A tarifa dos EUA é contestada no tribunal e Trump anuncia novas taxas para o resto do mundo, o dólar abriu a sessão na sexta -feira (1º) em 0,34%, citada em US $ 5,6184 por volta das 09h, à medida que os investidores continuam avaliando os possíveis efeitos do tarifa do presidente dos EUA, Donald Trump, no Brasil e no mundo. As negociações de Ibovespa começam apenas às 10h. Os mercados avaliam as novas taxas anunciadas por Trump no dia anterior, com taxas que variam de 10% a 50%. Os dados econômicos dos EUA e os balanços corporativos também estão no radar na sexta -feira. Bake the G1 App para ver notícias em tempo real e gratuitas O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que modifica e expande as tarifas recíprocas aplicadas a vários países, com taxas variando de 10% a 41%. A medida atualiza as porcentagens definidas nas cartas enviadas pelo governo dos EUA em julho. As novas taxas entram em vigor a partir de 7 de agosto. A medida remonta ao mercado dúvidas sobre quais podem ser os efeitos da tarifa na inflação dos Estados Unidos e da economia global. No caso do Brasil, o governo dos EUA confirmou a taxa de 50% contra o país na quarta-feira, mas indicou que mais de 700 itens, cobrindo setores estratégicos-como suco de laranja, combustíveis, veículos, aeronaves civis e certos tipos de metais e madeira são deixados de fora. Alguns especialistas indicam que a lista de exceções foi um refúgio considerável de Trump na tarifa imposta ao Brasil, mas ainda há cautela no mercado para o qual será a reação do Brasil. No dia anterior, o vice -presidente da República e o Ministro do Desenvolvimento Geraldo Alckmin disse em entrevista ao Mais Você, TV Globo, que as negociações com os EUA estão apenas começando. Alckmin indicou que o programa de suporte para setores afetados está pronto e será anunciado nos próximos dias. Segundo ele, estima -se que 35,9% das exportações brasileiras agora sejam afetadas pela tarifa. Veja abaixo como esses fatores afetam o mercado. Entenda o que torna o preço do dólar ou cair Dolar a semana acumulada: +0,71%; Acumulado do mês: +3,08%; Acumulado do ano: -9,37%. ibovespa acumulada da semana: -0,34%; Mês acumulado: -4,17%; Acumulado do ano: +10,63%. Tarifa em todo o mundo O presidente dos EUA assinou um decreto no dia anterior e expande as tarifas recíprocas aplicadas a vários países. As novas taxas variam de 10% a 41% e entram em vigor a partir de 7 de agosto. As taxas mais afetadas permanecem no Brasil, com uma taxa de 50%, seguidas pela Síria (41%), Laos e Mianmar (Birmânia), ambos com 40%. Os menos afetados foram as ilhas do Reino Unido e das Malvinas – as únicas até agora a 10%. E no Brasil? Para o Brasil, o presidente dos EUA assinou o decreto que impõe uma tarifa de 50% aos produtos brasileiros na última quarta -feira (30). Inicialmente planejado para entrar em vigor na sexta -feira (1º), as taxas foram adiadas para 6 de agosto. Segundo a Casa Branca, a medida foi adotada em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, política externa e economia dos EUA”. O anúncio oficializa a porcentagem mencionada pelo republicano em uma carta enviada a Lula este mês e afirma que a ordem executiva foi motivada por ações que “prejudicam as empresas americanas e os direitos de liberdade de expressão dos cidadãos dos EUA”, além de afetar a política e a economia externa do país. Em uma entrevista ao programa mais você da TV Globo, Alckmin sugeriu que as tarifas podem eventualmente contribuir para a queda no preço dos alimentos no Brasil, pois parte da produção pode ser redirecionada para o mercado doméstico. Segundo o vice -presidente, os preços dos alimentos, como arroz, feijão, petróleo de soja e algumas frutas já estão caindo. “E por quê? Porque o dólar caiu, o tempo ajudou e a colheita é um recorde. Se a colheita for 10% maior, o preço cai. Se for 10% menor, ele se eleva”, ele respondeu. “A boa notícia é que há uma tendência de cair o preço da comida”. A Alckmin foi questionada sobre a possibilidade de cair carne, café, frutas e preços dos peixes – produtos diretamente afetados pela taxa de 50%. “É difícil dizer, mas é óbvio que você terá que colocar mais desses produtos dentro”, disse ele. “Agora, grande parte da exportação é complementar, não está deixando de atender ao mercado doméstico. Você atende o mercado doméstico e o restante que exporta”, acrescentou o vice -presidente. Juros sobre o radar Outro destaque do dia foram as decisões de política monetária do copom e do Fed, anunciadas no dia anterior. O Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, manteve as taxas de juros do país em 4,25% a 4,50% ao ano. A decisão, anunciada na quarta -feira (30), ocorreu nas expectativas do mercado, mas contradiz os apelos de Trump, que por meses pressionam os cortes. Em uma declaração, o Fed reiterou as incertezas em torno dos possíveis impactos da tarifa, repetindo argumentos feitos em junho e podem decisões de maio, mas reconhecendo os avanços nos mais recentes indicadores econômicos. “Indicadores recentes sugerem que o crescimento da atividade econômica moderou na primeira metade do ano. A taxa de desemprego ainda é baixa e as condições do mercado de trabalho permanecem sólidas. A inflação permanece um pouco alta”, diz a declaração na quarta -feira, reiterando que o BC dos EUA continuará monitorando dados econômicos. O Banco Central dos EUA também disse que continuará monitorando os efeitos das informações econômicas recebidas para apoiar suas próximas decisões e reiterou que a incerteza sobre as perspectivas econômicas permanece alta – incluindo a tarifa de Donald Trump. O copom interrompeu o ciclo de aumento da taxa de juros alta, mantendo -se selo a 15% ao ano. “O comitê tem seguido, com atenção especial, os anúncios de imposição dos EUA de tarifas comerciais no Brasil, reforçando a postura de cautela de maior incerteza. Além disso, continua a seguir como o desenvolvimento da política fiscal afeta a política monetária e os ativos financeiros”, diz o comunicado do BC. Em outro trecho da declaração, o copom cita que “o ambiente externo é mais adverso e incerto devido à conjuntura e política econômica nos Estados Unidos, especialmente sobre suas políticas comerciais e fiscais e seus respectivos efeitos”. E que esse cenário requer cautela principalmente de países emergentes, diante da tensão geopolítica. O conselho também enfatizou que continuará monitorando o cenário e, se necessário, pode fazer ajustes na política monetária. Notas reais e do dólar Amanda Perobelli/ Reuters
g1