Mauro Vieira sobre ameaça de sanção ao Brasil: “Declaração sem precedentes”, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse na quinta -feira (17) em entrevista ao Globonews Studio I, que entende que deve continuar negociando com os Estados Unidos sobre os 50% de produtos brasileiros, anunciados pelo presidente Donald Trump. Responsável pela diplomacia do governo de Lula, Mauro Vieira enfatizou, no entanto, que o país tem “vários instrumentos” disponíveis para uso. Entre eles, a lei de reciprocidade econômica assim – aprovada pelo Congresso Nacional e regulamentada nesta semana – e o desencadeamento da Organização Mundial do Comércio (OMC). No dia 9, Donald Trump assinou uma carta endereçada ao Presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT), no qual anunciou a taxa de 50% que afirma, por exemplo, que os Estados Unidos têm um relacionamento comercial desfavorável com o Brasil. De fato, de acordo com dados oficiais, os EUA têm excedente, ou seja, mais exportação para o Brasil que importa em valor agregado. Alckmin, Alcolumbre e Motta falam sobre tarifas de acordo com o governo dos EUA, a taxa de 50% começará a partir de 1º de agosto e, de acordo com relatos de fontes de diplomacia, os Estados Unidos ainda não têm sinais de que eles se retirarão. “Estamos negociando e a diplomacia se esforça para a negociação. Assim que houver uma decisão final, temos vários instrumentos, como consultas da OMC, discutem a questão nas reuniões gerais do Conselho da OMC, a Lei de Reciprocidade – que está em vigor. […] 11 rodadas de negociações, disse Mauro Vieira a Globonews. Ainda na entrevista, o ministro lembrou que ele próprio conversou com o representante comercial da Casa Branca Jamieson Greer, e que o vice -presidente Geraldo Alckmin, também Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), falou com o Secretário de Comercial, Howard Lutnik. Alckmin enviou uma carta a Lutnik e Greer, na qual eles disseram que estavam dispostos a negociar a tarifa de 50%, mas expressou “indignação” com o anúncio de Trump e cobrou outra carta, enviada em maio. A participação de Lula nas negociações questionou se o próprio presidente Lula deveria estar envolvido nas conversas com as autoridades americanas, Mauro Vieira respondeu que o assunto é “bem referido”. Lula disse que o Brasil quer negociar com os Estados Unidos, mas ao mesmo tempo reforçou que o Brasil é um país soberano e não aceitará ser “guardado” por “ninguém”. É assim que deve ser, é assim que sempre foi. E tem sido. O presidente [Lula] Seguiu de perto todas as conversas, manteve reuniões frequentes. Eu acho que é muito bem referido enquanto estamos falando. Estamos aguardando a posição final do governo dos EUA “, disse o ministro das Relações Exteriores na quinta -feira.
g1