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domingo, julho 20, 2025

O que é terapia celular, tratamento eficaz contra o câncer que Padilha quer no SUS

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O Ministro da Saúde anunciou a parceria com o BRICS para produção de tratamento; O custo é alto, mas hoje é o mais promissor contra o câncer, uma única terapia celular pode exceder US $ 3 milhões por paciente. O ministro da Saúde da Freepik, Alexandre Padilhando, disse que o Brasil desenvolverá terapias celulares para tratamento de câncer em parceria com os países do BRICS. A proposta é ambiciosa: criar uma estrutura nacional capaz de produzir um dos tratamentos mais avançados da medicina atual – e também um dos mais caros. Hoje, uma única terapia celular pode exceder US $ 3 milhões por paciente. A expectativa do governo é nacionalizar parte do processo, reduzir custos e expandir o acesso à tecnologia. Mas o que exatamente é terapia celular? Em que doenças já são usadas? E o que ainda impede seu aplicativo no SUS? O que é terapia celular? A idéia central da terapia celular é usar células vivas como medicamento. “Assim como usamos comprimidos em comprimidos, podemos usar as células como uma ferramenta terapêutica”, explica o médico Renato Cunha, hematologista e pós -doutorado do National Cancer Institute (EUA). O exemplo mais avançado e promissor hoje é a chamada célula Car-T: células do próprio sistema imunológico do paciente são removidas, modificadas em laboratório para reconhecer o câncer e depois reinfundadas no corpo para atacar o tumor. “É uma forma de imunoterapia personalizada, com produção individual para cada paciente”, diz Ana Rita Fonseca, coordenadora do Centro de Terapias Avançadas do Hospital Sírio-Lebanês. “Essas células recebem um novo receptor que atua como uma ‘chave’ para encontrar e destruir células doentes”. Para que tipos de câncer você trabalha? Hoje, as terapias celulares são aprovadas para um número limitado de cânceres hematológicos – ou seja, afetando o sangue, como algumas leucemias, linfomas e mieloma múltiplo. Esses tumores geralmente têm alvos moleculares definidos melhor, o que facilita o reconhecimento pelo CAR-T. “Já existem casos documentados de cura em pacientes que não tinham mais opções terapêuticas”, diz Jayr Schmidt FIHO, líder do Centro de Referência do Cancer de Accamargo em neoplasias hematológicas. “A resposta depende da doença e do estágio, mas as taxas de remissão são impressionantes”. Para tumores sólidos – como pulmão, mama, estômago e pâncreas – os resultados ainda são limitados. “O microambiente do tumor sólido é mais hostil: as células de defesa geralmente morrem antes que possam agir”, explica Cunha. Ainda assim, vários estudos estão em andamento para modificar essa falha, inclusive no Brasil. Como funciona o tratamento? O processo é longo, caro e tecnicamente exigente. Primeiro, as células T são extraídas do sangue do próprio paciente. Em seguida, eles vão ao laboratório, onde passam por modificação genética – geralmente feitos nos EUA ou na Europa. Lá, eles ganham o receptor de carro, projetados para reconhecer um marcador de tumor específico (como o CD-19, presente em certos linfomas). Cerca de duas a três semanas depois, essas células retornam ao Brasil e são restabelecidas no paciente, que anteriormente passa por quimioterapia para “abrir espaço” no sistema imunológico. Uma vez de volta ao corpo, as células CAR-T se multiplicam e atacam as células tumorais. O tratamento pode causar efeitos colaterais graves, como inflamação generalizada (síndrome da liberação de citocinas) e alterações neurológicas. Portanto, isso só pode ser feito em centros altamente especializados. E quanto custa? Entre US $ 2 milhões e US $ 3 milhões por paciente. O valor leva em consideração todo o processo: coleta, modificação genética, remessa no exterior, hospitalização e monitoramento. Hoje, o SUS não oferece esse tratamento. Alguns planos de saúde abrangem terapias celulares aprovadas pela ANVISA, como TISA-CEL, AXI-CEL e CILTA-CEL, mas há uma divergência em como classificar o produto: como medicamento ou como procedimento? Isso caiu parte dos reembolsos. “A terapia do CAR-T é individualizada, então o custo aumenta muito. Mas parte disso também vem da dependência externa”, diz Oncoclinic Group oncologista e coordenador do Conselho da Fundação de Saúde das Américas, Stephen Stefani. “O discurso do ministro mostra uma tentativa de nacionalizar pelo menos um estágio de produção”. Você pode mais barato? Algumas alternativas estão sendo estudadas. Empresas brasileiras e estrangeiras desenvolvem terapias semelhantes para valores mais baixos. Outra frente é a mudança nos modelos de remuneração. “Em alguns países, o pagamento é por desempenho. Se o paciente responder bem, o hospital recebe mais. Se não responder, o valor será menor”, diz Stefani. Além disso, Fiocruz e o Instituto Butantan já iniciaram a pesquisa para a produção nacional de carros. Alguns pacientes do Brasil participam de estudos clínicos com essas células feitas aqui. Futuro: cronificando o câncer para especialistas, a terapia celular não é uma solução mágica, mas marca o início de uma nova era. “Acho que não encontraremos um remédio que cura todos os cânceres, como foi com a penicilina para infecções. Mas sinto que narraremos a doença”, diz Stefani. “Assim como um paciente com HIV pode viver bem com o tratamento, o mesmo deve acontecer com vários tipos de câncer”. A promessa do ministro de integrar o Brasil à cadeia de desenvolvimento dessa tecnologia é vista com ceticismo e esperança. Para que o plano se concretize, será necessário enfrentar um desafio que nenhuma célula modificada resolve sozinha: financiamento. O novo exame ressalta que o paciente que lidou com a terapia celular continua a remissão até a publicação deste relatório, o Ministério da Saúde não respondeu às perguntas do G1 sobre a parceria com a produção de terapia celular.



g1

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