Poucos dispositivos militares têm impacto físico e psicológico e uma mina terrena. Pequeno, silencioso e muitas vezes invisível aos olhos, essa arma representa um dos maiores perigos em áreas de conflito, permanecendo ativo por anos ou até décadas após o fim das guerras.
Eles não distinguem soldados civis, nem combatentes de crianças ou agricultores. E embora a presença deles seja amplamente condenada por organizações internacionais, milhões delas ainda estão espalhadas pelo mundo, prontas para detonar com o menor contato.
Mas, afinal, como funciona uma mina terrestre? O que acontece no momento do tiroteio? Que tipos existem e por que eles ainda são usados no século XXI, mesmo com tantos avanços tecnológicos?
O que você precisa saber
O que é uma mina terrena?
Uma mina terrena é um explosivo projetado para ser colocado no chão e detonar quando uma pessoa ou veículo passa ou se aproxima. Ao contrário das bombas comuns, que são lançadas ou demitidas, a mina é instalada passivamente, esperando a vítima o desencadear.
Eles geralmente são pequenos, cilíndricos ou retangulares e podem conter de algumas dezenas de gramas a vários quilos de explosivos. A função é causar danos imediatos: mutilação, morte ou destruição de veículos, dependendo da carga e do tipo.
Apesar do tamanho compacto, as minas terrestres têm uma faixa devastadora. Eles estão entre as armas mais econômicas e persistentes de um arsenal militar, com um custo unitário entre US $ 3 e US $ 30, mas conseqüências humanas incalculáveis.
Como funciona uma mina terrestre?
O funcionamento básico de uma mina terrena segue o mesmo princípio desde a Segunda Guerra Mundial. É composto por três elementos principais:
- Sensor ou gatilho: Detecta a presença da vítima. Pode ser um botão de pressão, fio de disparo, sensor magnético ou mesmo um sistema remoto;
- Detonador: dispositivo que inicia a explosão quando o gatilho é acionado;
- Carga explosiva: O material que causa destruição, como TNT, RDX ou outros compostos.
Quando o sensor é ativado (por pressão, movimento ou calor), ele desencadeia o detonador, o que causa a carga principal detonante. O tempo entre a unidade e a explosão é praticamente instantâneo.
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Tipos de minas terrestres
Existem dois tipos principais de minas terrestres: antipersonal e anti -tanker. A diferença entre eles está no objetivo final e na força da explosão.
Mina antipersonal
Projetado para machucar ou matar humanos. Eles são menores, fáceis de esconder e geralmente feitos com plástico para dificultar a detecção. Alguns explodem quando são pisados, outros saltam meio metro antes de detonar, causando mais danos ao estilhaço.
Exemplo clássico: Mina “Bouncing Betty”, usado pelos alemães na Segunda Guerra Mundial.
Anti -Tanker
Destinado a destruir veículos blindados. Eles são maiores, mais pesados e requerem mais pressão para a ativação (geralmente 100 kg ou mais). Muitos têm mecanismos de atraso ou sensores magnéticos para garantir que o alvo seja até um veículo.
Exemplo comum: Mina TM-46, da produção soviética

Mecanismos de ativação
A tecnologia por trás das minas terrestres evoluiu muito. Além do clássico com gatilho de pressão, existem vários métodos de ativação:
- Fio de tropeço: Um fio invisível preso ao gatilho. Quando puxado, ativa a mina;
- Sensor de pressão: detona com o peso do alvo;
- Sensor magnético: Detecta veículos por interferência magnética;
- Controle remoto: ativado manualmente à distância;
- Timer: configurado para explodir após um certo tempo.
Algumas minas modernas combinam vários sensores para evitar desarmar.
Como eles estão instalados?
As minas podem ser colocadas manualmente por soldados ou lançadas por veículos, aeronaves e até mísseis. A instalação pode ser:
- Deliberar: com mapa de localização para remoção posterior;
- Aleatório: Massivamente e desorganizados dispersos, o que é mais comum em conflitos intensos.
Essa segunda forma torna sua remoção extremamente difícil, gerando zonas mortais até décadas após o final da guerra.

O problema das minas não -detonadas
Segundo a ONU, existem mais de 60 países contaminados por minas terrestres. Angola, Afeganistão, Camboja e Ucrânia são apenas alguns exemplos. O problema é que muitas dessas minas permanecem ativas por anos – ou seja, elas continuam a matar e mutilar, mesmo em tempos de paz.
Estima -se que mais de 5.000 pessoas morram todos os anos por explosões acidentais, principalmente civis. Crianças, agricultores e refugiados são as principais vítimas.
Como detectar uma mina terrena?
A detecção de Minas é uma tarefa difícil e perigosa. A maioria dos modelos antigos era feita de metal, que facilitou o uso de detectores. No entanto, as minas modernas usam materiais plásticos e compostos não metálicos, exigindo outras abordagens:
- Detectores do solo de radar: Eles usam ondas para identificar objetos enterrados;
- Cães sniffer: treinado para detectar o cheiro de explosivos;
- Drones e sensores térmicos: mapas de ar e varredura de calor;
- Microorganismos geneticamente modificados: Uma inovação recente: plantas ou bactérias que mudam de cor ao detectar explosivos no chão.
Apesar dos avanços, ainda é um trabalho manual e demorado. Em alguns países, demitir um campo pode levar décadas.
Como desativar uma mina terrestre?
A remoção segura envolve equipes altamente treinadas. Os métodos incluem:
- Explosão controlada: Use pequenas cargas para detonar a mina com segurança;
- Desarmamento manual: Somente quando a mina é conhecida e há segurança por isso;
- Baixar robôs: Equipamento operando à distância, como braços mecânicos.
Nas zonas civis, a prioridade é a segurança. Portanto, o campo é frequentemente isolado até que a área possa ser completamente limpa.
Por que as minas ainda são usadas?
Apesar de todos os riscos, as minas terrestres continuam sendo usadas. E por um motivo simples: eles são baratos, fáceis de produzir e eficazes para conter inimigos. Em contextos de guerrilha ou defesa do território, eles funcionam como barreiras de acesso.
O problema é a trilha de destruição que eles saem. Portanto, mais de 160 países assinaram o tratado de Ottawa, que proíbe a fabricação e o uso de minas antipersais. Grandes poderes militares como nós, Rússia e China, no entanto, ainda não aderiram totalmente.