Os cientistas chineses têm projetos de máquinas com úteros artificiais; Os primeiros testes são promissores, mas esbarram em questões éticas.
Os robôs humanóides são capazes de correr, dançar, lutar, jogar futebol, trabalhar em uma fábrica, fazer tarefas domésticas e até ter Jogos Olímpicos para chamar os seus.
A lista de atividades é gigantesca e impressionante, mas ainda não incluiu as ações mais humanas: gerar outra vida. Até agora …
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Uma empresa chinesa está desenvolvendo uma máquina com um útero artificial, capaz de gerar um bebê da concepção ao nascimento. A iniciativa de Kaiwa Technology Foi apresentado durante a Conferência Mundial de Robótica, um evento que ocorreu entre 8 e 12 de agosto, em Pequim.
O primeiro “robô de gestação” do mundo está programado para abrir em 2026, mas deve percorrer um longo caminho até lá. Não apenas testes e experimentos, mas também debates éticos e legais.

Como um robô poderia dar a luz?
- Os úteros artificiais tiveram resultados promissores em estudos em animais.
- Em 2017, por exemplo, pesquisadores da Filadélfia (EUA) mantiveram um cordeiro prematuro em um “biobolsa” por quatro semanas.
- A diferença é que essa biobolsa atuou como uma espécie de incubadora neonatal.
- No caso de Kaiwa, a empresa afirma que o bebê será gerado dentro do robô, da concepção ao nascimento.
- Obviamente, esperma e ovo ainda serão humanos.
- Da fertilização à frente, no entanto, tudo estará na máquina e ocorrerá dentro da máquina.
- A startup chinesa ainda não deu detalhes sobre como isso funcionará exatamente.
- O que sabemos é que o feto receberá todos os nutrientes necessários para seu desenvolvimento através de um tubo, que substituirá o cordão umbilical.
- Além disso, será cercado por líquido amniótico artificial para criar um ambiente semelhante ao útero durante os nove meses de gravidez.

Debate ético
O robô está em um estágio avançado de desenvolvimento, tanto que a previsão de lançamento é para 2026. Até então, no entanto, a comunidade científica e a população em geral devem discutir bastante a questão.
Enquanto as pessoas veem humanóides como uma esperança de casais com problemas de fertilidade, outras argumentam que gerar uma criança dentro de um robô desrespeita questões naturais e religiosas. Eles também falam de falta de conexão materna e até da “patologização” da gravidez. Sem mencionar dúvidas sobre como essa criança nascerá e uma nascerá em saúde.
A China deve propor inúmeros debates sobre o assunto nos próximos meses. Além disso, porque esse deve ser um robô relativamente acessível. É claro que você precisará ser rico para acessar um desses, mas não ricos viagens de nível para a lua ou ter um jato.
Kaiwa pretende cobrar menos de 100.000 yuans (cerca de US $ 13.900) por sua invenção. Fazendo a conversão, estamos falando de algo a US $ 73.000.

A informação é de Engenharia interessante.

Colaboração para a aparência digital
Roberto (Bob) Furuya é formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana de Mackenzie e está na área desde 2010. Ele passou nas redações de Jovem Pan e Bandnews FM.

Bruno Capozzi é um jornalista se formou no Cásper Líbero College e mestre em ciências sociais da PUC-SP, com foco em pesquisas de redes sociais e tecnologia.