Na terça-feira (8), o dólar comercial começou no dia em que os investidores monitorando os efeitos da chamada “tarifa” dos Estados Unidos no cenário global. A medida foi anunciada pelo presidente Donald Trump e impõe tarifas extras a dezenas de países.
Às 10h35, o dólar comercial recuou 0,19%, citado em R $ 5.467. O Turismo do Dollar já teve uma queda, após a tendência do mercado. A moeda veio de duas sessões consecutivas em ascensão e agora registra acomodações leves.
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Ibovespa opera sem direção clara

Ao mesmo tempo, o principal índice da bolsa brasileira, Ibovespa, recuou 0,18%, com 139.243 pontos. O movimento reflete a cautela dos investidores diante das incertezas sobre o desdobramento da tarifa americana.
A bolsa até se abriu alta, mas perdeu força com o avanço da aversão ao risco no exterior. Seetores sensíveis ao comércio internacional, como aço, papel e polpa, operaram com maior volatilidade.
O que é tarifa dos EUA
A tarifa é um conjunto de tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos a vários parceiros de negócios. Entre os principais produtos afetados estão aço, alumínio, componentes eletrônicos e bens de consumo.
A medida, de acordo com o governo dos EUA, visa proteger a indústria nacional, mas gera preocupação no mercado global, aumentando os custos de importação e provocando retaliação de outros países.
O medo é que esse movimento gere uma nova onda de tensões comerciais, como ocorreu durante a guerra tarifária dos EUA e da China em 2018 e 2019.
Por que o dólar está caindo
Apesar do risco externo, os dólares retiram no Brasil devido a fatores técnicos e expectativas internas.
Parte do movimento é a correção dos últimos altos. Além disso, há percepção da entrada de fluxo estrangeiro no mercado local, motivado pela valorização de commodities e melhoria nas expectativas de crescimento.
O desempenho de Banco Centralque permanece ciente da oscilação da moeda, também influencia o comportamento do dólar.
Impactos de tarifas no Brasil
A tarifa pode atingir setores importantes da economia brasileira, especialmente aqueles que dependem das exportações.
A indústria de aço e alumínio é uma das mais afetadas. As empresas brasileiras que exportam para os EUA podem ver seus custos aumentar, reduzindo a competitividade.
O agronegócio, por outro lado, observa cuidadosamente possíveis mudanças nas rotas comerciais globais, se a tarifa levar a um rearranjo entre os países importadores.
Como o mercado reage
O mercado financeiro brasileiro responde com cautela. O dólar caiu esta manhã, mas a tendência pode mudar dependendo da evolução das medidas dos EUA.
A IBovespa, por sua vez, permanece volátil. Os investidores estão divididos entre a expectativa de melhoria econômica interna e o risco de desaceleração global.
Atuários de maior risco, como ações, tendem a sofrer de períodos de incerteza, o que justifica o comportamento do índice na terça-feira.
Expectativas para os próximos dias
O foco do investidor está agora nas reações internacionais à tarifa. Se os países afetados anunciarem medidas de retaliação, o mercado deve reagir com maior aversão ao risco.
Internamente, os investidores também acompanham indicadores econômicos, como inflação, taxa de juros e desempenho das contas públicas.
A programação da semana inclui relatórios de disseminação e setor de serviços do IPCA, que podem influenciar o humor do mercado.
Dólar e inflação: relacionamento direto

A queda no dólar pode aliviar a pressão inflacionária no Brasil, especialmente em combustíveis, alimentos e produtos importados.
Um dólar mais baixo reduz o custo das importações, o que tende a manter os preços internos. No entanto, o cenário ainda é incerto e qualquer mudança repentina pode reverter essa tendência.
Portanto, as taxas de taxa de câmbio e as taxas de juros do Banco Central permanecem no radar de agentes econômicos.
Considerações finais
O mercado financeiro brasileiro vive outro dia de incerteza, com a retirada do dólar e a iBovespa oscilando diante da tensão causada pela tarifa dos EUA.
Os investidores seguem cuidadosamente os desenvolvimentos internacionais e buscam entender o impacto das tarifas no comércio global e na economia doméstica.
O cenário ainda requer cautela e atenção às próximas etapas da política externa americana e à resposta dos mercados mundiais.