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domingo, julho 27, 2025

Crise do IOF: o que são audiências de conciliação no STF e por que elas se tornaram comuns

EconomiaCrise do IOF: o que são audiências de conciliação no STF e por que elas se tornaram comuns




O ministro Alexandre de Moraes suspendeu decretos sobre o assunto e convocou a conciliação entre os chefes do executivo e do legislativo; A reunião está programada para o dia 15. A crise entre executivo e legislativa em torno do imposto sobre operações financeiras (IOF) será discutida em uma audiência de conciliação convocada pelo ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte (STF) para o dia 15. CAMAROTTI: O STF deu uma pausa na reunião da reunião depois que Moraes suspender, três diminuições que aumentaram os decretos presidenciais. As taxas de impostos e um decreto do Congresso que anulam os aumentos. O confronto entre os poderes abriu espaço para um modelo de resolução de conflitos que, embora associado a disputas civis, ganhou força no STF: as audiências de conciliação. Desde 2015, houve 201 audiências em 123 processos diferentes, de acordo com os dados do STF. Em 50 desses casos, houve acordo; Em 26, a negociação falhou. Os outros ainda estão em análise. A prática é apoiada pelo novo Código de Processo Civil (CPC), que, em seu artigo 3, determina que “o Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual de conflitos” e depende de juízes, advogados e promotores para estimular conciliações e mediações. O ministro do STF suspendeu as medidas do executivo e do legislador sobre o assunto. Jornal Nacional/ Reprodução O que é uma audiência de conciliação para a audiência de conciliação é uma tentativa formal de resolver um conflito antes de ser julgado. Nele, o juiz ou ministro do caso reúne as partes envolvidas e busca, com o apoio de técnicos e conselheiros, um caminho de entendimento. Se houver acordo, ele será aprovado no tribunal. Caso contrário, o processo segue seu curso normal. Essas audiências são comuns no direito civil – por exemplo, em disputas entre vizinhos ou separações litigiosas. Mas, nos últimos anos, eles foram adotados em questões de alta complexidade política, legal e institucional. Em 2020, a Suprema Corte criou o Centro de Mediação e Conciliação (CMC), por iniciativa do ministro Dias Toffoli. O órgão foi então transformado no Centro de Solução de Conflitos Consensuais (NUSOL), com uma estrutura dedicada a facilitar esse tipo de mediação no ambiente da Suprema Corte. O Centro de Conciliação do STF foi criado em 2020. Gustavo Moreno/STF Crescimento do Professor de Judicialização Política de Direito Constitucional da PUC-SP, Georges Abboud vê o avanço da tecnologia e a judicização de disputas políticas como causas diretas do aumento dessas audiências. “O STF começou a receber casos mais difíceis, onde não há um lado totalmente certo ou errado. A conciliação vem como uma maneira de procurar soluções mais equilibradas”, diz ele. Um exemplo citado pelo professor é o caso da disputa para a administração do arquipélago de Fernando de Noronha. Em 2023, o sindicato e o estado de Pernambuco chegaram a um acordo para a administração compartilhada do território, com a aprovação do então ministro Ricardo Lewandowski. Em 2023, foi alcançado um acordo para a administração compartilhada de Fernando de Noronha em conciliação no Supremo Tribunal. Ana Clara Marinho/TV Globo Casos emblemáticos: prazo e alterações nem sempre, mas há consenso. Um dos casos mais sensíveis foi o da tese temporal da marca, que estabelece que os povos indígenas só teriam direito às terras que estavam ocupando em 1988. A Suprema Corte rejeitou esta tese, mas a Câmara e o Senado aprovaram uma lei para consolidá -la. O presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) vetou a maior parte do texto, e o Congresso derrubou os vetos. Diante da crise, o ministro Gilmar Mendes convocou uma série de audiências de conciliação. Os representantes indígenas, no entanto, abandonaram as negociações afirmando que seus direitos não são negociáveis. As conversas continuaram por meses, mas terminaram em junho sem acordo. O STF detém a mais recente audiência de conciliação indígena na marca do tempo. Outro caso recente envolve o uso de emendas parlamentares. Desde 2021, o STF e o Congresso vêm percorrendo a transparência das emendas. Em 2025, o ministro Flávio Dino iniciou uma rodada de audiências de conciliação com os presidentes da Câmara e do Senado. A primeira reunião ocorreu em junho e novas rodadas devem ocorrer nos próximos meses. O caso do IOF no caso mais recente, o ministro Alexandre de Moraes decidiu suspender os atos do executivo e do legislativo que modificaram o IOF. Em vez de impor uma decisão final, Moraes convocou os principais atores políticos para uma audiência. Entenda por que Moraes suspendeu o decreto de Lula e a decisão do Congresso sobre o IOF foram chamados de presidentes da República, Câmara, Senado, Gabinete do Procurador Geral (PGR) e Procurador Geral do União (AGU). Espera -se que a reunião sirva para reconectar os poderes e encontrar uma saída negociada para o impasse, que envolve o mérito do aumento das taxas e os limites de atuação de cada poder no sistema tributário brasileiro.



g1

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