17.7 C
São Paulo
terça-feira, setembro 16, 2025

Pedrada, linguagem GenZ e mais: empreendedores fazem de tudo por likes, mas trends exigem cautela

EconomiaPedrada, linguagem GenZ e mais: empreendedores fazem de tudo por likes, mas trends exigem cautela




Os empreendedores fazem tudo por curtidas, mas as tendências exigem cautela se você acessou o Tiktok ou o Instagram nos últimos dias, sem dúvida deve ter encontrado vídeos que começam com a seguinte equipe: “Hi Divas e divas” e também traz algumas expressões como “Bib”, “icônico”, “pharaônico” e “testanetical”. Essas são as gírias da geração Z que foram adotadas por empreendedores para viralizar as redes sociais, promover promoções e atrair clientes. De comerciantes a multinacionais, passando para padres, órgãos públicos e até o governo federal, muitos apelaram à linguagem da geração Z para se aproximar dos mais jovens. Mas isso realmente funciona? Isso traz retorno? Um exemplo é o vídeo de uma rede de farmácias em Iturama, Minas Gerais, que excedeu 4,2 milhões de visualizações sobre o Tiktok. Nele, Seu Antônio, um pequeno gentão que exala carisma, revela o comércio usando salões da geração Z. “Hoje, não há uma melhor ferramenta de marketing do que as redes sociais. Em seis meses de trabalho mais intenso, nossa revogação cresceu 25%. Mesmo com novas farmácias na cidade, a nossa receita só aumentou”, explica Danore. Daniela diz que contratou um gerente de trânsito para a empresa, que começou a atuar no Instagram e Tiktok. O conteúdo é adaptado a cada plataforma: em tiktok, vídeos engraçados e virais; No Instagram, dicas, promoções e diretrizes de saúde. Mel Mendes, um dos funcionários da farmácia, foi descoberto por Tiktok e acabou assumindo o papel de criador do conteúdo da empresa. Além de agir sobre vendas, ele tem autonomia para produzir e editar os vídeos. “Aconselhamos apenas trabalhar com ética, mas a criatividade é toda ela, a colocar humor em nosso trabalho”, explica Daniela. Ela ressalta que a farmácia evita conteúdo que pode estimular a auto -medicação e sempre orienta o público a procurar profissionais de saúde. Segundo o proprietário, os funcionários participam das gravações no horário de trabalho e voluntariamente. Desde então, a farmácia recebeu clientes de outras cidades, interessada em comprar e conhecer a equipe. “Vejo muitos empreendedores que não dão aos funcionários, e isso é um erro. Muitas pessoas duvidam da geração Z, mas acredito em seu potencial, o que é enorme”, acrescenta Daniela. O vídeo de uma rede de farmácias em Iurama, Minas Gerais, excedeu 4,2 milhões de visualizações. Reprodução/Tiktok Outro exemplo vem de uma loja de materiais de construção em Cabo Frio, Rio de Janeiro. Graças à forte presença on -line, o estabelecimento ganhou visibilidade e se consolidou como uma marca local. De acordo com Juliana Cardoso, contador e responsável pelo marketing digital da loja, a pandemia acelerou a transição do serviço FACE -para -face para o digital. Foi durante esse período que ela criou as redes sociais do estabelecimento para divulgar produtos e abordar os clientes. No começo, o foco estava no conteúdo simples, como pisos e fotos de promoções. Com o tempo, a estratégia evoluiu para vídeos mais criativos, adotando bobinas e tendências com humor e dança para gerar engajamento. “O vídeo de Tijolada viralizou em todo o Brasil. Recebemos mensagens de pessoas do nordeste, do sul, de vários lugares perguntando se fizemos entregas lá”, lembra Juliana. O post mostra o garoto -propaganda Lucas Rodrigues, conhecido como feijão, carregando um tijolo depois de dizer a frase “coloca o capacete que vem aqui para Pedra”, em referência à música “Malvado”, do cantor Zé Felipe. Então a vendedor Gabrielly Mello apresenta as promoções do piso. O vídeo, apenas 20 segundos, excedeu 17 milhões de visualizações sobre Tiktok e foi reproduzido por vários outros negócios. Os empresários fazem tudo por curtidas, mas as tendências exigem reprodução de cautela/Tiktok “Os vendedores gostam de aparecer porque atraem clientes. Há quem vai à loja apenas para comprar com Lucas”, diz Juliana. Embora os vídeos sejam divertidos, é cuidadoso não expor os funcionários a situações embaraçosas ou de risco. “Temos as idéias mais exageradas. Precisamos ter cuidado para não superar o limite”, diz Juliana. Mesmo com impacto financeiro limitado, como a loja não serve fora da região, Juliana diz que as redes sociais aumentaram as receitas e atraíram novos clientes. “Por ser um material pesado, não podíamos enviar por correio”, explica ele. “O retorno financeiro seria muito maior se pudéssemos esgotar, mas ainda não temos estrutura de caminhão”, acrescenta Juliana. O humor com humor aderente às tendências pode ser uma boa maneira de surpreender os clientes e divulgar a marca com humor. Mas, de acordo com os especialistas ouvidos pelo G1, é necessário cautela para evitar conteúdo ofensivo, riscos para saúde física ou situações embaraçosas para os funcionários. De acordo com João Finamor, professor de marketing digital e mídia social da ESPM, é importante: prestar atenção ao uso de música e imagens, respeitando os direitos autorais. Evite humor ofensivo ou responsável pela interpretação. Não exponha funcionários ou clientes sem consentimento. Redobra o cuidado de tendências envolvendo riscos físicos. Para o professor, os memes são ótimos para atrair atenção, mas não garantem o aumento das vendas. Um vídeo pode atingir milhões de visualizações e viralizar o Tiktok, mas isso não significa que tenha sido bem recebido pelo público. Embora o humor possa criar uma conexão emocional, é subjetiva. O que o empresário considera engraçado pode não ser para o cliente. Nesse caso, o humor pode gerar desconforto, danificar a marca ou até causar marketing negativo. O especialista também ressalta que as redes sociais vão além das simples exibições: elas são ferramentas essenciais ao longo do ciclo de relacionamento do consumidor – elas atraem, leais, promovem, promovem e ajudam a vender produtos. Para o consumidor, as redes também atuam como um canal de relacionamento e uma fonte de pesquisa. Portanto, manter um perfil ativo é crítico, mesmo quando a venda não acontece online. O professor acrescenta que cada rede social tem seu próprio idioma e público. “A diferença não está apenas no tema, mas também no formato e no tom”, diz ele. “O que aparece no Twitter também circula em Tiktok, então chega ao Instagram e, em algum momento, ao WhatsApp. O que diferencia o público são os formatos e o tipo de linguagem”, acrescenta. A loja de materiais de construção em Cabo Frio, Rio de Janeiro, ganhou visibilidade e consolidou como uma marca local graças à forte presença on -line. Reprodução/Tiktok A preparação é tudo de acordo com Tainá Alves, coordenador da relação digital de Sebrae, vale a pena seguir o conteúdo viral do momento. Mas ao produzir vídeos ou postagens baseados em tendências, é fundamental que eles estejam alinhados com os valores da empresa. “Não adianta seguir uma tendência apenas para ganhar gostos, porque pode ser prejudicial. O empresário pode até obter muitas opiniões e gostos no momento, mas dificilmente mantém esse público ativo mais tarde”, diz Tainá. Quando o conteúdo viraliza, significa que o empresário “perfurou a bolha” e alcançou um público além do habitual. Nessas situações, é essencial manter o perfil ativo e garantir uma sequência de conteúdo relevante nas semanas seguintes. Essa consistência é crucial porque os algoritmos da plataforma avaliam o engajamento: se os novos seguidores não interagirem, o alcance do perfil tende a cair. O especialista também aponta que um bom conteúdo pode trazer retorno, mas a empresa deve estar preparada com ações suficientes, serviços ágeis e canais acessíveis. Isso inclui logística eficiente, respostas rápidas e canais de comunicação, como o WhatsApp ativo para responder a perguntas e atender solicitações. Sem esse planejamento, o sucesso momentâneo pode se tornar um problema e não uma oportunidade. O funcionário não é obrigado a gravar vídeos para a empresa, é difícil lembrar que o trabalhador não é obrigado a gravar vídeos para Tiktok ou qualquer rede social se não quiser ou se essa função não faz parte de seu contrato. Essa prática pode configurar o desvio da função, conforme explicado por Paulo Renato Fernandes, professor de direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro. “Quando há desvio de função, o funcionário tem o direito de receber um adicional. O empregador deve solicitar aos funcionários uma autorização por escrito para o uso da imagem, especificando onde os vídeos serão exibidos. Mesmo quando essa atividade já está no contrato, o advogado trabalhista Maurício Corrêa Da Veiga recomenda a obtenção de autorização do funcionário para cada nova campanha de publicidade. (Veja mais o que a lei diz) Segundo o advogado, o funcionário pode processar a empresa e pedir compensação se ele se sentir obrigado, induzido ou coagido de alguma forma a participar dos vídeos. Mas quem deve aparecer nesses conteúdos? Para Tainá Alves, de Sebrae, o ideal é que o próprio empreendedor participa, pois isso gera credibilidade e conexão. “Se o empresário não tiver interesse, perfil ou aptidão para aparecer, e nenhum colaborador deseja participar da produção de conteúdo, é possível contratar microinfluagers”, explica ele. As microinfluências são criadores de um número relativamente pequeno de seguidores (geralmente entre 1.000 e 100.000). Estes geralmente influenciadores locais ou de nicho têm mais envolvimento real com comunidades específicas. Segundo Tainá Alves, eles geralmente geram mais retorno do que grandes influenciadores. Eles criam comunidades autênticas e engajadas, formadas por pessoas realmente interessadas nos tópicos que lidam. Portanto, é essencial pesquisar e escolher microinfluências alinhadas com o perfil de negócios. Outro ponto destacado pelo especialista é a importância da geração Z, digital nativo. Mesmo sem o grande poder de compra, esse grupo influencia as decisões familiares e deve ser incluído nas estratégias de comunicação. Além disso, Genz será o público do futuro. Portanto, esse grupo é essencial para criar lealdade do cliente. “Eles buscam propósito, impacto social e conteúdo autêntico. É com eles que as marcas precisam iniciar o diálogo agora”, conclui Tainá. Leia também: MEI, Microenterprise, EPP ou nano -Entrepreneur? Entenda as regras para cada tipo de investidores de negócios que desejam provar que as empresas lideradas por mulheres ganham mais lucro.



g1

Check out our other content

Confira outras tags:

Artigos mais populares