Os aliados de Eduardo Bolsonaro tentam mudar as regras da casa para evitar a perda de mandato, disse o vice-Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no domingo (20) que ele não renunciará na Câmara dos Deputados após a licença que pediu para viajar para os Estados Unidos. “Do caminho para você, não farei nenhum tipo de resignação. Então, se eu quiser, posso levar meu mandato pelo menos até os próximos três meses”, disse ele em um vivo. A licença que o vice-Eduardo Bolsonaro (PL-SP) perguntou à casa termina no domingo (20) e o parlamentar terá ausências responsáveis se ele não justificar suas ausências. Eduardo levou 120 dias de licença e teve dois outros dias de ausência justificada como ‘tratamento em saúde’. O deputado está nos Estados Unidos desde fevereiro. Em março, ele anunciou que pediria permissão ao mandato. O anúncio ocorreu uma semana antes que a Suprema Corte federal (STF) se tornasse seu pai, o ex -presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por sua participação em uma tentativa de golpe em 2022. Eduardo não é alvo do processo, mas ao anunciar a licença, ele criticou a ação criminal. Foto de arquivo de 28/03/2023 do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na sessão da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara de Deputados, em Brasília (DF). Wilton Junior/Estadão Perda do mandato que a Constituição estabelece como uma das hipóteses de perda de mandato não justificadas a ausências a um terço das sessões ordinárias da Câmara. Portanto, o parlamentar considerou articular mudanças para manter a cadeira na câmara. Uma é promover mudanças regimentais que lhes permitam permanecer nos Estados Unidos. Outra hipótese é permitir uma renovação de licença parlamentar por ano por mais 120 dias. Inquérito A mudança temporária nos EUA já rendeu ao vice uma investigação. O Gabinete do Procurador -Geral (PGR) investiga se o parlamentar teria cometido três crimes: coerção no curso do processo; obstrução da investigação criminal envolvendo organização criminosa; Abolição violenta do estado de direito democrático. Segundo os promotores, o deputado teria trabalhado nos EUA contra as autoridades brasileiras. As ações, de acordo com a agência, também teriam como objetivo interferir nos processos que envolvem Jair Bolsonaro. A licença de ‘Tariff’ Eduardo ganhou ainda mais repercussão após o anúncio de 50% de tarifas sobre produtos brasileiros anunciados pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A medida levou o governo a acusar o parlamentar de ser, junto com seu pai, a pessoa responsável pelas taxas contra o Brasil. Nesta sexta -feira, justificando a necessidade de impor medidas de precaução sobre Jair Bolsonaro, Moraes disse que houve uma tentativa de extorquir contra a justiça brasileira. Depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, Bolsonaro relatou a retirada de sanções com a possibilidade de ser anistia no Brasil. Licença do mandato em março, Eduardo anunciou que se formaria no mandato parlamentar de morar nos Estados Unidos, onde está desde o final de fevereiro. Ao anunciar a decisão, ele criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela investigação que investiga seu pai, o ex -presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe. O parlamentar fez o anúncio em uma rede social, uma semana antes do julgamento do STF que fez de seu pai réu. Na época, Eduardo afirmou que a licença é temporária. Com isso, ele desistiu de receber o salário de R $ 46.366,19. O deputado foi o terceiro mais votado em São Paulo em 2022, com 741.701 votos, atrás de Guilherme Boulos (Psol) e Carla Zambelli (PL).
g1