O presidente da Câmara de Deputados, Hugo Motta (republicanos-PB), disse que guiará, nesta semana, projetos sobre adultização de crianças na internet. Em Postagem em xEle cita o vídeo do YouTuber, conhecido como Felca, no qual denuncia essa questão.
Publicado no YouTube na quarta -feira (06), o vídeo denuncia a exploração de menores na criação de conteúdo para a Internet. Até a publicação deste artigo, o vídeo, quase 50 minutos, bordou 27 milhões de visualizações.
O vídeo de @Felcca Sobre a adultização de crianças chocou e mobilizou milhões de brasileiros.
Este é um tema urgente que toca o coração da nossa sociedade.
Na casa, há vários projetos importantes sobre o assunto.
Nesta semana, vamos guiar e enfrentar esta discussão.…– Hugo Motta (@HuGOMOTTAPB) 10 de agosto de 2025
Influenciadores suspenderam contas após a queixa de Felca
Entre os relatados por Felca (tanto em vídeo quanto na corte), está o influenciador Hytalo Santos. YouTuber descreveu o influenciador como alguém que produz e reproduz o conteúdo com menores.
Entre os exemplos citados está Kamylla Santos, conhecido como Kamylinha. O ano de 17 anos agora tem a imagem explorada sensual no conteúdo produzido pelo Hytalo.
Tanto o influenciador quanto a jovem tiveram suas contas suspensas no Instagram após a repercussão da queixa de Felca.
Debate em política e redes
O vídeo de Felca traz o debate sobre a exploração infantil para o centro de discussão política, escreva Felipe Bailez e Luis Fakhouri em Artigo publicado nesta segunda -feira (11) na coluna “Frequentemente enviada” jornal Folha de S. Paulo.

O texto ressalta que o vídeo “perfurou a bolha” de YouTuber, mobilizando políticos de diferentes espectros ideológicos e gerando intenso debate – mesmo em grupos de WhatsApp e telegrama monitorados por Palver.
A repercussão expôs diferentes leituras do problema, de acordo com a coluna.
- Grupos alinhados à direita reforçaram a agenda como uma defesa dos valores morais e combate a sexualização infantil;
- As vozes de esquerda relacionaram alegações à proteção de direitos, regulamentação digital e influência dos influenciadores.
Ao mesmo tempo, a fatia significativa de menções sem conotação política indica que o tema levantou o público pouco envolvido em disputas ideológicas, de acordo com o artigo.
A dupla também aponta que o debate reacendeu discussões sobre o papel das plataformas digitais, observando que a tecnologia para impedir esse tipo de crime já existe. Mas depende da vontade política ser aplicada de maneira eficaz.
A consultora parlamentar republicana Cristiane Britto disse que apresentará a “Lei Felca” no Senado. É um projeto de lei que combate a erotização infantil no ambiente digital.
- Cristiane foi ministra de Mulheres, Família e Direitos Humanos entre março e dezembro de 2022, durante o governo do ex -presidente Jair Bolsonaro (PL).
A proposta é inspirada na queixa feita por YouTuber, por isso leva seu nome. Ele procura criminalizar e endurecer as penalidades por qualquer forma de exploração e sexualização de crianças na internet, De acordo com CNN Brasil.