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terça-feira, agosto 5, 2025

como funciona uma patente farmacêutica?

Tecnologiacomo funciona uma patente farmacêutica?


Você pode ter lido aqui que, na segunda -feira (04), as farmácias começaram a vender o Ozepic brasileiro. O Medicine Olire, que ajuda na perda de peso, terá manufatura doméstica devido à expiração da patente farmacêutica Liraglutide, seu ingrediente ativo. Vamos entender melhor o que é?

Vale lembrar:

  • Embora tenha sido apelidado de “Ozepic brasileiro”, estamos falando de diferentes ingredientes ativos. Ozepic é baseado em Semaglutida. No caso de Olire, é o liraglutide.
  • Esses medicamentos agem ‘imitando’ o hormônio LPG-1.
  • Esse hormônio é secretado principalmente pelas células intestinais e reduz o apetite.

Em contato com o Visual digitalO advogado Leandro Alvarenga explicou o que é uma patente farmacêutica.

“A patente é um direito exclusivo concedido pelo Estado, neste caso do Brasil, o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), ao inventor de uma substância ou processo, como um medicamento, por exemplo”, explica Leandro.

“Esse direito impede que outras empresas copiem esse formulário, esse medicamento, fabricar, vender ou até importar sem autorização do proprietário exclusivo. Aqui no Brasil, a validade desta patente é de 20 anos” – conclui.

Olire foi aprovado em dezembro do ano passado para tratamento da obesidade. (Imagem: EMS/Reprodução)

Leia mais:

Patente, genérica e semelhante

  • Leandro Alvarenga explica que, quando essa patente expira, a fórmula do produto se torna em domínio público, permitindo que outras empresas façam suas versões, no caso de medicamentos, as versões que chamamos de genérico.
  • O genérico pode ser o mesmo medicamento fabricado por outra empresa, ou uma versão semelhante, que não é o mesmo medicamento, mas contém substâncias que trazem o mesmo resultado.
  • Isso torna os produtos, pelo menos genéricos, são pelo menos cerca de 35% mais baratos.
  • O advogado relata que, quando o medicamento é semelhante, pois é uma equivalência farmacêutica, ele precisa de uma autorização específica para ser comercializada.

E no caso de Olire?

EMS ressalta que o produto Não foi classificado como um genérico.

Ao contrário de um genérico, o EMS Liraglutide foi aprovado pela ANVISA como um novo medicamento para ingredientes ativos já registrado no Brasil, pois é o resultado de uma inovação tecnológica exclusiva no país.

EMS, em uma nota

E a queda de patente?

Leandro Alvarenga esclarece que a queda de uma patente é diferente.

“Quando a licença é obrigatória, é quando há uma situação de interesse público. O governo autoriza temporariamente a produção ou exportação dessa patente, mesmo sem autorização daquele fabricante registrado”, diz o advogado.

Ou seja, não foi isso que aconteceu com o Liraglutide. Nesse caso, a patente expirou e o EMS lançou Olire.

Novo Nordisk Publisher Logo na fachada do edifício, a gigante farmacêutica dinamarquesa New Nordisk As, Produção de Medicamentos Inovadores, Tratamento da Obesidade Ozempic,
Ozepic é originalmente fabricado por Novo Nordisk, a própria fórmula da empresa – Imagem: Shutterstock/Kittyfly

No caso da Ozempic, o fabricante original, o novo Nordisk, tentou apelar à Suprema Corte federal para estender o prazo de patente até 2036 – mas esse pedido negou.

Seu ingrediente ativo, que é semaglutado, (a patente) expirará em março de 2026. Portanto, as empresas brasileiras já estão se mudando para lançar o genérico ozépico, que seria baseado em Semaglutida.

Leandro Alvarenga

A imagem mostra a caneta ozempic com fita métrica.
Liragluto, um medicamento que ganhou popularidade ajudando a perda de peso, começa a ter fabricação local (Imagem: Alones/Shutterstock)



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