Jair Bolsonaro sai do Hospital em Brasília depois de realizar um procedimento para tratar a lesão da pele Reuters/Adriano Machado, o ex -presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o hospital no domingo (14) depois de passar por um procedimento para remover lesões da pele. De acordo com um relatório médico, o escape cirúrgico – termo usado para a remoção de manchas ou lesões na pele. Como Bolsonaro está em prisão domiciliar, a cirurgia precisava de autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A solicitação veio da defesa, que apresentou um relatório médico indicando a necessidade de remover lesões classificadas como ICD-10 D22.5 (nevo melanocítico do tronco) e ICD-10 D48.5 (neoplasia incerta de comportamento da pele). Quais são os diagnósticos citados de acordo com o dermatologista Paula Yume, o CDI D22.5 refere -se a pontos comuns, chamados nevos melanocíticos. Eles são formados por melanócitos, células que produzem melanina, pigmento que dá a cor da pele. Esses pontos podem aparecer da infância ou ao longo da vida, influenciados por fatores genéticos e exposição ao sol. “Em geral, os nevi são benignos. Mas quando têm mudanças de tamanho, cor, forma ou sangramento, levantam suspeitas de malignidade e precisam ser avaliados”, explica o médico. O CDI D48.5 corresponde a uma lesão de comportamento incerta. Nesse caso, não é possível definir apenas pela avaliação clínica se o ponto é benigno ou maligno. A conduta indicada é remover toda a lesão e encaminhá -la para análise de laboratório. Tipos de câncer de pele A principal preocupação diante de um ponto suspeito é que é um melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. Nasce da proliferação descontrolada de melanócitos e pode surgir de um local existente e de uma nova lesão. A maioria dos melanomas entre 70% e 80%-aparece espontaneamente, não relacionada a pontos pré-existentes. Apesar de representar menos de 5% dos diagnósticos, o melanoma é responsável pela maioria das mortes por câncer de pele. Os tipos mais comuns, no entanto, são carcinomas: carcinoma basocelular: cerca de 80% dos casos; Cresce lenta e raramente causa metástase. Carcinoma espinocelular: aproximadamente 20% dos diagnósticos; Mais agressivo que a célula basal, ela pode se espalhar para outros órgãos. Ainda existem outros cânceres de pele mais raros, como linfomas e sarcomas. Quando a investigação começa, a suspeita pode surgir da percepção do paciente – percebendo mudanças em um ponto existente ou a aparência de uma nova – bem como consultas de rotina. Na avaliação, o dermatologista usa o dermatoscópio, um dispositivo que atua como uma lupa de iluminação especial e expande a imagem da lesão até dez vezes. Assim, é possível observar a distribuição de pigmentos e vasos sanguíneos. A partir dessa análise, o ponto é classificado em risco baixo, moderado ou alto. As lesões atípicas podem ser enquadradas na CID D48.5, enquanto aqueles com forte suspeita ao melanoma exigem retirada imediata. Biópsia e diagnóstico Quando há suspeita relevante, o protocolo é realizar uma biópsia excisional, onde o ponto é completamente removido e enviado ao patologista. Em situações em que a lesão é extensa ou em regiões delicadas, como pé ou ouvido, a biópsia incisional pode ser feita, o que remove apenas parte do local. No laboratório, o patologista avalia a proliferação de melanócitos e pode usar exames complementares, como imuno -histoquímica, para definir com precisão se a lesão é benigna ou maligna. O que acontece após a biópsia se o ponto for considerado benigno, o tratamento termina com a remoção e a cura. O paciente remove apenas os pontos e mantém o acompanhamento dermatológico. Quando a lesão é confirmada como maligna, especialmente no caso de melanoma, pode ser necessária uma nova cirurgia, chamada de expansão da margem, onde uma área maior da pele ao redor da cicatriz é removida para impedir que as células tumorais permaneçam. Nos casos em que o tumor tem a profundidade mais alta, o exame de linfonodo sentinela pode ser solicitado, o que identifica se houve metástase para os linfonodos. Este procedimento ajuda a definir a necessidade de tratamentos adicionais. Tratamentos disponíveis em casos avançados nos estágios iniciais, a cirurgia é frequentemente suficiente. Em fases mais avançadas, no entanto, outros recursos entram em jogo. Entre eles estão a imunoterapia, que estimula o sistema imunológico a atacar as células tumorais; terapia -alvo, que atua em mutações específicas como BRAF e MEK; E em alguns contextos, quimioterapia. Nos últimos anos, a chegada de imunoterapia e terapias -alvo mudou o prognóstico do melanoma metastático, aumentando as taxas de sobrevivência de pacientes que anteriormente tinham perspectivas muito desfavoráveis. Prevenção O dermatologista reforça que o câncer de pele tem altas taxas de cicatrização quando identificado cedo. Como forma de prevenção, ela recomenda: Use filtro solar diariamente; Evite a exposição ao sol direto entre as 10h e as 16h; Realizar consultas anuais com o dermatologista; Procure atendimento médico diante de qualquer mudança nos pontos ou manchas existentes. Bolsonaro sai do Hospital depois de fazer exames e remover lesões de pele
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