O CCJ do Senado rejeitou por unanimidade o pecador da armadura, que expandiu o fórum privilegiado e dificultou os parlamentares.
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) rejeitou por unanimidade o chamado PEC de fumaça em uma sessão realizada na quarta-feira (24). No total, 26 senadores votaram contra a proposta, que havia sido aprovada na Câmara na semana anterior. A decisão ocorre em meio à forte pressão da sociedade civil, que foi às ruas em manifestações contrárias ao texto.
O que previu o PEC de blindagem?

A proposta alterou significativamente as regras de responsabilidade dos parlamentares e presidentes do partido. Entre os pontos principais estavam:
Leia mais: Após o vídeo controverso, o Senado decide mover ‘Peninha’ do Conselho Editorial
- Exigência de autorização prévia de Câmara ou o Senado para abrir um processo criminal contra os parlamentares.
- Expansão do fórum privilegiado para presidentes de partidos políticos.
- Possibilidade de voto secreto em decisões envolvendo ações contra parlamentares.
- Maior dificuldade em investigar crimes graves, como corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organizações criminais.
Crítica ao texto
A medida foi vista por especialistas e parlamentares como uma tentativa de proteger políticos de qualquer processo judicial. Além de ser considerado inconstitucional, a proposta representaria um revés no combate à corrupção e ao crime organizado.
A opinião do relator Alessandro Vieira
Relator de PEC no CCJ, Alessandro Vieira (MDB-SE), apresentou uma opinião categórica para rejeição. Segundo ele, a proposta transporta cláusulas de pedra da Constituição de 1988, distorcendo as prerrogativas parlamentares.
Os principais argumentos do relator
- O mandato já possui proteções suficientes, como imunidade material e possibilidade de apoiar processos abusivos.
- O objetivo real do PEC seria proteger os autores de crimes graves, favorecendo a impunidade.
- A proposta abriu espaço para a infiltração de facções e milícias no sistema político.
- O fórum privilegiado não deve ser expandido, mas restrito, como já decidido pela Suprema Corte em outras ocasiões.
Vieira apontou que a sociedade brasileira exige exatamente o oposto do que o texto oferecia: o fim da impunidade e a responsabilidade efetiva das autoridades públicas.
Como eles votaram
A rejeição foi unânime entre os membros do CCJ. Os parlamentares de diferentes espectros políticos, da base de governo à oposição, se manifestaram contra a proposta.
Entre os votos contra: estavam:
- Randolfe Rodrigues (PT-AP);
- Humberto Costa (PT-PE);
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ);
- Rogél Marinho (PL-RN);
- Eduardo Braga (MDB-AM).
A unanimidade foi interpretada como um sinal de que a proposta dificilmente terá um futuro no plenário.
Mobilização da sociedade civil
Nos dias anteriores à votação, ocorreram manifestações em várias cidades do país. Milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra o PEC, visto como um revés democrático.
Ponto central da crítica social
- A percepção de que a medida criaria um sistema de impunidade para os parlamentares.
- O medo de que os partidos políticos se tornassem espaços imunes à justiça.
- A defesa da transparência e igualdade de todos antes da lei.
O debate sobre fórum privilegiado
O fórum privilegiado É um dos temas mais controversos do sistema jurídico brasileiro. Atualmente, os parlamentares só podem ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal em procedimentos criminais relacionados ao exercício do mandato.
Crítica ao fórum
- É visto como um privilégio que atrasa as investigações.
- Pode servir como um escudo para a corrupção.
- Não tem apoio popular, pois a maioria da sociedade defende sua restrição.
Decisões anteriores
A Suprema Corte já restringiu o escopo do fórum, determinando que só vale a crimes cometidos durante e dependendo do mandato. O PEC de blindagem estava na direção oposta, expandindo esse benefício além do que já é permitido.
Próximos passos do PEC
Possibilidade de arquivar
Dada a unanimidade na comissão e a forte reação pública, espera -se que a proposta seja definitiva. Ainda assim, seu processamento expõe as tensões entre legislatura, judiciário e sociedade no debate sobre os limites da imunidade parlamentar.
O que está em jogo


A rejeição do PEC da armadura não encerra o debate sobre fórum privilegiado e prerrogativas parlamentares. O tema deve continuar na agenda nos próximos anos, especialmente diante de episódios envolvendo acusações contra as autoridades políticas.
Impactos da decisão
- Sinalizar que mede que os privilégios expandidos não serão suportados.
- Fortalecendo discussões sobre transparência e combate de corrupção.
Perguntas frequentes – perguntas frequentes
1. Qual foi o escudo pec?
Uma proposta de emenda à Constituição que procurou dificultar a abertura de ações contra os parlamentares e expandir o fórum privilegiado para os presidentes partidários.
2. Quem rejeitou o PEC de blindagem?
A Comissão de Constituição e Justiça, em votação unânime com 26 votos opostos.
3. O PEC foi arquivado?
Ainda não. Apesar da rejeição do CCJ, o texto irá para o voto plenário.
4. Por que a proposta foi considerada inconstitucional?
Segundo o Relator, o PEC era cláusulas de pedra da Constituição e pretendiam proteger crimes graves cometidos por parlamentares e líderes partidários.
Considerações finais
Embora a proposta ainda vá para o plenário, o cenário indica a tendência de arquivamento. Mesmo assim, o tema do fórum privilegiado continuará na agenda, pois toca diretamente no relacionamento entre representantes eleitos, justiça e sociedade. Espera -se que os debates futuros mudem para a restrição de privilégios, para não expandir, respondendo ao clamor por mais integridade no sistema político brasileiro.