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sexta-feira, agosto 22, 2025

Em Bogotá, Lula diz que países ricos usam combate ao crime como ‘pretexto para violar soberania’

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Lula diz que os países ricos usam o combate ao crime como um ‘pretexto para violar a soberania’, o presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) disse na sexta -feira (22) que os países ricos usam o desmatamento como uma “justificativa para medidas protecionistas” e usam os países menos desenvolvidos. Lula deu as declarações durante uma reunião da cúpula dos países da Amazônia com representantes da sociedade civil. O evento ocorreu em Bogotá, a capital da Colômbia. “Há muito que nos acusa de não cuidar da floresta. Aqueles que poluíram o planeta tentam impor modelos que não nos servem. Eles usam a luta contra o desmatamento como justificativa para o protecionismo. Eles usam a luta contra o crime organizado como pretexto para violar nossa soberania”, disse Lula. Antes da reunião, o governo brasileiro articulou uma resposta indireta à decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, que enviou navios de guerra para uma área internacional de água do Caribe perto da Venezuela. Presidente Lula durante um discurso no cume dos países da Amazônia em Bogotá, a Colômbia Ricardo Stuckert/Presidência da República Trump enviou navios militares com o argumento de enfrentar ameaças dos cartéis de drogas latino -americanas. O movimento descontente os governos da região, que apontam para o risco de interferência na soberania dos países. O governo brasileiro considera importante reafirmar que cabe aos países amazônicos combater os crimes em seus territórios. No discurso, Lula citou que convidará os presidentes dos países da Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA) a inaugurar um Centro Internacional de Cooperação Polícia da Amazônia, programado para 9 de setembro em Manaus (AM). “É uma coisa muito importante combater a mineração ilegal, combater o tráfico de drogas, combater o contrabando de armas”, disse ele. As críticas a Trump Lula mais uma vez criticaram o presidente dos EUA, Donald Trump. Ele citou a saída dos americanos do acordo de Paris e, ao defender uma governança climática mundial, disse que Trump toma “decisões”. “Para ter governança mundial, você não pode acabar com o multilateralismo. Você não pode fazer o que o presidente americano está tomando: tomar decisões sozinhas sem levar em consideração a Organização Mundial do Comércio, sem levar em consideração as Nações Unidas, independentemente de nada. É nesse clima que chegaremos ao COP 30″, disse ele. Lula também lembrou que enviou uma carta a Trump para convidá -lo a comparecer à COP 30 em Belém (PA) em novembro. Ele disse que enviará convites para outros presidentes. Sobre o evento na capital de Pará, Lula disse que seria “muito mais fácil” fazê -lo em um país rico e chique, mas que o governo quer mostrar aos países da ONU a realidade da Amazônia. “Queremos que as pessoas vejam a verdadeira situação das florestas, nossos rios, nosso povo que moram lá. Não quero fazer policial um desfile de fala, um desfile de folheto, um desfile de idéias e zero conclusão. Quero ver se saímos da semelhança”, disse ele. Segundo o governo brasileiro, apenas 47 de 196 países são confirmados na COP 30 até agora. A ONU pediu ao Brasil para subsidiar a hospedagem, dadas as altas quantidades cobradas em Belém nas semanas do evento. Antecedentes florestais Os presidentes do Brasil, Lula e Colômbia, Gustavo Petro, durante uma reunião em Bogotá Ricardo Stuckert/Planalto Lula Palácio apontou que, durante a Copa 30, o Brasil liberará as florestas para sempre (TFFF em inglês). “Estamos propondo um pano de fundo para manter as florestas em pé, quero ver qual país você deseja contribuir. Ele tem que manter a floresta em pé e os povos indígenas vivos”, disse ele. O fundo arrecadará fundos de países, empresas e entidades para financiar ações de países em desenvolvimento que mantêm suas florestas, incluindo a Amazônia. Lula está cobrando desde o início do terceiro mandato de que os países mais ricos cumprem as doações corretas financiarem a preservação ambiental, a transição energética e as ações de desenvolvimento sustentável. Além do Brasil, eles fazem parte da OTCA: Colômbia; Bolívia; Equador; Guiana; Peru; Suriname; e Venezuela.



g1

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