Um artigo publicado esta semana na revista Anais da Sociedade Real A: Ciências Matemáticas, Físicas e de Engenharia Apresenta uma inovação baseada em origami que pode transformar o design de missões espaciais e outras tecnologias.
A antiga arte japonesa de papel dobrável inspirou os cientistas a desenvolver uma nova família de formas, chamada “padrões de flores” que prometem tornar as estruturas mais compactas, leves e confiáveis.
Em poucas palavras:
- O origami serve como base para dobrar estruturas tecnológicas;
- Padrões inovadores de “flor” abertos e próximos como pétalas;
- O equipamento é compacto no foguete e expande no espaço;
- Dobras planas e estáveis reduzem as falhas das missões;
- A técnica também pode ser usada em abrigos e robôs.
Projetos baseados em origami já são comuns em missões espaciais
Liderados por Larry Howell, professor e vice -presidente acadêmico associado da Universidade Brigham Young nos EUA, os autores do estudo criaram padrões de dobramento que funcionam como pétalas de flores, abrindo e fechando de maneira suave e previsível.
Esse mecanismo pode ser aplicado a painéis solares, antenas, telescópios espaciais e até abrigos temporários na Terra, graças à praticidade de ser dobrado e desdobrado conforme necessário.
Os projetos inspirados em origami não são novos e são especialmente úteis em missões espaciais. Durante o lançamento, o equipamento deve ocupar o menor espaço possível dentro dos foguetes.
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Uma vez no espaço, no entanto, eles devem expandir sua forma completa para funcionar corretamente. Esse recurso reduz os custos, aumenta a eficiência das missões e permite transportar mais de um equipamento no mesmo foguete.
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O desafio é que muitos modelos dobráveis usados até agora têm sido difíceis de armazenar ou abrir corretamente. Os novos padrões de flores resolvem esse problema, pois permanecem planos quando dobrados e se desdobram de maneira ampla e estável. Isso diminui o risco de falhas, pois um único erro no desdobramento pode comprometer uma missão espacial inteira.

De acordo com os pesquisadoresEsses padrões começam a partir de um disco plano e, com um único movimento contínuo, tornam -se estruturas tridimensionais curvas, semelhantes a flores. A equipe testou os modelos em papel e também em plásticos produzidos por impressoras 3D, com resultados positivos.
Além do setor aeroespacial, os cientistas apontam que a técnica pode beneficiar várias áreas. Os exemplos incluem abrigos de emergência que podem ser facilmente transportados, edifícios de arquitetura temporária e até componentes de robô que precisam mudar de forma.