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quarta-feira, julho 30, 2025

Solidão já mata mais de 870 mil por ano, alerta OMS

TecnologiaSolidão já mata mais de 870 mil por ano, alerta OMS


A solidão afeta uma em cada seis pessoas no mundo e está associada a cerca de 100 mortes por hora, o que representa mais de 871.000 mortes por ano, de acordo com um Novo relatório da Comissão de Conexão Social da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O documento destaca os profundos impactos negativos da solidão e do isolamento social na saúde física e mental da população global.

Segundo o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, “nesta época em que as possibilidades de conexão são infinitas, mais e mais pessoas se sentem isoladas e solitárias”.

Ele alerta que, se não enfrentarem, esses problemas continuarão a gerar grandes custos para a sociedade em áreas como saúde, educação e trabalho.

Os jovens, os grupos idosos e marginalizados são os mais afetados pelo problema da escala mundial (Imagem: Kieferpix/Istock)

Os jovens estariam entre os mais afetados pelo problema

  • O relatório define a conexão social como as maneiras pelas quais interagimos e nos relacionamos, enquanto a solidão é o sofrimento causado pela diferença entre os laços sociais desejados e os reais.
  • O isolamento social, por outro lado, é a ausência objetiva de relacionamentos suficientes-e não deve ser confundida com o distanciamento necessário durante a pandemia covid-19.
  • Segundo o relatório, os jovens e os países baixos e médios são os mais afetados: até 21% dos jovens entre 13 e 29 anos relataram se sentir solitários, com o número atingindo 24% em países mais pobres, mais que o dobro das taxas de países ricos.
  • O isolamento social afeta 1 em 3 idosos e 1 em cada 4 adolescentes.
  • Grupos marginalizados – como pessoas com deficiência, refugiados, LGBTQIA+, minorias indígenas e étnicas – também enfrentam maiores barreiras para se conectar.

Alto risco de doenças graves

As causas são diversas, diz quem, incluindo doenças, de baixa renda, vivendo sozinho, infraestrutura comunitária precária e uso excessivo de tecnologias digitais, que podem afetar negativamente o bem-estar, especialmente entre os jovens.

Os efeitos da solidão são graves. Como o relatório aponta, a falta de conexão social aumenta o risco de derrame, doenças cardíacas, diabetes, declínio cognitivo, depressão, ansiedade e até suicídio.

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Prato com o logotipo da OMS
Quem ressalta que o isolamento social está ligado a doenças graves e propõe um plano mundial para reverter o cenário (Imagem: Elenarts/Shutterstock)

A solidão também compromete a aprendizagem e o emprego: os adolescentes solitários têm 22% mais chances de notas baixas, enquanto os adultos nessa condição têm dificuldade em manter empregos e progredir financeiramente.

“O impacto não se limita a indivíduos. A solidão prejudica a coesão social e custa bilhões em produtividade e assistência médica”, alerta o documento, que também aponta que as comunidades conectadas tendem a ser mais saudáveis, seguras e resistentes.

Solução proposta por quem

Em resposta, quem propõe um plano global com cinco frentes: políticas públicas, pesquisa, intervenções práticas, formas de medição aprimoradas – incluindo a criação de um índice global de conexão social – e campanhas para o envolvimento da sociedade.

“A maioria das pessoas sabe como é se sentir sozinho. E todos podem ajudar, com ações simples como conversar com um amigo, participar de grupos comunitários ou voluntariado. E se é algo mais sério, é essencial buscar apoio”, conclui quem.

Que relatam denuncia que as redes sociais não são suficientes para evitar a solidão e propõe medições em cinco frentes (imagem: mmohock/shutterstock)

O texto original foi publicado em Agência Brasil.



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