “o uso de tarifas não serve a ninguém” e se opõe “às tarifas como uma ferramenta de coerção”.
  • Rússia: O porta -voz Dmitry Peskov apontou que o BRICS é um grupo com interesses comuns e que sua cooperação “nunca foi, nem será contra terceiros”.
  • África do Sul: Chrispin Phiri, porta -voz do Ministério das Relações Exteriores, disse que o BRICS procura “multilateralismo reformado” para criar uma ordem mundial mais justa e inclusiva.

Contexto de tarifas e negociações comerciais

Trump Supremo Tribunal Iphones
Imagem: Evan el-amin/shutterstock.com

A ameaça de Trump ocorre em um momento delicado, quando as tarifas dos EUA em vários países estavam prestes a expirar em 9 de julho, após uma suspensão temporária de 90 dias. Esse intervalo procurou abrir espaço para renegociações, mas os acordos ainda são incipientes.

A sobretaxa, variando de 10% a 50%, afeta especialmente setores sensíveis da economia global, como agricultura, tecnologia, aviação e fabricação. A escalada comercial traz incertezas aos mercados internacionais e pode afetar as cadeias de produção e comércio que estão interconectadas globalmente.

O que está em jogo para o Brasil e o mundo

Para o Brasil, que atualmente preside o BRICS, a postura firme contra barreiras comerciais e a defesa do multilateralismo representam a busca por maior protagonismo nas decisões internacionais. Ao mesmo tempo, o país enfrenta o desafio de equilibrar suas relações com os Estados Unidos, um parceiro econômico tradicional e os outros membros do bloco, que se articulam para fortalecer a cooperação

Sul-Sul.

A escalada tarifária proposta por Trump pode intensificar as tensões políticas e econômicas, incentivando a busca de alternativas de comércio e cooperação fora dos modelos tradicionais liderados pelo Ocidente.

Com informações de: G1



Fonte Seu Crédito Digital

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