8 em cada 10 profissionais de saúde no Brasil afirmam ter sofrido alguns agressões no trabalho, pesquisas recentes mostram que 80% dos profissionais de saúde reclamam que eles já eram vítimas de algum tipo de agressão ao local de trabalho. São maldições, violência física e até ameaças de morte. O relatório especial do Fantástico (10) deste domingo mostrou como essas experiências causaram traumas sérios e quais são as consequências nos cuidados de saúde no país. Veja no vídeo acima. Ataques em série em Guarulhos, Grande São Paulo, a técnica de enfermagem Evelyn Rossi lembra em detalhes o dia em que foi agredido por um paciente. O motivo da agressão teria sido a insatisfação do paciente com o número de dias de remoção concedida por um médico. “Ela me deu um tapa na cara, começou a me chutar e bater. Ele machucou minha barriga e meu braço”, diz ele. Leia também: a violência contra os médicos sobe 68% em dez anos; Os enfermeiros também são vítimas: ‘trabalho com medo de ser o próximo esfaqueado’ na mesma semana, outros dois profissionais da mesma unidade de atendimento de emergência também foram agredidos. “Eles trabalham para a vida toda, mas ainda são atacados”, lamenta Evelyn. Em Franca, o interior de São Paulo, outra técnica de enfermagem relata que ele foi perseguido e agredido por um paciente. O profissional está em seguidores psicológicos e psiquiátricos -e ainda sofre de insônia. “Ela me deu um tapa no rosto e jogou meu celular em mim. Senti -me humilhado e subvalorizado”, diz ele. O agressor não queria se manifestar. Os profissionais de saúde denunciam o botão de pânico e prevenção de reprodução de rotina de violência/TV em São Bernardo do Campo, o Doutor Giovana Paliares foi agredido pela paciente Miria Fonseca Pereira depois de negar um certificado. A unidade possui botões de pânico que conduzem a Guarda Municipal e as empresas de segurança, mas nem sempre são capazes de evitar ataques. “Ela disse que deveria aprender a não recusar atestada, me amaldiçoou de várias coisas. Ela teve dor no ombro, não restringiu o movimento, foi capaz de se mover, tanto que conseguiu me agredir”, explica o médico. Miria enviou uma mensagem à produção dizendo que Giovana estava com o namorado no escritório e não participou dos pacientes. Mas, de acordo com o registro, ela recebeu alta após a medicação. Isto é, teria sido respondido. Os profissionais de saúde denunciam a rotina de reprodução de violência/impunidade e recorrência da TV Globo que o estado de São Paulo concentra o maior número de ocorrências, mas a violência contra os profissionais de saúde é registrada de norte a sul do país. Em cinco anos, quase 15.000 médicos registraram relatórios policiais sobre algum tipo de violência. Em alguns casos, o tribunal ordenou punições, como pagamento de um salário mínimo ou prestação de serviços comunitários. Em outros, os agressores são proibidos de se aproximar das vítimas. A doutora Maria Isabel Spinola, do interior de Minas, já registrou 13 relatórios policiais. “Vi o armário do paciente, ouvi ameaças de morte. Sofri agressão de ter que localizar por horas na recepção”, diz ele. Os profissionais de saúde denunciam a rotina de reprodução de violência/ambiente hostil globo e impacto psicológico As consequências emocionais são graves. Os profissionais relatam ansiedade, depressão e desenvolvimento da síndrome do pânico. “Se eu perceber que alguém levanta o tom da voz, eu já saio”, diz Evelyn. Ela diz que está completando a Faculdade de Psicologia, uma área que deseja agir. “Não perdi amor pela enfermagem, mas sei que em outra área terei mais valor e menos risco”. Apesar das dificuldades, muitos ainda mantêm a vocação. “Vejo remédio como um amor ao vizinho. Quero continuar com o brilho nos olhos que tive quando me formei”, diz Giovana. Ouça os podcasts fantásticos, este é o podcast fantástico, este é fantástico está disponível nos aplicativos G1 e os principais podcasts, trazendo ótimos relatórios, investigações e histórias de podcast fascinantes com o fantástico selo de jornalismo: profundidade, contexto e informação. Siga, aproveite ou assine, isso é fantástico em seu jogador de podcast favorito. Todo domingo tem um novo episódio. Prazer, Renata Podcast ‘Prazer, Renata’ está disponível no G1 e nos principais aplicativos de podcast. Siga, assine e aproveite ‘Prazer, Renata’ em sua plataforma favorita. Animais ao ouvir o podcast ‘auditivo’ estão disponíveis no G1 e em principais aplicativos de podcast.
g1