Mercosur e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), formada pela Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça, assinou, na terça -feira (16), no Rio de Janeiro, acordo de livre comércio entre os blocos. O ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, classificou o acordo como “histórico”, “inovador” e disse que facilitará a abordagem entre países signatários, bem como futuros membros que podem entrar no Mergosur. O contrato não entra em vigor imediatamente porque existem outras fases de processamento até que ele realmente comece a ser válido. Os quatro países da EFTA juntos têm uma população de 15 milhões, cujo PIB é de US $ 1,4 trilhão. O Mercosur e a EFTA assinam um contrato de livre comércio, de acordo com o governo brasileiro, o acordo criará uma zona de livre comércio com quase 300 milhões de pessoas e um produto interno bruto (PIB) agregado de mais de US $ 4,3 trilhões. “Ambas as partes se beneficiarão do acesso ao mercado expandido para mais de 97% de suas exportações, o que aumentará o comércio bilateral e trará benefícios para empresas e cidadãos de países signatários”, diz Itamaraty. Além disso, “criará novas oportunidades de negócios para agentes econômicos nos estados de Mercosur e EFTA, incluindo o alto número de empresas pequenas e médias em cada jurisdição. O contrato gerará maior acesso aos mercados e melhorias nas regras e procedimentos aduaneiros”, acrescenta uma declaração. Vieira também enfatizou que o acordo se preocupa com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável e estimula e exige que as empresas tenham integração verde e produção de energia sustentável. O vice -presidente da República, Geraldo Alckmin, que também participou da cerimônia e afirmou que o acordo celebra a força do multilateralismo. Segundo ele, as negociações para um possível acordo entre Mercosur e os Emirados Árabes Unidos são bem avançados. Alckmin também apontou que existe a possibilidade de linhas de tarifas com o México, visitadas recentemente por ele, bem como a expectativa de selar o acordo entre Mercosur e a União Europeia até o final deste ano. Quando perguntado se o acordo poderia absorver parte das perdas causadas pela tarifa imposta pelos Estados Unidos, Alckmin disse que não é “tão simples, mas é uma importante abertura de mercado”. Mauro Vieira, Ministro das Relações Exteriores Globonews/Reprodução Impactos Estimativas apontam para um impacto positivo de R $ 2,69 bilhões no produto interno bruto brasileiro (PIB), aumento de R $ 660 milhões em investimentos e expansão de R $ 3,34 bilhões em exportações até 2044 em 2024, efta representada 1.5% Em relação às exportações, a EFTA foi responsável por 0,92% das vendas no exterior. No mesmo ano, o Brasil exportou US $ 3,09 bilhões para a EFTA e importou US $ 4,05 bilhões do bloco. A corrente comercial totalizou US $ 7,14 bilhões e o saldo comercial foi negativo de US $ 0,96 bilhão. Em relação aos produtos enviados pela EFTA para o Brasil, os principais setores eram farmacêuticos, produtos químicos e máquinas e equipamentos. Em relação aos produtos enviados pelo Brasil para a EFTA, existem setores de metal básico, produtos vegetais e animais e produtos alimentares. Próximas etapas A assinatura do contrato não significa que os termos acordados imediatamente entrarão em vigor. Isso ocorre porque os procedimentos prevêem que, após a assinatura, o acordo é traduzido para os idiomas dos países que compõem o Mergosur e o EFTA. A seguir, possui a “internalização” de So – quando as partes encaminharão o contrato para seus respectivos processos de aprovação interna. No caso do Brasil, por exemplo, esse estágio envolve o executivo e o legislativo, através da aprovação do Congresso Nacional. Posteriormente, as partes são notificadas da conclusão de seus procedimentos internos e confirmam, por meio da ratificação, o compromisso de cumprir o contrato. Assim, o contrato entra em vigor e produzirá efeitos legais no primeiro dia do terceiro mês após a notificação da conclusão de procedimentos internos por pelo menos um país da EFTA e um país da Mergosur.
g1